Bloqueio da China à carne brasileira põe em risco 10 bilhões de reais

 

A suspensão da exportação da carne bovina para a China deve resultar em perdas para o Brasil de até 1,8 bilhão de dólares (10,1 bilhões de reais) se durar até o fim do ano. No melhor dos cenários, a Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) estima que os produtores brasileiros perderiam 1,2 bilhão de dólares (6,8 bilhões de reais). O histórico de atritos de Bolsonaro com os chineses e o preço do boi afetam o negócio há quase dois meses, conta Afonso Benites.. A China é responsável por comprar 56% da carne bovina brasileira exportada. A razão oficial para o bloqueio é o registro de dois casos suspeitos da doença da vaca louca. Os chineses suspenderam as aquisições no dia 4 de setembro e ainda não voltaram atrás, mesmo após o pronunciamento da Organização Mundial de Saúde Animal de que o Brasil representa risco insignificante para a doença. O procurador-geral da República, Augusto Aras, tomou na noite desta quinta-feira seu primeiro ato formal sobre as acusações feitas pela CPI da Pandemia contra Bolsonaro e os outros 12 portadores de foro privilegiado que protagonizam o relatório final da comissão. A abertura de uma investigação preliminar é um procedimento padrão e não significa que Aras tenha considerado válidos os argumentos apresentados nas 1.288 páginas do documento, em que o presidente é acusado de crime contra a humanidade, entre outros oito delitos, por sua gestão da pandemia de covid-19. "Esperamos que prospere", disse o senador Randolfe Rodrigues, vice-presidente da comissão. A desconfiança se explica pelo histórico de Aras, que até agora não passou da abertura de investigações preliminares no que diz respeito a Bolsonaro, explica Rodolfo Borges. O cerco do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) à distribuição de fake news levou à cassação do mandato do deputado estadual Fernando Francischini. Ele foi condenado por propagar informações falsas em suas redes sociais sobre a urna eletrônica durante as eleições de 2018. Na ocasião, ele afirmou, sem apresentar provas, que os equipamentos haviam sido adulterados para impedir a eleição de Bolsonaro. No mesmo julgamento, a corte determinou que nas próximas eleições, em 2022, o disparo de mensagens em massa com desinformação, amplamente adotado nas eleições de 2018, será considerado abuso do poder econômico, o que pode levar à inelegibilidade do político que adotar a estratégia, conta Elida Oliveira. “De agora em diante, seremos primeiro o metaverso, não o Facebook primeiro”, proclamou nesta quinta Mark Zuckerberg, fundador e CEO da empresa dona da rede social mais popular do mundo. O anúncio da mudança de nome e identidade visual do grupo, feito no evento anual da companhia, não é apenas a introdução de um mundo virtual que aposta em um futuro com novos dispositivos de realidade aumentada (o tal do metaverso), relata Maria Antonia Sánchez-Vallejo. A repaginada na companhia vem no pior momento para a imagem do Facebook em seus 17 anos de existência, devido a denúncia sobre práticas monopolistas e a confirmação, feita por uma ex-funcionária, de que executivos da empresa permitiram mensagens de ódio e outros crimes em seus servidores.

Bloqueio da China à carne brasileira põe em risco 10 bilhões de reais neste ano Chineses são responsáveis por comprar mais da metade do produto exportado pelo Brasil. Atritos de Bolsonaro e preço do boi afetam o negócio