quarta-feira, 27 de outubro de 2021

PI desafia Brasil a punir Bolsonaro pela gestão da pandemia

 

EL PAÍS

se seis meses de trabalho, a CPI da Pandemia aprovou seu relatório final por sete votos a quatro, colocando o presidente Jair Bolsonaro no centro de uma gestão frouxa e intencionalmente insensível da pandemia de coronavírus. Os senadores acusam o presidente de ter cometido crime contra a humanidade e outros oito delitos, entre eles, incitação e propagação da pandemia e charlatanismo. Os integrantes da CPI já anteveem um encontro com representantes do Tribunal Penal Internacional para tratar da acusação mais grave. Enquanto isso, vão pressionar o procurador-geral da República e o presidente da Câmara a agir contra o presidente com base no relatório, que pede 80 indiciamentos, explica Afonso Benites e Beatriz Jucá.

Dobrar as metas para a melhoria climática. É o que defende o mais novo relatório apresentado pelo Programa da ONU para o Meio Ambiente (Pnuma). Segundo a entidade, intensificar a agenda de proteção ao meio ambiente é a única forma de evitar uma “catástrofe”, o que inclui levar o planeta a um aumento de 2,7 graus nos próximos anos se os atuais programas forem mantidos, detalha Manuel Planelles. Ao cobrar a comunidade internacional, a nova análise destaca que apenas entre 17% e 19% dos investimentos realizados até o primeiro semestre deste ano para deixar a crise econômica são realmente políticas verdes —ou seja, aquelas que vão no caminho de reduzir a emissão de gases de efeito estufa.

Esta terça-feira estava destinada a abrigar a primeira condenação definitiva de um brasileiro por crime cometido durante a ditadura militar. Trata-se do ex-militar Átila Rohrsetzer, que estava sob julgamento na Itália por participação do sequestro, tortura, assassinato e ocultação de cadáver do ítalo-argentino Lorenzo Gigli em 1980, durante a Operação Condor, cooperação regional de inteligência entre regimes militares sul-americanos. Rohrsetzer, no entanto, faleceu no começo de agosto e não viveu para enfrentar sua condenação 41 anos depois, como anunciou o procurador do caso ao abrir a sessão na Corte italiana, conta Diogo Magri.

Os epidemiologistas, que passaram os últimos meses ocupados com a pandemia de covid-19, colocaram outro surto no radar: mortes causadas por... selfies. Segundo um estudo da Fundação iO, especializada em Medicina Tropical e do Viajante, entre janeiro de 2008 e julho de 2021, pelo menos 379 pessoas morreram por este motivo —uma a cada 13 dias, em média, relata Oril Güell. As quedas de lugares como cataratas, precipícios e telhados são, de longe, a causa que mais frequentemente acaba transformando a tão desejada foto em tragédia, com 216 casos. Segundo o presidente da iO, “é um problema emergente que, pelas dimensões que adquiriu, já pode ser considerado de saúde pública”.


CPI desafia o Brasil a punir Bolsonaro pela gestão insensível da pandemia
CPI desafia o Brasil a punir Bolsonaro pela gestão insensível da pandemia
Aprovação do relatório final, que pede 80 indiciamentos, pressiona por punições e acua o presidente, acusado de crime contra a humanidade

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