quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Alcolumbre acirra briga contra indicado de Bolsonaro ao STF

 A crise em torno da indicação do ex-advogado-geral da União André Mendonça a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) esquentou de vez. Indicado pelo presidente Jair Bolsonaro sob as bênçãos da bancada evangélica, o nome de Mendonça foi posto na geladeira pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Na tarde de ontem, o senador divulgou uma nota dura em que disse não admitir ser “ameaçado, intimidado, perseguido ou chantageado” e afirmou que a nomeação de ministro do STF não é “ato unilateral e impositivo do Chefe do Executivo”. “Querem transformar a legítima autonomia do presidente da CCJ em ato político e guerra religiosa”, insinuando haver preconceito por ser judeu. (UOL)

A nota de Alcolumbre teria sido uma reação à declaração de Bolsonaro de que o senador “não age dentro das quatro linhas da Constituição” ao travar a sabatina de Mendonça. (CNN Brasil)

O momento não poderia ser pior, como conta Igor Gadelha. Na segunda-feira, Alcolumbre almoçou com o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ). O presidente da CCJ chorou suas mágoas em relação ao governo, e o Zero Um marcou para hoje um almoço de Alcolumbre com Bolsonaro. Agora tudo parece ter voltado à estaca zero. (Metrópoles)

Porém... Malu Gaspar nos revela que a movimentação de Alcolumbre tem um único objetivo: fazer Bolsonaro ignorar a promessa aos evangélicos e trocar Mendonça pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, que estaria a par da estratégia. (Globo)

A rigor, como nos lembra Mônica Bergamo, Alcolumbre só precisa cozinhar a sabatina por mais dois meses. Aí começa o recesso parlamentar que desemboca no ano eleitoral, quando os senadores terão mais com o que se preocupar. (Folha)


A cúpula do PSDB
 não tem dúvidas de que Bolsonaro está empenhando na vitória do governador paulista João Doria nas prévias do partido, conta Tales Faria. Ele avalia que Doria seria um adversário mais fácil de ser batido em 2022 que o governador gaúcho Eduardo Leite. Fora de São Paulo, o diretório com maior apoio ao paulista é o do Rio Grande do Norte, sob forte influência de Rogério Marinho, ministro da Integração de Bolsonaro. (UOL)

Mesmo sem a intromissão do Planalto, a coisas estão fervendo no ninho tucano. Doria e Leite cavam apoios entre dissidentes nos redutos um do outro, o que provoca brigas e ameaças de punições. O diretório paulista fechou apoio a seu governador, mas o líder de sua bancada na Câmara paulistana, Xexéu Tripoli, e o prefeito de Santo André, Paulo Serra, estão com Leite. Já Doria obteve a adesão da ex-governadora gaúcha Yeda Crusius e de deputados mineiros, estados fechados com Eduardo Leite. (Folha)




O tempo fechou ontem no campo da esquerda. O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) disse em entrevista que o ex-presidente Lula (PT) “conspirou” pelo impeachment de Dilma Rousseff. A prova seria o petista estar buscando alianças com Renan Calheiros (MDB-AL), que presidia o Senado na deposição de Dilma. “Quem presidiu o Senado? Renan Calheiros. Hoje estou seguro que o Lula conspirou pelo impeachment da Dilma, estou seguro”. (UOL)

A ex-presidente não achou graça e respondeu via Twitter, acusando Ciro de tentar reagir a sua “baixa aprovação popular”. “Mais uma vez mente de maneira descarada e continua há quase uma década com apenas um dígito nas pesquisas.” E houve tréplica, no tradicional estilo Ciro: “Na vida nunca menti. Mas errei algumas vezes. Uma delas quando lutei contra o impeachment de uma das pessoas mais incompetentes, inapetentes e presunçosas que já passaram pela presidência. Claro, que estou falando de você, Dilma.” (Twitter)




Um dia depois de o arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, dizer que “pátria amada não pode ser pátria armada”, o presidente Jair Bolsonaro minimizou as declarações e insistiu na defesa do armamentismo. “Respeito a opinião de qualquer um aqui que seja a favor e contra a arma de fogo, mas o que acontecia no Brasil é que somente os marginais e bandidos tinham armas”, disse. (UOL)

Aliás... Bolsonaro reafirmou ontem, em entrevista, que não vai tomar qualquer vacina contra a covid-19, pois já teve a doença e desenvolveu anticorpos contra ela. A Anvisa e especialistas explicam por que ele está errado. (g1)




O ministro do STF Alexandre de Moraes negou o pedido de prisão domiciliar para o presidente afastado do PTB, Roberto Jefferson, e determinou sua volta para um presídio em Bangu, na Zona Oeste do Rio. Acusado de organizar atos antidemocráticos, Jefferson foi preso em agosto e estava desde o início de setembro internado num hospital no Rio. Porém recebeu alta. (Poder360)




Cinco pessoas morreram e duas ficaram feridas a flechadas disparadas por um homem na cidade norueguesa de Kongsberg, a 67 km de Oslo. O assassino foi preso, mas sua identidade e as das vítimas não foram divulgadas. Embora testemunhas digam que ele parecia disparar aleatoriamente, o governo não descarta terrorismo. (g1)

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