quarta-feira, 15 de abril de 2020

Crise de Bolsonaro com Mandetta chega ao ponto mais agudo


O ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta acordou hoje preso ao cargo por um fio. Ontem, de acordo com o Painel, avisou à equipe que o presidente Jair Bolsonaro já está em reuniões para definir o nome de seu substituto e que ele concordou em seguir no posto até esta definição. (Folha)

De acordo com a apuração do Radar, o deputado Osmar Terra tem a simpatia dos filhos do presidente. Presidente do Conselho do Hospital Albert Einstein, o médico Claudio Lottenberg foi cogitado — mas suas ligações com o governador paulista João Doria criam resistência no Planalto. Uma saída conciliatória poderia ser João Gabbardo, secretário-executivo de Mandetta. Bolsonaro conta com o apoio dos generais no Palácio em sua decisão de demitir o ministro. (Veja)

Pois é... Guilherme Amado conseguiu um áudio enviado por Terra ao senador Flávio Bolsonaro. “A boa notícia é que a epidemia já está em declínio em São Paulo”, afirma o candidato a ministro. “Não está caindo, está desabando. É o momento de a gente comemorar.” Ouça. (Época)

São Paulo bateu ontem seu recorde de internações num único dia por Covid-19. Há, segundo números da terça dia 14, 1.111 pessoas em leitos de UTI no estado. Os hospitais públicos todos já passaram de 75% da capacidade de ocupação. (G1)
Carlos Ayres Britto, ex-ministro do STF: “É possível extrair da Constituição diretamente essa ordem de ‘fique em casa’. Sobretudo no artigo 196, que estabelece a saúde como direito de todos e dever de União, estados e municípios. É um direito a ser garantido mediante a adoção de políticas sociais e econômicas que se voltem ao combate da doença, para viabilizar o acesso universal e igualitário aos serviços de saúde pública. Isto está escrito com todas as letras. Não há outro modo eficiente de administrar a crise senão pela política de quarentena. Há sustentáculos para essa política pública a partir da Constituição brasileira? Há. E legitimam, portanto, essas políticas que vem sendo adotadas, não só no Brasil.” (Globo)
Aliás... Hoje o Supremo realizará sua primeira sessão por videoconferência. (Poder 360)

Nenhum comentário:

Postar um comentário