O Brasil comovido pela morte do ator e humorista Paulo Gustavo, uma das mais de 411.000 vítimas da covid-19 no país, assiste à pressão subir sobre o Palácio do Planalto em Brasília, onde a CPI da Pandemia investiga se há responsabilidades de Jair Bolsonaro no agravamento da tragédia sanitária. No primeiro dia das apurações da comissão, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta gerou um desgaste (esperado) ao Governo e revelou a participação de Carlos Bolsonaro, filho do presidente e seu estrategista digital, em reuniões sobre a crise. O presidenciável do DEM chegou à comissão sem novos trunfos, mas detalhou os planos de Bolsonaro sobre a cloroquina e forçou a convocação do ministro da Economia, Paulo Guedes. A repórter Beatriz Jucá conta as expectativas sobre o depoimento do também ex-ministro da Saúde Nelson Teich, que ocorre nesta quarta-feira e pode emparedar o Governo ao se debruçar sobre a gestão federal nas primeiras negociações para a compra de vacinas. No oeste de Santa Catarina, um atentado brutal chocou o pequeno município de Saudades. Munido de um facão, Fabiano Kipper Mai, de 18 anos, entrou em uma creche e desferiu golpes que resultaram na morte de duas funcionárias que trabalhavam no local e três bebês. A repórter Isadora Rupp escreve sobre as primeiras apurações sobre o caso e o perfil do jovem: “introspectivo”, segundo a polícia ele sofria bullying na escola e “vinha maltratando alguns animais”. Um bebê também ferido segue em estado grave no hospital. Na Colômbia, o som das ruas é de medo e incerteza em meio a mais recente onda massiva de protestos. Ao menos 19 pessoas mortas e mais de 800 feridas é o saldo — provisório — das manifestações que começaram na última semana. O país vive uma escalada de violência em decorrência das marchas contra o projeto de reforma tributária do presidente Iván Duque. De Bogotá, o correspondente Juan Diego Quesada conta que a brutalidade das forças policiais na repressão dos protestos foi criticada pela ONU e pela União Europeia e já culminaram na demissão do ministro da Fazenda e no recuo do Governo, mas sem sinais de arrefecimento dos ânimos. Na seção o EL PAÍS que fazemos, apresentamos Jan Martínez Ahrens, diretor do EL PAÍS América. Ele ressalta a importância da extensa rede de correspondentes do jornal pela América Latina e pelo mundo, que produz análises, reportagens e revela escândalos, como a Vaza Jato no Brasil, que mudou o curso da maior investigação policial brasileira. “Não olhamos somente o que acontece em um país, e sim em toda uma região. De fato, olhamos todo o planeta.” | ||||||||||
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