O ministro da Justiça, Anderson Torres, entrou no radar da CPI da Covid após críticas à condução das investigações pelos parlamentares. Em entrevista à Veja, Torres questionou se a comissão focaria apenas no governo federal e disse que era preciso “seguir o dinheiro” repassado aos estados. Prometeu, para isso, usar a Polícia Federal para apurar como foi o trabalho dos governadores. O relator dos trabalhos, Renan Calheiros (MDB-AL), e um dos suplentes da comissão, Jader Barbalho (MDB-PA), são pais de governadores e o comentário do ministro soou como ameaça. O vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), apresentou um requerimento para que o ministro seja ouvido. (Folha)
Malu Gaspar: “A iniciativa de Rodrigues de pedir a convocação de Anderson Torres desencadeou uma DR entre os senadores de oposição e independentes. ‘O que o governo quer é justamente tirar o foco da CPI num momento importante para as apurações’, diz o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).” (Globo)
Aliás... A comissão abre hoje a fase de depoimentos, começando pelos ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. Amanhã será a vez de o general Eduardo Pazuello, o dia todo. O objetivo é estabelecer se as decisões da pasta, especialmente na gestão do general, tiveram base técnica ou foram imposições de Jair Bolsonaro. (Folha)
Coluna do Estadão: “O depoimento de Mandetta traz desafio adicional a Bolsonaro: encontrar governistas com nível de ‘sangue nos olhos’ suficiente para dar ‘carrinhos por trás’ no ex-ministro. Da base bolsonarista e colega de partido de Mandetta, Marcos Rogério (DEM-RO) disse a interlocutores que fará perguntas no ‘limite ético e moral’. De seu lado, Mandetta afirmou a correligionários que buscará manter suas falas na CPI dentro dos limites da ciência.” (Estadão)
Ontem, os integrantes da CPI se reuniram para tratar da estrutura dos depoimentos. Entre perguntas de todos os integrantes (titulares e suplentes), réplicas e tréplicas, estima-se que cada um dos ouvidos fique cinco horas na comissão — o dobro para Pazulello. (Poder360)
E o PT resolveu entrar também na partidarização das vacinas, divulgando um manifesto em que cobra a liberação da vacina russa Sputnik V, cuja importação foi vetada pela Anvisa devido a critérios técnicos. No documento, que não poupa críticas à gestão de Bolsonaro na pandemia, o partido pede que a agência trate a vacina russa “sem qualquer pressão política e ideológica do governo”. A Sputnik é uma aposta do Consórcio de Estados do Nordeste, que inclui petistas e aliados. (Poder360)
Bela Megale: “A reunião entre Lula e o embaixador da Rússia em meio a embates entre o fabricante da Sputnik V e a Anvisa foi cancelada. Lula quis se blindar de acusações de que estaria interferindo na política externa, enquanto a Embaixada da Rússia passou a ser pressionada por interlocutores do governo Bolsonaro.” (Globo)
Entre os pré-candidatos (de oposição) ao Planalto em 2022, Ciro Gomes é o mais abertamente em campanha, e já deixou claro que seu alvo prioritário é o ex-presidente Lula. Ontem, ele publicou no Twitter um vídeo em que acusa o petista de ter, quando governou o país, dado “pouco aos pobres” e “muito aos ricos”. A fala foi comemorada por bolsonaristas e criticada em nota pelo PT, na qual o partido lembrou que Ciro foi ministro de Lula. (Globo)
Meio em vídeo. Em timelines diversas, muita gente entrou na semana assustada com as manifestações bolsonaristas do último sábado. Afinal, muitos dos vídeos espalhados pelas redes sociais fazem parecer que as passeatas foram grandes. Não foram. De qualquer forma, o número de bolsonaristas no Brasil é conhecido, o perfil dos bolsonaristas é compreendido. Há razões para acreditar que a reeleição é possível — mas não é por causa das passeatas. Descubra no Ponto de Partida (YouTube)
Afastado desde domingo da prefeitura de São Paulo e internado no Hospital Sírio-Libanês, Bruno Covas foi transferido ontem para um leito de UTI e intubado. O prefeito, que luta contra um câncer no aparelho digestivo, apresentou uma hemorragia no estômago. Covas foi retirado da intubação após o sangramento ser contido, mas continua na UTI. (UOL)
Nenhum comentário:
Postar um comentário