O presidente Jair Bolsonaro (PL) saiu ontem em defesa de seu ministro da Educação, o pastor Milton Ribeiro. Em sua live semanal, ele afirmou que “bota a cara no fogo” pelo ministro. Ribeiro está sob ataque após a divulgação de um áudio em que ele diz a prefeitos que, a pedido de Bolsonaro, os pastores Gilmar dos Santos e Arilton Moura intermediavam os repasses de verbas do MEC. Ribeiro depois negou o conteúdo do áudio. (Poder360)
Enquanto isso... A ministra do STF Cármen Lúcia autorizou ontem a Procuradoria-Geral da República a abrir uma investigação contra Ribeiro e os dois pastores por suspeita de favorecimento. Segundo ela, as acusações são “fatos gravíssimos e agressivos à cidadania e à integridade das instituições republicanas”. A ministra também encaminhou à PGR ordem para se manifestar em 15 dias sobre um pedido de investigação do presidente Jair Bolsonaro no mesmo caso. Para Cármen Lúcia, diante da gravidade dos fatos, é imprescindível a investigação de todos os envolvidos, não só o ministro. (g1)
E a cada momento surgem novas denúncias contra a ação do “gabinete dos pastores”. O prefeito de Bonfinópolis (GO), Professor Kelton Pinheiro (Cidadania), disse que Moura ofereceu um “abatimento” de 50% no pedido de propina. “(Arilton) falou: ‘vou lhe fazer por R$ 15 mil porque você foi indicado pelo pastor Gilmar, que é meu amigo. Pros outros aqui, o que eu estou cobrando aqui é R$ 30 mil’”, disse o prefeito. (Estadão)
O presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou recuperação na disputa presidencial, embora continue em segundo lugar, aponta pesquisa Datafolha divulgada ontem. Ele tem 26%, contra 43% do ex-presidente Lula (PT) - no levantamento anterior, o petista tinha 47%, o presidente 21%. Em seguida vêm Sérgio Moro (Podemos) com 8%, Ciro Gomes (PDT) com 6%, João Doria (PSDB) e André Janone (Avante) com 2% e Simone Tebet (MDB), Vera Lúcia (PSTU) e Felipe D’Ávila (Novo) com 1%. Na simulação de segundo turno, Lula vence Bolsonaro por 55% a 34%, mas o presidente encurtou em oito pontos essa diferença, na comparação com a pesquisa anterior. Outra boa notícia para Bolsonaro é que sua reprovação caiu de 53% em dezembro para 46%, enquanto a aprovação subiu de 22% para 25%. (Folha)
O ex-presidente Lula (PT) descartou ontem, em entrevista a uma rádio, a participação num eventual terceiro governo seu de “figuras históricas” do partido, como a ex-presidente Dilma Rousseff, o ex-ministro José Dirceu e o ex-deputado José Genoíno, os dois últimos condenados pelo mensalão. Lula também negou que haja contradição em formar uma chapa com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB), seu antigo adversário. “Contraditório seria eu ter um vice do PT, porque seria uma soma zero. Não acrescentaria nada”, disse. (Globo)
Seguindo nessa linha, o Diretório Nacional do PT aprovou uma resolução autorizando a aliança com antigos adversários, sem citar nominalmente o ex-governador. A decisão, porém, não foi tranquila. Correntes mais à esquerda dentro do partido classificaram Alckmin como “um Temer em Potencial”. (g1)
Painel: “Os números do Datafolha reforçam a correção de expectativas nas lideranças do PT. Um ponto preocupante é a rejeição de Lula entre eleitores não-petistas, que permanece mais alta do que a média, apesar dos acenos ao centro, como a aliança com Alckmin. Defensores da coligação com o ex-governador afirmam que ampliar o leque é a única maneira de reduzir a rejeição do ex-presidente. Para opositores, os dados provam que o ganho eleitoral não compensa o desgaste político.” (Folha)
Meio em vídeo. O que as pesquisas mostram é que vamos ter a eleição mais polarizada e mais selvagem da história da Nova República. Preparem-se. Este ano a democracia brasileira vai sofrer seu teste mais duro. Confira no Ponto de Partida. (YouTube)
O presidente dos EUA, Joe Biden, passou a quinta-feira discutindo com aliados europeus formas de isolar ainda mais a Rússia. Entre outras medidas, ele defende que o país seja excluído da reunião do G20 em novembro. Biden anunciou novas sanções contra autoridades russas e disse que os EUA podem receber até cem mil refugiados ucranianos. Mas descartou novamente uma intervenção direta no conflito. (CNN)
Enquanto isso... A invasão da Ucrânia completou ontem um mês sem que a Rússia conseguisse a vitória rápida que previa. Pelo contrário, forças ucranianas iniciaram nos últimos dias uma contraofensiva que altera a dinâmica do conflito. Ontem o governo de Kiev disse ter afundado um navio de transporte de tropas russo no porto ocupado de Berdyansk. Além disso, a estratégia de emboscadas por pequenos grupos militares tem impedido que os russos avancem em direção à capital. Mesmo que não seja possível confirmar se os ucranianos recuperaram terreno, a resistência tem efeito sobre o moral das tropas dos dois lados. (New York Times)
E a Assembleia Geral da ONU aprovou ontem uma nova resolução pedindo o “fim imediato das hostilidades” e culpando a Rússia pela crise humanitária na Ucrânia. Foram 140 votos a favor, incluindo o Brasil, cinco contra e 38 abstenções, incluindo China, Cuba e a maioria dos países africanos. (g1)
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