sexta-feira, 11 de março de 2022

Rússia amplia bombardeio aéreo da Ucrânia

 

Cedo hoje de manhã, a Rússia ampliou o bombardeio aéreo de toda a Ucrânia. Há cidades sob sítio entre os alvos, mas não apenas — novas aglomerações urbanas, que ainda não estavam sob ataque, foram atingidas. Faz já duas semanas do início da invasão, mas a resistência continua de pé. Imagens de satélite revelam que o cerco da capital, Kiev, se dispersou, com tanques buscando o abrigo de árvores para se proteger dos mísseis ucranianos, o que possivelmente explica a decisão de trazer os aviões. A situação é mais grave na cidade portuária de Mariupol, onde mortos se acumulam diariamente e os funerais deixaram de ser possíveis. Os corpos estão sendo enterrados nas trincheiras. Várias regiões do país informam que os estoques de alimentos estão chegando ao fim. (New York Times)

Segundo o prefeito Vadym Boichenko, a cidade está “vivendo um Armagedom”, com ataques aéreos russos atingindo áreas civis a cada meia hora. (Washington Post)

As negociações entre Rússia e Ucrânia mediadas pela Turquia não resultaram num cessar-fogo. A conferência entre o ministro do Exterior ucraniano Dmytro Kuleba e o russo Sergei Lavrov aconteceram sob o impacto do ataque a um hospital infantil e uma maternidade de Mariupol, classificado pelo governo de Kiev como prova de um genocídio. A despeito da falta de resultados práticos, o ministro do Exterior da Turquia, Mevlüt Çavusoglu, avalia que o encontro pode ser o primeiro passo para uma reunião de cúpula entre os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Volodymyr Zelenski. (Guardian)

Em outra frente, o Conselho de Segurança da ONU aceitou o pedido da Rússia para uma reunião de emergência hoje. Os russos acusam os EUA de estarem financiando o desenvolvimento de armas biológicas na Ucrânia. Diplomatas americanos dizem que a acusação não tem fundamento e serviria para justificar o uso pelas próprias forças de Putin desse tipo de armamento. (BBC)

Uma cúpula da União Europeia, que se reune em Versailles, na França, sepultou as chances de uma entrada rápida da Ucrânia no grupo. “Não há algo como um fast track”, verbalizou o premiê holandês Mark Rutte. Há uma divisão entre Ocidente e Oriente. Liderados pela Polônia, os países do Leste europeu pedem sinais mais fortes do colegiado de chefes de Estado em favor da entrada da Ucrânia. (DW)

Pois é... O presidente russo Vladimir Putin reagiu às sanções econômicas impostas à Rússia ameaçando nacionalizar e confiscar os bens de empresas estrangeiras que deixaram o país em represália à invasão da Ucrânia a fim de “preservar empregos”. Na narrativa do Kremlin, o objetivo do Ocidente é destruir a Rússia. “Não tenho dúvidas de que as sanções seriam impostas por algum motivo”, disse em entrevista à TV local. (New York Times)

Enquanto isso... Chegou ontem ao Brasil o grupo de 68 repatriados provenientes da Ucrânia. Eles foram recebidos na base aérea de Brasília pelo presidente Jair Bolsonaro. (Jornal Nacional)




Meio em vídeo. Vamos lá, temos um problema no mundo. Um problema com nossas democracias. E parte da culpa é dos liberais. Liberais também têm de fazer seu mea culpa. Confira no Ponto de Partida. (YouTube)




Com a aproximação do prazo para desincompatibilização de ocupantes de cargos no Executivo para disputarem as eleições, o presidente Jair Bolsonaro (PL) marcou para a próxima semana uma reunião na qual pretende definir uma reforma ministerial. Ao todo, a expectativa é de que dez ministros deixem seus cargos para serem candidatos. (CNN Brasil)

Bolsonaro afirmou ontem que a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, será candidata ao Senado pelo Mato Grosso do Sul. Com isso, ele fechou a porta para a pretensão do Centrão de tê-la como vice na eleição e abriu caminho para que o ministro da Defesa, general Braga Netto, integre a chapa. (UOL)

Enquanto isso... O ex-ministro Sérgio Moro (Podemos) negou ontem qualquer possibilidade de desistir da candidatura à presidência, independentemente do desempenho nas pesquisas de intenção de voto. “Não existe nenhuma possibilidade, zero chance de desistência. O que existe no fim são esses boatos, mas que refletem, no fundo, o medo que minha pré-candidatura oferece para essas pessoas que se aproveitam da situação política e se beneficiam quando o país vai mal”, afirmou. (CNN Brasil)




Embora o PSB tenha ficado de fora do anúncio de uma federação feito na quarta-feira por PT, PV e PCdoB, o ex-presidente Lula ainda acalenta a ideia de ter os socialistas no bloco, não apenas como coligados. “Eu ainda trabalho com a ideia que o PSB possa entrar nessa federação. Se não entrar nessa federação nós vamos fazer uma coligação e vamos estar juntos na campanha de 2022. Esses são os fatos políticos”, disse ele, em entrevista a uma rádio. (CNN Brasil)

O clima na bancada do PSB com a ausência do partido na federação não é bom, conta Guilherme Amado. Cerca de 15 deputados — além de prefeitos, deputados estaduais e vereadores — já deram sinais de que podem deixar a legenda em direção aos partidos federados. A debandada atingiria até Pernambuco, bastião da legenda. (Metrópoles)




Para ler com calma. Existe um estranhamento entre a esquerda brasileira e os evangélicos. A avaliação é da ex-ministra Marina Silva (Rede) que é evangélica e oriunda da esquerda. “Nós somos um país em que mais de 80% das pessoas se declaram com fé. Não se pode fazer um discurso como se todas essas pessoas fossem um risco à civilização”, diz ela. (BBC Brasil)

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