quinta-feira, 10 de março de 2022

Ucrânia quer denunciar Rússia por crimes de guerra

 

A Rússia segue insistindo que ataca somente alvos militares na Ucrânia, mas o que o mundo viu ontem foi o bombardeio de um complexo com hospital infantil e maternidade na cidade portuária de Mariupol, uma das mais violentamente atingidas pelos ataques desde o início da invasão. Autoridades ucranianas disseram que pelo menos 17 pessoas ficaram feridas, entre funcionários e pacientes, mas nenhuma criança. De acordo com a prefeitura, pelo menos 1.170 civis já morreram na cidade desde o início da ofensiva russa. Em um vídeo falado parcialmente em russo, o presidente ucraniano Volodymyr Zelenski classificou o ataque como maligno e “a prova final de que há um genocídio em andamento no país”. O governo da Ucrânia criou um site na Internet para registrar violações de direitos humanos e o que classifica como crimes de guerra cometidos pelos russos. O material será encaminhado à Corte Europeia de Direitos Humanos e ao Tribunal Penal Internacional. (BBC)

A Organização Mundial da Saúde anunciou ter confirmado 18 ataques a instalações médicas e ambulâncias na Ucrânia, com dez mortos e 16 feridos. (Twitter)

O governo em Kiev confirmou que pelo menos 35 mil civis foram retirados das cidades mais afetadas através de corredores humanitários, mas centenas de milhares continuam em situação de risco. (Washington Post).

Zelenski voltou a pedir à Otan que estabeleça uma zona de exclusão aérea na Ucrânia, mas a ação direta da aliança militar está descartada. Em vez disso, o Reino Unido pretende enviar armamento antiaéreo para as forças armadas ucranianas. (Guardian)

É nesse clima que os ministros do Exterior de Rússia e Ucrânia se reúnem hoje na Turquia para tentar para tentar dar um fim ao conflito. É a primeira viagem ao exterior do ministro russo Sergei Lavrov desde o início da crise. O primeiro desafio da diplomacia turca é serenar os ânimos, uma semana após o ucraniano Dmytro Kuleba chamar Lavrov de “Ribbentrop dos dias atuais”. Joachin von Ribbentrop (1893-1946) foi o ministro do Exterior da Alemanha nazista, enforcado pelos aliados após a Segunda Guerra. (France 24)

Mas a Rússia fez também um aceno. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse que os objetivos da invasão não incluem derrubar o governo de Kiev nem ocupar a Ucrânia. (Globo)

Enquanto isso... Chegam hoje ao Brasil dois aviões da FAB trazendo 42 brasileiros, 20 ucranianos que têm parentes brasileiros e ainda cinco argentinos e um colombiano que deixaram a Ucrânia. (Jornal Nacional)




As direções nacionais de PT, PV e PCdoB anunciaram nesta quarta-feira um acordo para formar uma federação partidária, após quatro meses de negociação. Isso significa que os partidos vão disputar unidos todas as eleições de outubro e atuar como uma única legenda pelos próximos quatro anos. Por conta de divergências em pleitos estaduais, o PSB, que participou das negociações, não aderiu à federação, mas é dada como certa sua coligação com o PT na eleição presidencial, com o ex-governador Geraldo Alckmin sendo vice do ex-presidente Lula. (Folha)

Aliás... O PT decidiu mudar de estratégia e incluir a ex-presidente Dilma Rousseff na propaganda do partido na TV, embora a estrela dos spots continue sendo Lula. A avaliação do partido é que o governo dela será um dos principais alvos dos adversários na campanha e que é preferível antecipar esse debate. (Globo)

Enquanto isso... O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), comunicou oficialmente ao partido que não vai disputar a presidência da República este ano, conta Natuza Nery. Com isso, a expectativa é de que o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, derrotado nas prévias tucanas, deixe o PSDB na próxima semana e se filie ao PSD para concorrer à eleição. (g1)

 




O ex-ministro Sérgio Moro (Podemos) e o MBL tentam conter os danos provocados pelas declarações machistas do deputado estadual paulista Arthur do Val (sem partido), até então candidato do partido e do grupo ao governo paulista. Substitui-lo, porém, é um problema. O MBL quer outro dos seus, o vereador Rubinho Nunes, enquanto o Podemos prefere sua presidente nacional, da deputada Renata Abreu (SP). (Folha)




O STF rejeitou, por seis votos, uma ação do PDT que pedia mudança no cálculo do tempo de inelegibilidade com base na Lei da Ficha Limpa. Os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Edson Fachin, Rosa Weber, Ricardo Lewandowski e Luiz Fux votaram pelo não reconhecimento da ação, sem sequer entrar no mérito. A decisão é uma derrota para o ministro Nunes Marques, que atendeu, por liminar, à demanda do partido para que os oito anos de inelegibilidade por uma condenação fossem contados a partir do início da pena, não do final, como acontece hoje. (CNN Brasil)

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