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A pandemia cobrou um preço particularmente caro na América Latina, mas finalmente há uma boa notícia, algo razoavelmente sólido a que se agarrar: a recuperação das cotações de matérias-primas como a soja e o cobre, com preços que chegaram a duplicar nos últimos 12 meses. Uma rota de fuga inesperada para a crise econômica à qual a região parecia fadada. Em uma reportagem que contou com a colaboração dos correspondentes em São Paulo, Buenos Aires e Santiago, o repórter Ignacio Fariza explica o contexto internacional por trás desta onda de otimismo econômico que, no entanto, não deve ter os mesmos resultados sociais do boom dos anos 2000 de acordo com a maior parte dos analistas. Em Brasília, a nova sessão da CPI da Pandemia trouxe uma imagem inesperada: o presidente da Anvisa, contra-almirante Antônio Barra Torres, fez questão de mostrar que, mesmo tido como amigo do presidente Jair Bolsonaro, não se curva às ações “sem cabimento” do Governo durante a crise sanitária. Em depoimento, Torres —blindado no cargo até 2024—, confirmou que o Planalto tentou alterar a bula da cloroquina para incluir o tratamento contra a covid-19, mesmo sem evidências científicas de sua eficácia contra a doença. A repórter Beatriz Jucá conta que as declarações podem dar mais combustível a uma das teses investigadas no Senado: a de que o presidente se aconselhava com uma espécie de “Ministério da Saúde paralelo” enquanto rejeitava recomendações técnicas de seus ministros. Enquanto o Planalto segue na berlinda, a vacinação contra o coronavírus segue permeada de dúvidas e sobressaltos. Nesta terça-feira, o Ministério da Saúde anunciou a suspensão da vacinação contra a covid-19 em gestantes e puérperas, semanas após o grupo ter sido considerado prioritário. Apenas grávidas com comorbidades poderão ser imunizadas e com as doses da Coronavac e Pfizer, mas a vacina AstraZeneca/Oxford, um das duas mais utilizadas no Brasil, está vetada. O motivo é a investigação sobre a morte de uma gestante por trombose após tomar o imunizante com tecnologia britânica. Todo mundo conhece Bob Marley e ele é conhecido em todo o mundo. Quarenta anos após a sua morte prematura— completados nesta terça-feira — o músico jamaicano continua sendo uma lenda que nunca se desvaneceu. Iñigo López Palacios escreve sobre a extensa e arrevesada discografia deixada por Marley. Canções que mostram como o jamaicano tornou-se um astro que se dirigia a todo o planeta. Na seção o EL PAÍS que fazemos, Amanda Mars fala sobre o desafio do correspondente. Diretora da sucursal do jornal em Washington, Mars rodou os EUA durante todo o turbulento mandato de Donald Trump. “O leitor do EL PAÍS sabe que lerá coisas que desafiam seus conceitos, seus preconceitos, e isso ele aceita”, diz. | |||||
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