Noticiário do dia gira em torno de dois grandes assuntos, que ganham as manchetes: As novas ameaças de Bolsonaro ao Supremo e ataques à China e a decisão dos Estados Unidos de apoiar a suspensão das patentes de vacinas para ampliar a campanha global de imunização contra a Covid. Aponta a Folha em manchete: Ameaçado, Bolsonaro faz bravata ao STF e ataca China. Na mesma linha, destaca. O Globo: Acuado por CPI, Bolsonaro critica China e ameaça STF. Estadão vai de Covid na manchete – Com Biden, EUA vão apoiar suspensão de patentes de vacinas. O mesmo tem ada edição brasileira do El País – EUA apoiam liberar patentes das vacinas contra o coronavírus. O terceiro tema relevante é a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central de elevar a taxa de juros. Valor destaca na primeira página como notícia do dia – Copom já prevê taxa de juros em 4,25% ao ano. Na noticiário político os encontros de Lula em Brasília continuam a despertar o interesse dos jornalões. Ele esteve reunido ontem com Gilberto Kassab e Rodrigo Maia e conversa sobre articulações estaduais com outros dirigentes partidiários. Ex-presidente será recebido hoje pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Folha resume: Em tour por Brasília, Lula avança sobre aliados de Bolsonaro em articulações para eleições de 2022. Sobre a CPI, jornais trazem o depoimento de Nelson Teich à comissão, revelando que deixou o cargo de ministro da Saúde por falta de autonomia e desacordo sobre o uso de cloroquina. Ele disse que Bolsonaro atuou de forma indevida para a produção e distribuição em massa de cloroquina no país. O medicamento não tem eficácia comprovada. Hoje, a CPI vai ouvir o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Ele será questionado sobre contratos de vacinas. Os jornais também trazem a reação de Bolsonaro: "Donos da verdade fazem campanha em cima dos mortos". Folha destaca que o presidente chamou de canalha quem se opõe ao 'tratamento precoce'. Além de atacar a China – declarou que o coronavírus pode ter nascido em um laboratório chinês e falou em "guerra radiológica" – ele ameaçou que pode vir a decretar fim de medidas de isolamento. Para o presidente, não haverá contestação "por nenhum tribunal". Estadão informa que a insinuação de Bolsonaro de que China faz 'guerra química' preocupa o Butantan. Produtor da Coronavac, o instituto tem a expectativa de receber dos chineses, até o dia 15, insumos para mais doses; dirigentes alegam que essas declarações afetam negociações. Na Folha, Vinícius Torres Freire fala sobre as dificuldades do Brasil em avançar na vacinação da população. Brasil não vai conseguir acelerar entrega de vacinas de Covid até junho – observa. "É uma desgraça, pois estão morrendo mais de 2.300 pessoas por dia no país", lamenta. "Em abril, o número de doses entregues foi quase o mesmo de março, cerca de 26,6 milhões. Em maio, se tudo der muito certo, serão 38,5 milhões. Mas ainda é pouco e tarde". A colunista Maria Cristina Fernandes escreve no Valor que Bolsonaro está se saindo muito mal na CPI. "Estratégia de intimidar senadores com 1º de Maio ruiu", pondera. E aponta que Lula está avançando. "Não é apenas um governo em frangalhos que move esta xepa, mas a perspectiva do poder em 2022. As costuras do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Brasília esta semana, com Eunício Oliveira (MDB), Rodrigo Maia (ainda no DEM, em conversa com o PSD), Marcelo Freixo (Psol) e Fabiano Contarato (Rede) sugerem que o petista almeja avançar sobre o centro, engolir o espaço da terceira via e deixar o presidente como a única opção do radicalismo". BRASIL NA GRINGA Com foto de Dilma Rousseff, o argentino Página 12 publica coluna do jornalista Emir Sader que trata da "falta de consciência democrática" no Brasil, que tem sido fatal para o país. "O momento decisivo para o golpe que rompeu com a democracia no Brasil, retirou o Partido dos Trabalhadores (PT) do governo e introduziu governos antidemocráticos, antinacionais e antipopulares, como os de Temer e Bolsonaro, foi quando o direita orquestrou o impeachment de Dilma Rousseff em 2015/2016 e as forças democráticas não tiveram força para ir às ruas em defesa da democracia e sucumbiram ao golpe de direita", opina. O português Diário de Notícias repercute o depoimento de Nelson Teich à CPI da Pandemia. Segundo Ministro da Saúde de Bolsonaro diz que se demitiu por pressões para uso de cloroquina – aponta o jornal em manchete de página. "Médico oncologista que ocupou a pasta por um mês no ano passado, afirmou em Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar a responsabilidade do governo nos 412 mil mortos que sentiu não ter 'autonomia' em relação ao medicamento sem eficácia comprovada para Covid-19", escreve o correspondente João Almeida Moreira. O jornal ainda fala da reação de Bolsonaro – "O presidente, entretanto, fala em guerra química da China". A Reuters também trata do tema em longo despacho informando que a CPI sobre a Covid revelou a fé cega de Bolsonaro na cloroquina. "O ex-ministro da Saúde do Brasil disse em um inquérito parlamentar que o governo de direita do presidente Jair Bolsonaro sabia muito bem que o tratamento que defendiam para os pacientes com COVID-19 não tinha base científica", informa. O britânico The Guardian traz reportagem do correspondente Tom Phillips, sediado no Rio, sobre a devastação da pandemia no continente sul-americano. "Isso é trágico": medo para os jovens da América Latina enquanto a Covid acelera – diz a manchete. "Chefe da OPAS alerta para aumento do número de jovens morrendo", escreve. "A América Latina sofreu na semana passada mais de um terço de todas as mortes por vírus do mundo". O jornalista relata que apesar das sugestões de autoridades sanitárias para a adoção de medidas que assegurem o isolamento e distanciamento social como forma de conter a pandemia, poucos governantes dão sinais de que estão dispostos a tomá-las. "Na quarta-feira, o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, que banalizou repetidamente a Covid e minou as medidas de contenção, disse em um evento que estava 'doente até os dentes' pelo uso de máscaras e ameaçou emitir um decreto contra governantes regionais de estados e municípios que buscavam 'oprimir' cidadãos com as restrições da Covid", escreve. A morte do ator e comediante Paulo Gustavo ganha repercussão internacional com despacho da agência Associated Press relatando que a partida dele uniu a Nação em luto e da onda de pesar que atingiu o país e ganhou contornos políticos. "O presidente conservador Jair Bolsonaro, que costuma ignorar as mortes do Covid-19 e minimizar a doença, tuitou seu pesar pela morte de Gustavo, 'que com seu talento e carisma conquistou o carinho de todo o Brasil'", diz o texto da AP. "Seu arquirrival de esquerda, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, lamentou a morte de Gustavo lembrando dele como "um grande brasileiro, que celebrou nosso país com tanta alegria". Outro assunto a ganhar repercussão fora do Brasil é a decisão de um tribunal suspendendo a investigação sobre a líder indígena Sonia Guajajara, que atacou o governo. "Ela havia criticado o governo do presidente Jair Bolsonaro por lidar com a crise do Covid-19, que teve um impacto devastador sobre os povos nativos", diz a Reuters. INTERNACIONAL A mídia mundial repercute amplamente nas capas a decisão da Casa Branca de apoiar a suspensão das patentes das vacinas contra a Covid como forma de ampliar a vacinação no mundo e acelerar a saída da crise sanitária. O tema é a manchete principal do Washington Post e está na capa de dezenas de outros jornais. Administração apóia isenção de patentes de vacinas – diz o Post. O tema também é manchete do Wall Street Journal: EUA apóiam isenções de patentes para produzir vacinas covid-19. Tomando 'medidas extraordinárias', Biden apóia a suspensão de patentes de vacinas – informa o New York Times na primeira página. "O governo Biden, ao lado de alguns líderes mundiais da indústria farmacêutica dos Estados Unidos, se pronunciou a favor da dispensa das proteções de propriedade intelectual para vacinas contra o coronavírus", informa o jornal. "Os EUA foram um grande obstáculo na Organização Mundial do Comércio em relação a uma proposta para suspender algumas das proteções de propriedade intelectual do corpo econômico mundial, o que poderia permitir aos fabricantes de medicamentos em todo o mundo acesso aos segredos comerciais bem guardados de como as vacinas viáveis foram feitas", lembra. O francês Le Monde trata do tema na manchete principal e informa que a União Europeia se diz pronta para discutir a suspensão da patentes de vacinas. Como os Estados Unidos, Emmanuel Macron disse ser a favor de suspender os direitos de propriedade intelectual sobre vacinas para melhor combater a pandemia Covid-19. "A ideia é conseguir acelerar a produção global para combater a pandemia Covid-19, que continua a causar estragos", informa o diário. "Pelo menos 3,2 milhões de pessoas morreram em todo o mundo desde que o escritório da Organização Mundial da Saúde na China relatou o início da doença no final de dezembro de 2019". O Libération diz que a decisão de Biden é cimento na lagoa farmacêutica e observa que a posição dos EUA em favor da suspensão das patentes obrigará outros países a se posicionarem a tempo. O espanhol El País diz que a decisão de Biden é um movimento histórico dos EUA. ""As circunstâncias extraordinárias da pandemia exigem medidas extraordinárias", explica Biden. O argentino Claríntambém deu manchete de capa: EUA apoiam a liberação de patentes para que mais países produzam vacinas. O jornal lembra que Mauricio Macri, Adolfo Pérez Esquivel e outros assinaram uma carta para Joe Biden, pela quebra das patentes. O Financial Times é outro a destacar o assunto na primeira página, reportando que a indústria farmacêutica teme que movimento sobre as patentes de Biden abra um "precedente perigoso". As ações dos fabricantes de vacinas da Covid 19 apontam para temores de que a renúncia prejudicaria o lucro e a inovação do setor. O jornal também relata a reação de produtores chineses de vacinas para Covid, que atacaram a decisão dos EUA. No mercado financeiro, as ações da CanSino e da Fosun Pharma despencaram com perspectiva de salto no fornecimento global de vacinas. Outros dois assuntos importantes na mídia internacional. New York Times destaca em manchete de capa que os Estados Unidos estão praticamente saindo do pior cenário da pandemia do Covid. Os casos e mortes diminuíram, e as vacinações deixam os cientistas esperançosos, mesmo que as variantes signifiquem que o coronavírus está aqui para ficar. "Virando a esquina" – diz o jornal, na capa. É o ponto mais promissor dos EUA diante da Covid. O outro tema é a notícia de que a taxa de natalidade dos EUA caiu para seu nível mais baixo em décadas após a pandemia. E, por fim, na vizinhança da América Latina a notícia sobre a onda de violência na Colômbia ganha destaque na imprensa regional. Foi anunciada uma nova greve nacional na Colômbia após uma semana de protestos massivos e repressão. Diante do silêncio do governo, a ouvidoria elevou o número de mortos para 24. Após a retirada da reforma tributária, que enfrenta forte oposição das organizações sociais e populares, as demandas dos movimentos sindicais, indígenas e estudantis são diversas: melhorias na saúde e na educação, segurança nas regiões mais violentas do país e fim dos abusos policiais. |
AS MANCHETES DO DIA |
Folha: Ameaçado, Bolsonaro faz bravata ao STF e ataca China Estadão: Com Biden, EUA vão apoiar suspensão de patentes de vacinas O Globo: Acuado por CPI, Bolsonaro critica China e ameaça STF Valor: Copom já prevê taxa de juros em 4,25% ao ano El País (Brasil): EUA apoiam liberar patentes das vacinas contra o coronavírus BBC Brasil: Como 'imunidade de rebanho' pode virar arma contra Bolsonaro na CPI da Covid UOL: Intervenção de Lira abre caminho para reforma tributária fatiada de Guedes G1: Tiroteio no Rio deixa 5 feridos; 2 passageiros foram atingidos dentro do metrô R7: Comissão no Senado ouve hoje o atual ministro da Saúde e diretor da Anvisa Luis Nassif: Bolsonaro é o "malandro agulha" Tijolaço: Bolsonaro late mais uma vez sem dizer quando irá morder DCM: Biden anuncia apoio a quebra de patente de vacinas contra Covid Rede Brasil Atual: Na véspera de completar 15 milhões de casos no Brasil, covid faz mais 2.811 vítimas em 24 horas Brasil de Fato: Entenda por que lucro de bancos cresce enquanto resto da economia encolhe na pandemia Ópera Mundi: Renascimento do marxismo está dando os primeiros passos, diz José Paulo Netto Poder 360: PIB de SP será 5 vezes o do Brasil em 2021, afirma Doria New York Times: Dados da Covid mostram que os EUA estão "virando a esquina", alimentando uma sensação de esperança Washington Post: Administração apóia isenção de patentes de vacinas WSJ: EUA apóiam isenções de patentes para produzir vacinas covid-19 Financial Times: Archegos se encaminha para a insolvência enquanto banco busca reparação pelo prejuízo de US$ 10 bilhões The Guardian: Reino Unido envia navios da marinha para Jersey em meio a disputa de pesca pós-Brexit com a França The Times: Veteranos protegidos de problemas Le Monde: Vacinas: o monopólio dos laboratórios em questão Libération: Mali. Olivier Dubois, jornalista refém El País: PP cresceu por igual em bairros de alta, média e baixa renda El Mundo: PSOE assume com um "aviso" a Sanchez a debacle em Madri Clarín: EUA apoiam a liberação de patentes para que mais países produzam vacinas Página 12: A dois Diário de Notícias: Mais de 50 mil famílias com rendimentos acima de 100 mil euros pela primeira vez Público: Governo paga 84 euros às empresas por cada aumento do salário mínimo Frankfurter Allgemeine Zeitung: Isolado Süddeutsche Zeitung: A Alemanha deve ser neutra para o clima em 2045 The Moscow Times: Kremlin diz que não sabe se a explosão tcheca e os suspeitos de envenenamento por Skripal funcionam para isso Global Times: A suspensão do diálogo econômico da China com a Austrália "um passo necessário" para defender os interesses nacionais Diário do Povo: Mais jovens atendem ao apelo de Xi na ciência |
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