Teoricamente, era para o general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, estar em isolamento. Ele deixou de comparecer para depor na CPI da Pandemia sob a alegação de que teve contato com pessoas com Covid-19. Entretanto, recebeu ontem o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni (DEM), e de uma assessora do Planalto. Onyx é um dos articuladores da defesa do governo na comissão. Quando a informação se espalhou, senadores da CPI, muito irritados, passaram a discutir a possibilidade de uma condução coercitiva do general. A decisão ainda não foi tomada. (Estadão)
Thaís Oyama: “Pazuello receia ficar sem o apoio do governo a que serviu e da corporação a que ainda pertence. Amigos vêm aconselhando Pazuello a comparecer à CPI fardado e com as suas três estrelas sobre os ombros. A ideia é ‘amarrar’ sua imagem à do Exército para, assim, desencorajar ‘avanços’ de parlamentares, cujos ataques poderiam ser lidos como agressões aos militares.” (UOL)
Meio em vídeo. A Bíblia já recomendava o isolamento social para evitar doenças. Aliás, documentos ainda mais antigos, de mais de mil antes, também o faziam. Enquanto isso, há um ex-ministro covarde na praça e um presidente que ladra, ladra, e a essas alturas já mostrou não ter força para morder. Confira no YouTube.
Falando em CPI... Os senadores não governistas ficaram muito irritados com o depoimento ontem do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Ele driblou perguntas incisivas sobre os posicionamentos de Jair Bolsonaro, sobre a própria opinião a respeito da cloroquina e sobre o estado em que encontrou o ministério. (Folha)
Queiroga, porém, admitiu que inflou o número de vacinas contratadas pelo ministério. Ele reconheceu que, das 560 milhões de doses anunciados pela pasta, somente a metade já tem contrato fechado de fato. (Estadão)
Em seu esforço permanente para criar atritos com outros poderes, Jair Bolsonaro voltou ontem suas baterias contra a Justiça Eleitoral. Em sua live semanal, ele disse que, se for aprovado pelo Congresso, o voto impresso e auditável será usado em 2022. “Se não tiver voto impresso, é sinal que não vai ter eleição. Acho que o recado está dado.” (Poder360)
Mônica Bergamo mapeia, hoje, o vaivém de partidos. O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, pedirá hoje sua desfiliação do DEM. Vai para o PSD de Gilberto Kassab. E o governador maranhense Flávio Dino está em negociações avançadas para deixar o PCdoB rumo ao PSB. (Folha)
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