quarta-feira, 12 de agosto de 2020

A misoginia do Governo Bolsonaro vai parar na Justiça

Brasil

A Rússia de Vladimir Putin diz ter aprovado uma vacina contra a covid-19. Seria uma celebração para o mundo não fossem as perguntas e dúvidas que cercam o anúncio, mais propagandístico do que científico: ainda não foram feitos todos os testes humanos. Especialistas vêm alertando há semanas sobre o risco de aprovar a vacina antes do tempo necessário e veem a velocidade dos testes no país de Putin como uma questão política. Apesar disso, o Governo do Paraná diz negociar a participação no desenvolvimento da vacina. A gestão Ratinho Júnior (PSD) afirma que se reunirá nesta quarta com o embaixador da Rússia no Brasil, Sergey Akopov, para tratar do assunto.
Em sua coluna, o filósofo Vladimir Safatle fala sobre a negligência de Estado brasileiro frente à pandemia. "Diante da catástrofe (e o que temos diante de nós é a descrição mais clara de catástrofe ―não apenas a catástrofe do número impensável de mortos por negligência do Estado, mas a catástrofe da “vida normal” que parece voltar em uma letargia muda), seria o caso de dizer que este é um país não viável", escreve. A conduta do Governo Bolsonaro na crise também move a Coalizão Negra por Direitos, que reúne centenas de organizações, para apresentar o 56° pedido de impeachment contra o presidente em ato nesta quarta em Brasília.
O Planalto tem contra si ainda uma outra frente, explica a reportagem de Marina Rossi. Procuradores de São Paulo resolveram levar à Justiça as declarações e políticas misóginas do Governo de extrema direita. A ação argumenta que falar e agir contra as mulheres é inconstitucional e que a União deve ser obrigada a pagar por campanhas de conscientização para minimizar os danos causados.
Já nos Estados Unidos, o candidato democrata Joe Biden escolheu sua ex-rival nas primárias Kamala Harris para completar sua chapa na disputa à Casa Branca. O correspondente Pablo Guimón analisa o cálculo de Biden para ter ao lado a senadora californiana de 55 anos, de pai jamaicano e mãe indiana, que se tornou a terceira candidata a vice-presidenta e, se os democratas ganharem as eleições, será a primeira vice-presidente mulher da história.

A misoginia do Governo Bolsonaro vai parar na Justiça
A misoginia do Governo Bolsonaro vai parar na Justiça
Procuradores de São Paulo processam a União por falas e ações "misóginas" de Bolsonaro e ministros contra as mulheres

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