terça-feira, 21 de julho de 2020

Europa vai injetar R$ 4,5 tri na economia


A chanceler alemã Angela Merkel, em geral muito rígida na conduta econômica, em união com o presidente francês Emmanuel Macron, assinaram com outros líderes europeus um plano de estímulo econômico de €750 bilhões. É o equivalente a R$ 4,5 trilhões. O dinheiro que comporá o fundo da União Europeia será angariado com a venda de títulos públicos que os países farão de forma conjunta. Todos serão responsáveis pela dívida. E a distribuição ocorrerá tendo por critério a escolha das 27 nações do bloco mais pesadamente atingidas pela pandemia. Os líderes se encontraram vestindo máscaras e se cumprimentaram tocando os cotovelos, mantendo sempre distância uns dos outros num rito educativo. A negociação se estendeu por cinco dias e foi tensa, principalmente pelo rigor fiscal que Holanda, Áustria, Suécia e Dinamarca exigiam. A um determinado momento, Macron chegou a bater na mesa e gritar com seu par austríaco, o chanceler Sebastian Kurz. A Alemanha, que em geral está no grupo, mudou suas convicções perante a crise e levou o bloco. (New York Times)

Aliás... O ritual das máscaras está mudando. O presidente americano Donald Trump tuitou, ontem, uma imagem sua de máscara. Na mensagem, falou do esforço para derrotar o que chama de ‘vírus chinês’. “Ninguém é mais patriota do que eu”, ele amarrou o tuíte, “seu presidente favorito”. Era uma mensagem para o naco da direita que considera o uso de máscaras um atentado do governo à liberdade individiual e que a recusa a usá-las seria um ato de patriotismo. Trump, que só vestiu uma máscara em público pela primeira vez na semana passada, tem motivos para a mudança: as pesquisas começam a sugerir uma derrota acachapante na eleição presidencial e uma das razões é sua conduta da pandemia. (CNN)



A Câmara deve votar, hoje, a renovação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica. O objetivo do Fundeb é distribuir dinheiro aos estados de forma a reduzir a diferença entre o que entes federativos mais ricos e mais pobres gastam por aluno. A negociação vem sendo difícil, em grande parte, porque o governo tenta segurá-la. Mas vinte governadores assinaram, ontem, um pedido para que a votação seja feita. (G1)

A pressão dos governadores é uma que deputados tendem a ouvir. Para neutralizá-la, o Palácio do Planalto pretende liberar R$ 1 bilhão em verbas de combate ao coronavírus para as prefeituras que deputados e senadores de sua base recomendem. É o método Centrão de negociar agindo. (Globo)

Um dos motivos pelos quais o governo quer segurar o Fundeb é um truque. O fundo está fora do teto de gastos. A equipe econômica propõe alocar até R$ 8 bilhões por ano para o que vem chamando voucher-creche, que permite a famílias de baixa renda pagar uma creche particular para filhos pequenos. Seria uma forma de completar o novo Bolsa Família, que será batizado Renda Brasil. Parlamentares vêem, ali, um jeito de driblar o teto. Ao invés de ajeitar suas contas para propor um projeto de renda básica, o Executivo termina tirando da educação para outro objetivo. (Folha)



A nova pesquisa XP/Ibespe aponta que 30% dos entrevistados consideram o governo Jair Bolsonaro bom ou ótimo. Ruim e péssimo está em 45% e, regular, 24%. Todas as variações para cima ou para baixo foram no limite da margem de erro de 3 pontos percentuais. (Poder 360)

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