terça-feira, 21 de julho de 2020

O Brasil registrou 718 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, chegando ao total de 80.251 óbitos

O Brasil registrou 718 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, chegando ao total de 80.251 óbitos. Sobre casos registrados, 21.749 foram confirmados no último dia. Já são 2.121.645 brasileiros com o novo coronavírus. Com isso, a média móvel de novas mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 1.047 óbitos, uma variação de +2% em relação aos dados registrados em 14 dias. A "média móvel de 7 dias" faz um cálculo do número de mortes entre o dia em curso e os seis anteriores. Ela é comparada com a média de 14 dias antes para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda. Sobre a variação nos Estados. Subindo: PR, RS, SC, MG, MS, MT, TO e PB. Em estabilidade, ou seja, o número de mortes não caiu nem subiu significativamente: ES, RJ, SP, DF, GO, AC, AP, PA, RO, AL, BA, MA e PE. Em queda: AM, RR, CE, PI, RN e SE.
No mundo já são 610.149 mortos e mais de 14 milhões de infectados segundo levantamento da JHU.
A ChAdOx1 nCoV-19 (ou AZD1222), conhecida popularmente como “vacina de Oxford”, que é elaborada pela universidade britânica de Oxford com colaboração da multinacional farmacêutica AstraZeneca, indicou ser segura e capaz de treinar o sistema imunológico para se defender contra a Covid-19. Resultados detalhados sobre as fases 1 e 2 foram publicados na revista científica The Lancet.

Os testes envolveram 1.077 voluntários, e a injeção da ChAdOx1 levou à produção de anticorpos e glóbulos brancos capazes de combater o coronavírus. Mais de mil pessoas no Brasil receberam doses da ChAdOx1 como parte da fase 3 e serão acompanhadas por um ano. Os níveis de células T, um tipo de glóbulo branco capaz de atacar células infectadas, atingem um pico 14 dias depois da vacina, e o de anticorpos, 28 dias. O estudo ainda não conseguiu apontar se haveria uma imunidade a longo prazo. Sobre os efeitos colaterais, cerca de 70% das pessoas envolvidas nos testes tiveram febre ou dor de cabeça.
Por falar em células T, aumentam as evidências de elas são cruciais para o sistema imunológico. Elas influenciariam quanto tempo os pacientes permanecem resistentes à reinfecção pelo Covid-19. Segundo Mala Maini, professora de imunologia na University College London, os anticorpos parecem transitórios no sangue, ao contrário das células T, duradouras. Elas protegeriam infectados e recuperados do novo coronavírus, mas que não têm anticorpos detectáveis logo em seguida. As pessoas que se recuperaram de Sars em 2003 ainda mostram imunidade celular ao coronavírus mesmo 17 anos depois.
O diretor da OMS, Michael Ryan, comemorou o resultado, mas ponderou que ainda há etapas até a imunização chegar ao público. Segundo a organização, efetivamente existem 23 candidatas à vacina em testes clínicos.

Para garantir acesso e facilitar a distribuição das doses quando estiverem disponíveis, a OMS apoia o Covax, um grupo internacional que negociará com os produtores de vacina. O Brasil e outros 74 países manifestaram interesse em financiar suas vacinas por meio da iniciativa. Outras 90 nações de baixa renda querem também colaborar e assim receber doações para poder distribuir as doses.

Há atualmente quase 160 iniciativas ao redor do mundo de desenvolvimento de vacina contra a Covid-19, que serão submetidas a estudos pré-clínicos (sem testes em humanos), três fases de testes clínicos para avaliar segurança e eficácia, além da etapa de aprovação. Quatro dessas candidatas estão em etapa avançada de análise de eficácia (fase 3 dos testes).

Outras candidatas promissoras são a PiCoVacc (ou CoronaVac) da Sinovac Biotech (China) que utiliza o vírus Sars-CoV-2 inativado quimicamente. Está na fase 3 dos testes. Outra é a vacina mRNA-1273, da Moderna Therapeutics (Estados Unidos), prestes a começar a fase 3.



Átila Iamarino, doutor em ciências pela USP: “Com as vacinas, a imunidade coletiva passou a ser desejável. Ela dá o limiar de imunização de uma comunidade a ponto de impedir uma doença de circular, protegendo mesmo quem não pode ser vacinado. É o que costumávamos fazer para controlar o sarampo até alguns anos atrás, quando o movimento antivacina resgatou a moda da mortes infantis por doenças evitáveis. Isso porque quanto mais transmissível a infecção, maior tem que ser o limiar de imunização para conter seu espalhamento. O vírus influenza, que costuma ser transmitido para pouco menos de duas pessoas, deixa de circular quando por volta de 40% das pessoas de uma região se imunizaram ou se curaram. Já o vírus do sarampo, que regularmente infecta mais de dez pessoas para cada infectado, só é contido quando mais de 90% de uma população está imune. E a Covid? Para começar, não sabemos se a imunidade contra ela é protetora. É um grandessíssimo "se", que só deve ficar mais claro com os testes de vacinas. Se a proteção acontecer, estudos estimam valores que vão de 20% a 85% de imunização. A maioria aponta para algo entre 40% e 70%. Mas contar com qualquer limiar desses seria crueldade. Mesmo se "só" 20% dos brasileiros curados no Placar da Vida fossem suficientes, tratando pessoas como rebanho ainda seriam 40 milhões de infectados, centenas de milhares precisando de internação em dezenas de milhares de leitos de UTI, e pelo menos 200 mil mortos, usando as estimativas mais otimistas de fatalidade de 0,5% dos infectados”. (Folha)



Sobre volta às aulas, pelo menos oito estados e o Distrito Federal discutem uma retomada até setembro. O levantamento foi feito pelo G1 junto às secretarias estaduais de educação. Veja as possíveis datas.
No Rio de Janeiro, a decisão do prefeito Marcelo Crivella de autorizar a volta das aulas presenciais nas unidades particulares no próximo dia 3 de agosto foi recebida com cautela. Escolas particulares estão realizando enquetes com os responsáveis pelos alunos para decidir sobre o retorno presencial. Outros, já decidiram funcionar de forma mista.



A ativista sueca Greta Thunberg disse que doaria 1 milhão de euros (equivalente a pouco mais de R$ 6 milhões) recebidos pelo Prêmio Gulbenkian para a Humanidade. Uma das duas primeiras doações de Thunberg, de 100.000 euros (R$ 600 mil), será destinada à SOS Amazônia, uma campanha de financiamento coletivo lançada em junho para comprar suprimentos médicos e fornecer serviços de telemedicina contra o coronavírus para residentes da floresta amazônica brasileira.

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