terça-feira, 14 de julho de 2020

“O Exército está se associando a esse genocídio”

O Ministério da Defesa vai encaminhar representação à Procuradoria-Geral da República contra o ministro Gilmar Mendes, do Supremo. No sábado, Gilmar afirmou numa live que o vazio no Ministério da Saúde, e a responsabilidade assumida pela interinidade do general Eduardo Pazuello, envolverá o Exército nos resultados da pandemia no Brasil. “O Exército está se associando a esse genocídio”, afirmou o ministro. O ministro Fernando Azevedo e Silva reagiu com rispidez. “Trata-se de uma acusação grave, além de infundada, irresponsável e, sobretudo, leviana.” (G1)

A reação dos militares foi dura e com motivo. Genocídio não é apenas uma hipérbole quando manifestada por um ministro de Suprema Corte. É a tipificação de um crime particularmente sério. Segundo apuração de Marcelo Godoy, os oficiais temem que, após esta declaração, um procurador ou uma corte internacional abram investigação por genocídio de povos indígenas contra as Forças Armadas pela inação do governo federal durante a crise da Covid-19. (Estadão)

Então... Antes de fazer sua declaração, Gilmar Mendes alertou ao presidente Jair Bolsonaro sobre os riscos de não só o Supremo o acionar por conta de sua conduta em meio à pandemia mas, também, de ele ter problemas perante o Tribunal Penal Internacional. O presidente pode vir a ser notificado pela corte em uma viagem à Europa. Há muitos pedidos de investigação no TPI por conta da conduta de Bolsonaro, conta Bela Megale. A amigos, Gilmar comentou que percebe os militares em uma “posição muito frágil” dentro do governo. (Globo)

Pois é... Batem em Gilmar mas, nos bastidores, os generais atuam de forma acelerada. Querem ou que Pazzuelo passe à reserva e deixe os quadros da ativa do Exército ou que outra pessoa assuma o ministério da Saúde. (Estadão)

Segundo Mônica Bergamo, o Planalto está em busca de um novo ministro da Saúde. (Folha)



A cientista responsável pelo monitoramento da Amazônia, no Inpe, foi retirada do cargo. O anúncio ocorreu três dias após serem divulgados novos dados mostrando que o ritmo de desmatamento da floresta manteve o ritmo de alta mesmo após uma ação militar, em maio. Lubia Vinhas soube de sua exoneração pelo Diário Oficial e não lhe explicaram o porquê da retirada. (Estadão)

Em carta, técnicos do Inpe dizem que há estrutura paralela no órgão que segue moldes de estruturas militares. (G1)



O PSDB nada fará a respeito da denúncia, por parte da Lava Jato, de lavagem de dinheiro contra o ex-governador e hoje senador, José Serra. Contra o deputado Aécio Neves foi aberto um processo interno, arquivado antes de ser apreciado. (Globo)



O Facebook está ameaçando tirar do ar a página do Sensacionalista. Afirma que suas regras foram violadas, mas não explica qual. (Poder 360)

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