terça-feira, 21 de julho de 2020

Vacina de Oxford contra coronavírus produz reação imunológica

Brasil

Uma notícia promissora para um planeta em transe pela pandemia do novo coronavírus. Nesta segunda-feira, a revista médica The Lancet publicou resultados positivos da vacina experimental que está sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com o laboratório AstraZeneca. A injeção gera uma forte reação imunológica sem provocar efeitos adversos graves, segundo dados do seu primeiro ensaio em humanos. O estudo segue agora para fase 3, na qual o Brasil também participará. A reportagem de Manuel Ansede esclarece, entretanto, que os pesquisadores ainda têm um grande caminho a percorrer: os testes ainda não incluem pessoas de idade avançada nem pacientes com outras enfermidades relevantes. A vacina experimental de Oxford é um dos 23 protótipos diferentes que estão sendo testados. Uma outra aposta de imunização, vinda da China, também começa a fase final de testes nesta terça, em São Paulo, parte de uma parceria com o Instituto Butantan. Joana Oliveira e Felipe Betim conversaram com Ricardo Palacios, que lidera a pesquisa da vacina chinesa no Brasil.
Também nesta edição, o advogado argentino Luís Moreno Ocampo, ex-promotor-chefe do Tribunal Penal Internacional (TPI) em Haia, avalia o alerta feito pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, de que o presidente Jair Bolsonaro corre o risco de ser julgado por genocídio devido a sua conduta na pandemia do coronavírus: “A lei diz que crimes contra a humanidade pressupõem que tenha ocorrido uma política para cometer um ataque de larga escala ou sistemático. Precisa ter tido um plano”, diz, em entrevista. "Nem tudo pode ser resolvido pelo direito penal. Por isso pessoas votam. O Congresso pode remover líderes do poder. O controle pela lei penal é o último", pondera. Em relação à pandemia, a diretora do EL PAÍS no Brasil, Carla Jiménez, analisa o papel das elites brasileiras no país que já contabiliza 80.000 mortes pela covid-19 e vê a crise econômica se aprofundar: "Ainda são poucos os que se erguem com veemência contra injustiças no país que os enriquece".
Quantas facções operam no país do PCC? Reportagem de Gil Alessi mergulha nos dados para mostrar a crescente relevância de 30 grupos criminosos existentes no sistema penitenciário federal. São organizações regionais que muitas vezes fazem frente àquelas que são hegemônicas e com presença nacional, como a maior delas o PCC, mas também o Comando Vermelho e a Família do Norte. As penitenciárias federais abrigam apenas os detentos considerados mais perigosos, com potencial para desestabilizar as unidades administradas pelos Governos estaduais, ou que continuaram a dar as cartas no mundo do crime mesmo atrás das grades. Entre eles há um preso internacional ilustre: José González Valencia, 43, vulgo El Chepa, homem forte do cartel mexicano Jalisco Nueva Generación (ou Jalisco New Generation), o segundo maior do país, atrás do grupo de Sinaloa. Ele é apontado pelas autoridades como o operador financeiro da organização e foi detido em 2017 em Fortaleza enquanto passava férias com a família. Aqui contamos um pouco sobre sua história.
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Vacina de Oxford contra coronavírus produz reação imunológica
Vacina de Oxford contra coronavírus produz reação imunológica
Pesquisadores, porém, desconhecem a eficácia da imunização, uma das mais avançadas em estudo, diante de mutações do vírus

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