terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Tribunal de Contas da União deu dez dias para o governo do Amazonas confirmar se houve pressão do Ministério da Saúde

 Desde que a crise de oxigênio em Manaus levou à transferência de 570 pacientes para outros estados, 37 deles morreram. Com a demora do sequenciamento genético do vírus nesses casos, médicos e gestores não têm como saber se esses óbitos foram provocados pela variante P.1., surgida no Amazonas. Os dados fazem parte de um relatório enviado pela Casa Civil da Presidência da República ao Supremo Tribunal Federal. (Folha)

Aliás... O ministro Ricardo Lewandowski determinou que o Ministério da Saúde defina com clareza a ordem de grupos prioritários para a imunização. A preocupação não é injustificada. Em diversas cidades da Grande São Paulo, por exemplo, profissionais de saúde que não atuam na linha de frente contra a pandemia, como biólogos e psicoterapeutas, estão sendo vacinados antes de idosos. Tanto que o próprio ministério já alertou secretários de Saúde de estados e municípios contra a alteração na ordem de prioridade. (G1)

E ainda no campo jurídico da pandemia, o Tribunal de Contas da União deu dez dias para o governo do Amazonas confirmar se houve pressão do Ministério da Saúde para a adoção no estado de tratamentos sem eficácia comprovada. (G1)

Pressão de um lado, pressão do outro. O Ministério da Saúde formalizou a compra de mais 54 milhões de doses da CoronaVac a serem produzidos pelo Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo. Embora, por contrato, a União tivesse até 30 de maio para formalizar o negócio, o diretor do Butantan, Dimas Covas, pressionou para que a decisão saísse antes, ameaçando exportar as vacinas ou negociá-las diretamente com estados. (Poder360)

E o governo brasileiro pediu diretamente ao sócio majoritário da AstraZeneca, Marcus Wallenberg, rapidez no envido de insumos e doses da vacina que o laboratório desenvolveu em parceria com a Universidade de Oxford. (UOL)

A pressa se justifica. Já são 19 dias com a média móvel de mortes acima de mil, contando os 687 óbitos da segunda-feira. Entre eles está o senador José Maranhão (MDB-PB), de 87 anos, que faleceu ontem após estar internado desde o fim de novembro. É o segundo integrante do Senado a morrer de Covid-19. O primeiro foi Arolde de Oliveira (PSD-RJ), que morreu em outubro, aos 83 anos. (Globo)

Fora da esfera oficial, um grupo de empresários começou ontem um movimento que tem objetivo ambicioso: vacinar toda a população até setembro. A líder do grupo, Luiza Trajano, do Magazine Luiza, divulgou um manifesto, mas não explicou como pretende atingir essa meta. (UOL)

E... Sempre no lobby, ainda sem ter testado devidamente sua vacina, a União Química contratou um ex-diretor da Anvisa, Fernando Mendes, para defender a aprovação do imunizante Sputnik V e vendê-lo ao Brasil. (G1)

A vacinação contra a Covid-19 não é obrigatória, mas um trabalhador que se recuse a ser imunizado pode perder o emprego, e por justa causa. Essa é a orientação que o Ministério Público do Trabalho está dando às empresas, embora recomende que a medida seja tomada em último caso, após campanhas de conscientização e tentativas de acordo. (Estadão)




A alta de casos de Covid-19 e de mortes pela doença no Rio fez com que a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) adiasse seu vestibular. Marcado inicialmente para o próximo dia 28, será em 2 de maio. O formato também mudou, com o cancelamento da prova discursiva. Agora, os mais de 46 mil inscritos farão somente a prova de múltipla escolha e uma redação. A capital fluminense ultrapassou São Paulo e é a cidade com maior número de óbitos pela doença. (G1)

E o MEC divulgou nesta segunda-feira a relação dos candidatos aprovados em segunda chamada no Programa Universidade para Todos (Prouni), que oferece mais de 162 mil bolsas em universidades privadas para estudantes de baixa renda. Os selecionados têm até o dia 24 para comprovar a situação financeira. (Globo)

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