Esta edição do Meio estava para fechar quando o candidato democrata Joe Biden ultrapassou, no estado da Geórgia, seu adversário, o presidente Donald Trump. Dos cinco estados em aberto onde a eleição presidencial americana será decidida, o ex-vice-presidente lidera agora em três — além da Geórgia, Arizona e Nevada. Possivelmente, ainda hoje, deve assumir a frente também na Pensilvânia, que pode encerrar sua contagem. Só os vinte votos da Pensilvânia já são suficientes para que o candidato democrata ultrapasse a marca de 270 no Colégio Eleitoral, tornando-se presidente eleito dos Estados Unidos da América. (Decision Desk)
Mas... Em estados como Arizona e Geórgia a diferença pode ser tão pequena — na casa das centenas ou poucos milhares — que cédulas de militares vindas do exterior ou recontagens pedidas podem alterar o vencedor. Se a Pensilvânia abrir grande vantagem para Biden, ele possivelmente será declarado presidente. Se não, pode demorar. Os advogados do presidente Donald Trump vêm tentando abrir processos, alegando fraude. Até aqui, vão sendo dispensados ainda na primeira instância. Onde a Justiça tem lhes dado ouvidos é nos pedidos para que seus observadores acompanhem mais de perto o processo de contagem. (New York Times)
Após 36 horas longe das câmeras, o presidente Donald Trump apareceu ontem. “Se os votos legais forem contados, vencerei facilmente”, ele afirmou. Trump construía um argumento de que havia fraude e de que os adversários roubavam a eleição quando as três principais redes de TV americanas e duas a cabo — ABC, CBS e NBC, além de MSNBC e CNBC — o cortaram para corrigir, no ar, suas declarações. “Estamos nesta posição pouco habitual de interromper o presidente para corrigi-lo”, afirmou o âncora Brian Williams da MSNBC. “Não há informação de votos ilegais, não há informação de vitorioso.” O âncora da ABC, David Muir, foi mais direto. “Temos muito a corrigir.” É a primeira vez em que um presidente americano ataca o processo eleitoral. (Verge)
O MAS, partido do presidente eleito da Bolívia Luis Arce, disse que desconhecidos jogaram uma banana de dinamite numa casa onde Arce estava reunido com correligionários, mas ninguém ficou ferido. Nenhuma autoridade confirmou até agora a informação.
Dois dias depois de o Superior Tribunal de Justiça (STJ) ter sofrido o que já é considerado o pior ataque de hackers no país, técnicos de TI da Corte receberam uma mensagem “oferecendo ajuda” para liberar todos os arquivos e processos do tribunal, que foram encriptados durante o ataque. Esse é um golpe conhecido como ransomware, que também é o nome do tipo de software usado. O programa invade um sistema e bloqueia os arquivos nele. Por fim, os criminosos cobram (em geral, em criptomoedas) para desbloqueá-los. Sem o pagamento, os dados podem ser apagados ou, dependendo do tipo de informação, tornados públicos.
A Polícia Federal está investigando o ataque e, por via das dúvidas, o STF e o TSE reforçaram a segurança de suas redes. Nesta quinta-feira o governo do Distrito Federal tirou sua rede do ar após identificar um ataque, cuja dimensão ainda não foi avaliada. Já o Ministério da Saúde disse ter identificado a existência de um vírus em seu sistema, o DATASUS, mas negou que fosse um ataque hacker. O Conselho Nacional de Justiça e outros órgãos da administração pública também teriam sido invadidos, mas isso ainda não foi confirmado.
Se depender do MP do Rio, Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) perderá o mandato de senador se for condenado pelo esquema de “rachadinha” quando era deputado estadual na Alerj. O pedido consta na denúncia contra o filho do presidente e mais 16 pessoas pelos crimes de organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e apropriação indébita. O MP quer ainda uma indenização mínima de R$ 6.100.091,95 e a perda de “bens relacionados à prática de crimes”, em particular imóveis.
Tomou posse no STF o ministro Kassio Nunes, primeiro indicado por Bolsonaro para a Corte. Ele herda 1,6 mil processos do antecessor Celso de Mello.
O TSE derrubou decisão do TRE gaúcho e liberou a apresentação virtual de Caetano Veloso que busca arrecadar recursos para a campanha de Manuela D’Ávila (PCdoB) à prefeitura de Porto Alegre. O mesmo vale para o ato em apoio a Guilherme Boulos (PSOL) em São Paulo.
E o Datafolha divulgou nesta quinta-feira nova pesquisa de intenções de votos em algumas das maiores capitais do país. Em São Paulo há dois destaques. Um é a ascensão do prefeito Bruno Covas (PSDB), que subiu de 23% das intenções em 22 de outubro para 28% agora e lidera com folga. O outro é a queda de Celso Russomano (Republicanos), que baixou de 20% para 16% no mesmo período e agora está empatado tecnicamente com Guilherme Boulos (PSOL), que tem 14%, e Márcio França (PSB), com 13%.
Já no Rio o cenário é de estabilidade, com todas as variações dentro da margem de erro de três pontos percentuais. Eduardo Paes (DEM) foi de 28% para 31%, o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) oscilou de 13% para 15%, Delegada Marta Rocha (PDT) permaneceu com 13% e Benedita da Silva (PT) caiu de 10% para 8%. Tecnicamente, os três estão empatados.
Também foram divulgadas pesquisas em Belo Horizonte, onde o prefeito Alexandre Kalil (PSD) tem 65% das intenções de votos, o que projeta vitória no primeiro turno, e no Recife, onde João Campos (PSB) tem 31%, dez pontos a mais que sua prima Marilia Arraes (PT), com 21%. A petista subiu três pontos, mas continua em empate no limite da margem de erro com Mendonça Filho (DEM), estacionado em 16%.
O governador afastado do Rio, Wilson Witzel, vai ficar sem 1/3 do salário e terá de deixar o Palácio das Laranjeiras, onde continuava vivendo mesmo depois de retirado do cargo por 180 dias pelo STJ em agosto. O motivo foi a aprovação da continuidade do processo de impeachment, decidida em unanimidade ontem pelo tribunal misto de deputados estaduais e desembargadores. O processo entra agora na fase de coleta de provas. Nas redes sociais, Witzel se disse perseguido e completou: “Nem mesmo Jesus Cristo teve um julgamento justo.”
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