O gráfico impressiona — após um pico entre julho e agosto, o número de casos de Covid-19 começou a cair, nos EUA, a partir de setembro. Do início de novembro para cá, a curva virou novamente e inclinou para cima num nível não visto desde o início da pandemia. A média dos sete dias anteriores na quarta foi de 127 mil casos novos por dia. No momento mais alto de julho era de 67 mil. O receio é de que a média suba para 200 mil casos por dia ainda este mês. (CNN)
Assessor do presidente eleito Joe Biden para a doença, o médico Michael Osterholm recomenda que os EUA entrem em quarentena estrita por quatro a seis semanas. “Os EUA precisam compreender que estamos para entrar no inferno da Covid”, ele afirmou. “Ainda não chegamos perto do pico da pandemia e os próximos três a quatro meses serão, de longe, os piores e mais soturnos.” (CNBC)
Na Europa, a nova quarentena já segura o ritmo da doença. Se o número de casos havia começado a subir na Alemanha no início do mês, o retorno das pessoas à casa já passa a inflexionar para baixo a curva no gráfico. “Estou cautelosamente otimista”, afirmou Lothar Wieler, chefe da agência de controle de doenças infecciosas do país. Também na França a curva parece ter se estabilizado após o retorno. (Guardian)
Na Itália é que as coisas não estão tão bem. Os hospitais estão próximos da lotação máxima no Norte — novamente próximo de Milão, onde tudo começou no continente. Onde tudo parece recomeçar. Mas, desta vez, não são as UTIs que preocupam os médicos. São os ambulatórios com os casos menos graves, que estão enchendo mais rápido, o que impede médicos de atenderem outras enfermidades. Nove das 21 regiões italianas já estão na zona vermelha, com mais de metade dos leitos ocupados com pacientes de Covid. No Tirol chega a 99%. O governo nacional ainda resiste a implantar nova quarentena rígida. (AP)
De acordo com os números publicados ontem à noite, o Brasil registrou 926 novas mortes pela Covid-19 nas 24 horas anteriores — o número é alto por incluir óbitos represados dos dias anteriores. A média móvel nos últimos sete dias ficou em 365 e 34.640 novos casos foram confirmados no dia. O estado que mais preocupa é o Paraná, onde a doença está se espalhando com força. Rio, São Paulo e Minas registram quedas. (G1)
Mas... Existe preocupação de que uma segunda onda, mais violenta do que a primeira, chegue também ao Brasil. Uma forte tendência de avanço da pandemia foi detectada em Florianópolis, João Pessoa e Maceió. Há probabilidade moderada de crescimento em Belém, Fortaleza, Macapá, Natal, Salvador e São Luís. (Globo)
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