O primeiro turno das eleições municipais é domingo e, nas duas maiores cidades do país, a disputa para estar no segundo turno será voto a voto. A rodada de pesquisas divulgada pelo Ibope, ontem, mostra que o prefeito Bruno Covas (PSDB) ampliou a vantagem, chegando a 32%, enquanto Guilherme Boulos (PSOL), com 13%, ultrapassou numericamente Celso Russomano (Republicanos), com 12%, embora estejam tecnicamente empatados ainda com Márcio França (PSB), com 10%. (Ibope) Quem também se mantém isolado na liderança, agora no Rio de Janeiro, é o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), com 33%. Marcelo Crivella (Republicanos), que tenta a reeleição, passou de 14% para 15%, abrindo um ponto de vantagem sobre a Delegada Martha Rocha (PDT). (Ibope) Com seus candidatos (Russomano e Crivella) em posição insegura nas duas capitais, o presidente Jair Bolsonaro deve iniciar uma maratona de lives eleitorais. Além dos aliados em Rio e São Paulo, ele mira os municípios do Nordeste, onde o auxílio emergencial durante a pandemia turbinou sua popularidade. (UOL) Analistas acreditam que o resultado da eleição possa mudar alguns nomes na Esplanada dos Ministérios. Caso os partidos do Centrão ampliem suas bases municipais, devem querer mais espaço no governo. (Correio Braziliense) Embora tenha perdido um ponto percentual, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD) segue, segundo o Ibope, rumo à reeleição no primeiro turno com 62% das intenções de voto. Seu adversário mais próximo, João Vitor Xavier (Cidadania) tem 7%, seguido de Ana Carolina (PSOL), com 5%. Ambos, porém, estão abaixo dos 9% que declararam voto banco ou nulo. (Ibope) E no Recife o Ibope aponta segundo turno entre os primos João Campos (PSB), com 31%, e Marília Arraes (PT), com 21%, embora Marília esteja em empate técnico quase no limite da margem de erro com Mendonça Filho (DEM), que tem 17%. (Ibope) O Brasil pode “explodir” e o dólar chegar a R$ 7 se não forem retomadas as votações na Câmara, afirmou o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Tanto a oposição quanto o Centrão estão obstruindo a pauta. Fabrício Queiroz, ex-braço-direito de Flávio Bolsonaro, pagou cabos eleitorais para a campanha do filho do presidente ao Senado, em 2018, com recursos não declarados à Justiça Eleitoral, segundo reportagem exclusiva do UOL feita a partir da quebra do sigilo bancário do ex-assessor. O dinheiro veio da mesma conta abastecida, de acordo com o Ministério Público do Rio, pelo esquema de “rachadinhas”, a devolução de parte do salário de assessores. Queiroz, Flávio e outras 15 pessoas foram denunciados pelo MP por organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e apropriação indébita. Advogados do senador, hoje no Republicanos, negam que ele tenha usado caixa 2 na campanha. Sem energia elétrica desde o dia 3, moradores de Macapá (AP) bloquearam a rodovia que liga a capital a Santana, segunda maior cidade do estado. Segundo eles, o rodízio prometido pela Companhia Elétrica do Amapá (CEA), que alternaria o fornecimento entre bairros, não está sendo cumprido. O blecaute foi causado por um incêndio na principal subestação de Macapá. O governador Waldez Góes (PDT) disse que a culpa pelo apagão é do Ministério de Minas e Energia e de órgãos como a Anatel e o ONS, que, segundo ele não fiscalizaram corretamente a Isolux, empresa espanhola responsável pelas linhas de transmissão para a CEA. Apesar da situação, o TRE-AP informou ao TSE que tem condições de realizar o primeiro turno das eleições no próximo domingo. Segundo o Painel, aliados do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), dizem que o apagão pode ser a pá de cal na privatização da Eletrobrás. O senador já pediu que a Anatel casse a concessão da Isolux e passe o serviço no Amapá à estatal de energia. (Folha) Alguns dos mais influentes políticos do Partido Republicano, incluindo o líder do Senado, Mitch McConnell, e o presidente da Comissão de Justiça, Lindsey Graham, decidiram apoiar o questionamento, pelo presidente Donald Trump, dos resultados da eleição no país. William Barr, cujo cargo junta o de ministro da Justiça e procurador-geral da República, deu ordens para que o que ele chama de irregularidades eleitorais sejam apuradas em todo o país. Não há qualquer evidência de fraude. Na Geórgia, um dos estados em que o pleito está sendo decidido em favor de Joe Biden, dois candidatos republicanos ao Senado pediram que a secretária de Estado local, também republicana, fosse destituída do cargo — é ela a responsável pela condução das eleições. E a Casa Branca proibiu que as agências federais ajudem a equipe do presidente eleito na transição de governo. (Washington Post) O procurador eleitoral Richard Pilger, principal autoridade no Depatamento de Justiça para crimes eleitorais, renunciou de presto. Afirmou que Barr está quebrando uma tradição de 40 anos de não interferência em eleições. (CNN) A equipe democrata de transição vai à Justiça cobrar os fundos, os escritórios e os documentos dos quais precisa para organizar o próximo governo. (Axios) A imprensa americana já está fazendo as contas dos líderes mundiais que não cumprimentaram Joe Biden por sua vitória. E o influente site Vox detectou um padrão — são os strongmen, os autoritários. O chinês Xi Jinping, o russo Vladimir Putin, o filipino Rodrigo Duterte, o turco Recep Erdogan, o mexicano Andrés López Obrador e, claro, o brasileiro Jair Bolsonaro. (Vox) O Congresso peruano aprovou o impeachment do presidente Martín Vizcarra sob a alegação de “incapacidade moral”. Ele é acusado de receber propinas quando era governador em 2014. Manuel Merino, presidente do Congresso, governará o país até 2021. O problema é que pesquisas mostram um apoio popular intenso a Vizcarra e uma desaprovação grande ao Legislativo. |
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