A história da América Latina volta a ser revisitada. O Arquivo de Segurança dos EUA publicou novos documentos que lançam por terra as evasivas que autoridades dos Estados Unidos tentaram construir durante décadas sobre o seu papel na derrubada do Governo do Chile, em 1973, e pelos 17 anos de ditadura militar, que deixaram milhares de vítimas. A correspondente em Santiago Rocío Montes conta que os arquivos revelados evidenciam uma estratégia agressiva de hostilidade e pressão dos EUA contra o então presidente, o socialista Salvador Allende. Ainda falando sobre América Latina, a correspondente Jacqueline Fowks relata que o Peru enfrenta uma onda de protestos contra o Governo interino de Manuel Merino, após a destituição de Martín Vizcarra. Nas ruas do país, a Polícia Nacional atirou balas de borracha em pessoas que levavam cartazes de “Merino não é meu presidente”e “Congresso usurpador”. Vários órgãos defensores dos direitos humanos alertaram contra os excessos policiais. No Brasil, o clima político também segue agitado. No próximo domingo, 15 de novembro, os brasileiros vão às urnas para eleger prefeitos, vice-prefeitos e vereadores de 5.569 cidades. A movimentação no tabuleiro político municipal indica uma possível vitória dos partidos de centro, em uma espécie de "voto por exclusão", como explica o repórter Afonso Benites. Enquanto isso, o presidente Jair Bolsonaro, voltou a fazer comentários polêmicos, em uma estratégia de desviar a atenção de problemas relevantes como desemprego, inflação e acusações contra sua família, que poderiam impactar nos resultados do pleito de domingo, conta a correspondente Naiara Galarraga Gortázar. Após um duelo de versões entre a Anvisa e o Butantan, os testes da vacina Coronavac foram retomados nesta quarta. Ao mesmo tempo, em São Paulo, os hospitais particulares apresentam o aumento das internações por covid-19. “Ainda não há um aumento consistente do número de casos. A gente só sabe da segunda onda quando já estamos nela. Mas, sem dúvida, o aumento de internações nos hospitais particulares é um sinal para se prestar atenção”, afirma Vitor Mori, membro do Observatório Covid-19 BR. O mundo também segue atento ao desenrolar das eleições norte-americanas. Donald Trump segue sem reconhecer a derrota na disputa presidencial, com acusações de fraude eleitoral, que continuam sem sustentação, como conta Yolanda Monge, correspondente do EL PAÍS em Washington. A aposta de Trump pelo caos eleitoral, vai contra as autoridades estaduais eleitorais, que afirmam que as eleições foram fluidas, sem contratempos e com garantias. Se por um lado, a base republicana segue negando os resultados eleitorais, o mundo já olha atento para a família do próximo presidente, em especial para Ashley Biden, a caçula do democrata Joe Biden. Ao contrário de sua predecessora, Ivanka Trump, Ashley evitar aparições públicas, dirige uma marca de moda sem fins lucrativos e já foi detida em até três ocasiões durante a sua juventude. Ainda nesta edição, a história da Revolta da Chibata. Na série Arquivo S, Ricardo Westin conta que a insurreição de 1910 diz muito sobre o Brasil de hoje, em um sinal de que o racismo continuou estruturando a sociedade brasileira mesmo depois da abolição da escravidão. “Pedimos a V. Exa. abolir a chibata e os demais bárbaros castigos pelo direito da nossa liberdade, a fim de que a Marinha brasileira seja uma Armada de cidadãos, e não uma fazenda de escravos que só têm dos seus senhores o direito de serem chicoteados”, escreveram os rebeldes mensagem endereçada ao Palácio do Catete. | |||||
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