Os presidentes Joe Biden e Vladimir Putin têm um encontro marcado na Cúpula de Genebra prevista para esta quarta-feira, uma oportunidade para que ambos reafirmem seu papel no tabuleiro geopolítico mundial. É o primeiro encontro de ambos desde que Biden assumiu o poder. A reunião é cercada de expectativas de reduzir as tensões de lado a lado. As correspondentes María R. Sahuquillho e Amanda Mars escrevem sobre a reunião onde temas como repressão à oposição russa, a cibersegurança e assuntos de política internacional serão colocados à mesa, neste que é o pior momento na relação entre os países desde a Guerra Fria. Não há expectativas de grande avanços, mas espera-se que seja o primeiro passo para descongelar as tratativas diplomáticas. Washington tem criticado duramente o país eurasiano por sua deriva cada vez mais autoritária. A Rússia, por sua vez, declarou oficialmente os Estados Unidos um “país hostil”. Hoje, seus respectivos embaixadores estão em casa. Sua volta possa ser um dos resultados da cúpula. Em Brasília, a CPI da Pandemia segue os trabalhos, agora em uma voltagem mais baixa do que nas últimas semanas. Respostas evasivas e uma aparente calma —que desconcertou os parlamentares presentes— marcaram o depoimento do ex-secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, contam Marina Rossi e Stephanie Vendruscolo. Nesta quarta, a expectativa é que o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel compareça à CPI mesmo que munido de decisão do STF que lhe permitiria não ir. Ávido por um palco para se defender depois de sofrer um impeachment no ano passado, Witzel pode se tornar o primeiro político que ocupou o cargo de governador durante a pandemia, interrogado pelos parlamentares na CPI. Ainda nesta edição, um perfil do novo primeiro-ministro, Naftali Bennett, que, com um discurso nacionalista de matizes messiânicos, simboliza as contradições do Israel contemporâneo, como explica, de Jerusalém, Juan Carlos Sanz. De Lima, Juan Diego Quesada e Jacqueline Fowks relatam a cada vez mais tensa situação no Peru, onde Pedro Castillo, que venceu nas urnas, mas ainda espera a definição da Justiça, acusa o fujimorismo de tramar um golpe. O açaí, um fruto que cresce no alto das palmeiras da Amazônia, é a nova moda gastronômica pelo mundo. Antes um alimento de subsistência para as populações locais, hoje virou negócio e trouxe prosperidade para moradores de aldeias remotas na densa vegetação amazônica. Naiara Galarraga Gortázar foi até Puña, de onde conta como o poderoso fruto antioxidante criou uma rede de negócios sustentáveis, que melhoram a vida dos moradores da região e contribuem para manter a floresta em pé. E de Salvador, Joana Oliveira conta por que a Bahia tirou Lina Bo Bardi do eixo, como ela própria costumava dizer. A criadora do MASP de São Paulo e a mente por trás da reestruturação do Centro Histórico de Salvador deixou marcas na capital baiana que vão muito além dos pontos turísticos. Joana Oliveira escreve sobre o legado da arquiteta no terreiro de candomblé Ilê Asé Oyá, cujo desenho do barracão de cerimônias foi um presente à ialorixá Mãe Santinha de Oyá, que foi uma das mais importantes do Estado. As facetas da arquiteta, que recebe este ano o Leão de Ouro da Bienal de Veneza pelo conjunto de seu trabalho, são contadas em duas biografias. O EL PAÍS separou trechos de ambas publicações para o deleite dos leitores. | |||||
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