A temperatura política subiu rapidamente nesta terça-feira. Novas suspeitas de corrupção envolvendo a negociação para compra das vacinas contra a covid-19 pelo Governo Bolsonaro vieram à tona, apertando ainda mais o cerco em torno do Planalto e do deputado federal Ricardo Barros, líder do Governo na Câmara. O Ministério da Saúde anunciou a exoneração do diretor de Logística da pasta, Roberto Ferreira Dias, depois que um representante de uma empresa médica disse ter ouvido dele um pedido de propina, conforme publicou a Folha de S. Paulo. Dias é apontado como sendo uma indicação de Barros, o que o deputado nega. O líder do Governo da Câmara, por sua vez, ofereceu propina ao deputado Luis Miranda em troca de sua conivência com a compra da vacina indiana Covaxin, relata a revista Crusoé. Enquanto isso, o Governo tenta reduzir danos. A Saúde anunciou a suspensão do contrato de compra de 20 milhões de doses da Covaxin, uma aquisição que custaria 1,6 bilhão de reais aos cofres públicos. A enxurrada de denúncias, que deve alterar os ânimos da CPI da Pandemia, parece abalar pouco Ricardo Barros até o momento. O repórter Flávio Freire explica que o líder do Governo se move com a tranquilidade de quem sabe que tem um trunfo nas mãos. Barros, um veterano camaleônico de vários Governos, é peça-chave no arranjo que sustenta a Gestão Bolsonaro na Câmara, por meio do Centrão, e é um passaporte incontornável se o mandatário quiser viabilizar sua reeleição. Em suma, o deputado do Paraná tem em mãos uma fatura que Bolsonaro não tem como pagar. A pandemia de covid-19 fez da América do Sul seu atual epicentro global, e a disseminação da variante delta coloca os Governos da região em alerta. Na Argentina, Alberto Fernández adotou medidas drásticas para conter a crise sanitária: voltou a fechar as fronteiras e limitou a entrada de argentinos ou residentes do exterior a apenas 600 viajantes por dia. De Buenos Aires, a correspondente Mar Centenera conta sobre as novas restrições, que impediram o próprio mandatário de participar de um fórum que ocorreria na França. A variante delta é motivo de preocupação também na Europa. A nova cepa é a nuvem que se sobrepõe aos planos de volta à normalidade. O colunista Jamil Chade escreve a respeito dos contrastes de um continente que ― após combinar oito meses de medidas de isolamento social e vacinação ― começa a ter sinais de vida, com a reabertura da sociedade e o restabelecimento de ritos, cerimônias e objetivos, ainda sob sombra do vírus. Para ler com calma, uma conversa com Anitta, a superestrela brasileira. Polêmica, não sabe o que é vergonha. É a embaixadora do Brasil do século XXI: nela convivem favela e luxo, alegria e violência. Guillermo Alonso entrevistou a cantora, dona de inúmeros hits e duetos com artistas de peso no cenário internacional, que fala sobre seu último disco, sua história e carreira. "Eu gosto de cantar sobre a sexualidade porque isto para mim significa liberdade”, diz. | |||||||||||||
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário