sexta-feira, 11 de junho de 2021

Queiroga diverge de Bolsonaro sobre máscaras

 Era para ser uma cerimônia protocolar do Ministério do Turismo, mas o presidente Jair Bolsonaro aproveitou seu discurso para disparar mais um factoide. Disse que mandou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, elaborar uma medida desobrigando o uso de máscaras para pessoas que já tivessem sido vacinadas ou que tivessem contraído Covid-19, ignorando os riscos de reinfecção. O ministro, porém, disse a interlocutores que o presidente “se confundiu” e que a pasta fará apenas um estudo de viabilidade para, no futuro, começar a suspender o uso de máscaras. (Veja)

Embora o ministro tenha dito que antes de abolir as máscaras é preciso vacinar a população, o relator da CPI da Pandemia, senador Renan Calheiros (MDB-AL), acha que a medida é para valer. Na opinião dele, Queiroga vai ceder a Bolsonaro para manter o cargo. “Ele já foi desautorizado pelo Bolsonaro e mais uma vez demonstra que não tem autonomia, tal qual os ministros anteriores”, disse o senador. (Globo)

Bolsonaro vai, novamente, na contramão da Organização Mundial da Saúde (OMS). A entidade diz que o uso de máscaras não está relacionado à vacinação, mas ao grau de circulação do vírus. Austrália e Nova Zelândia, mesmo sem campanhas de vacinação amplas, conseguiram suspender restrições por terem contido a circulação do Sars-Cov-2. (Folha)

Aliás... Segundo dados apurados pelo consórcio de veículos de comunicação, somente 11% dos brasileiros (23.520.981) receberam duas doses de vacinas. A primeira dose foi aplicada em 52.790.945 pessoas (24,93%). (UOL)

Vera Magalhães: “Bolsonaro mal conseguia disfarçar o regozijo sádico ao dizer que Queiroga vai assinar uma medida desobrigando pessoas que já se vacinaram - e até as que já se contaminaram - de usar máscaras. Trata-se de uma coisa só: vingança de Bolsonaro contra o ministro da Saúde pelas suas declarações da véspera na CPI da Covid, quando em vários momentos se diferenciou das falas e das condutas do presidente e disse que não pode ser seu ‘censor’. Marcelo Queiroga está diante de uma escolha definitiva: vai ficar com Bolsonaro ou com a medicina?” (Globo)

Enquanto isso... A CPI da Pandemia aprovou na quinta-feira a quebra do sigilo telefônico dos ex-ministros da Saúde Eduardo Pazuello e das Relações Exteriores Ernesto Araújo, além de outras 16 pessoas e dos sigilos bancário e fiscal de quatro empresas. (Poder360)

E a CPI já tem em mãos um documento mostrando que a Pfizer procurou em agosto a embaixada do Brasil nos EUA em busca de uma resposta para sua oferta de vacinas. (G1)




Mais da metade da população brasileira, 55%, é contra a realização da Copa América aqui, segundo pesquisa realizada pelo PoderData. A competição é apoiada por 35% dos entrevistados, enquanto 10% não souberam opinar. (Poder360)

Mas, no que depender da Justiça, a Copa América começa mesmo no domingo. O Supremo Tribunal Federal rejeitou ontem, por placares distintos, três ações contra a realização do torneio. (CNN Brasil)

E mais um patrocinador da Copa América não quer ver seus produtos expostos na Copa América. Desta vez é a Diageo, que produz bebidas como a vodca Smirnoff. Diferentemente da Mastercard e da Ambev, a empresa inglesa cortou o patrocínio ao torneio. (G1)




Empresários apoiadores de Jair Bolsonaro discutiram com o ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten a criação de um departamento de “comunicação estratégica e contrainformação”. Essa foi uma das descobertas da Polícia Federal durante a investigação de atos antidemocráticos e disseminação de notícias falsas, aberta por ordem do STF. Outra informação obtida pela PF foi que o ex-deputado Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB, e o empresário bolsonarista Otávio Fakhoury discutiram uma proposta para dissolver o Supremo e o Superior Tribunal de Justiça (STJ). (G1)




O Partido Novo informou, por meio de suas redes sociais, que João Amoêdo voltou atrás e recusou o convite para se candidatar à Presidência da República no ano que vem. Na postagem, a legenda diz que segue trabalhando “na construção de uma alternativa ao bolsopetismo para 2022”. (Twitter)

No Rio, o deputado Marcelo Freixo se desfiliou do PSOL e deve se filiar ao PSB para concorrer ao governo do estado. Ele estava insatisfeito com a resistência do partido a fazer alianças fora da esquerda. (Globo)

Freixo convidou o marqueteiro Renato Pereira, que trabalhou para Sérgio Cabral e criou o Pato da Fiesp, para atuar em sua campanha. (Folha)




Keiko Fujimori, candidata direitista à presidência do Peru, tem uma preocupação maior que a vantagem do esquerdista Pedro Castillo na apuração. O promotor José Domingo Pérez, responsável pelo “braço peruano” da Lava-Jato, pediu a prisão preventiva dela por violar os termos da condicional. Keiko é acusada de lavagem de dinheiro, suborno e caixa 2 nas eleições de 2011 e 2106. A filha do ex-ditador Alberto Fujimori teria recebido US$ 1,2 milhão de forma irregular da Odebrecht no Peru. (Poder360)

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