terça-feira, 29 de junho de 2021

A batalha entre Lula e Bolsonaro pelos votos evangélicos

 


A pouco mais de um ano da eleições de 2022, a entrada do ex-presidente Lula (PT) na corrida ao Planalto ameaça o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) até mesmo no setor tido como o mais fiel: o eleitorado evangélico, que representa 30% da população brasileira e em 2018 votou em peso no atual presidente. É uma tendência que se repetirá no próximo ano? Não é o que parece. Felipe Betim conversou com fiéis e conta as estratégias dos candidatos para arrebanhar o voto evangélico.

Em Brasília, a temperatura segue se elevando em torno de Bolsonaro e aliados. Nesta segunda, os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Jorge Kajuru (Podemos-GO) e Fabiano Contarato (Rede-ES) entregaram ao Supremo Tribunal Federal uma notícia-crime que aponta a suspeita de prevaricação por parte de Bolsonaro no escândalo da compra da vacina indiana Covaxin. Daniela Mercier explica que é mais um movimento para manter a pressão sobre o Planalto, em mais uma semana quente na CPI da Pandemia, e obrigar o atual Procurador-geral da República, Augusto Aras, a se pronunciar sobre o tema.

A má gestão da pandemia e a vacinação lenta não são realidades apenas brasileiras. A alta de contágios e óbitos pela covid-19 atinge a América do Sul como um todo. Com uma média de 323 infecções diárias por milhão, a região se tornou o epicentro mundial da pandemia. Na América do Norte, Europa e Ásia a média diária é de 40,59 e 29 contágios diários, respectivamente. Em uma reportagem confeccionada a várias mãos, com correspondentes na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e Peru, o EL PAÍS explica a realidade da região, que vive os maiores níveis de incidência de casos do novo coronavírus desde o início da crise sanitária.

Foram 20 dias de uma caçada cinematográfica que chegou ao fim nesta segunda-feira, com a morte de Lázaro Barbosa, o serial killer do Distrito Federal. De Goiânia, Yago Sales descreve  a operação que mobilizou cerca de 270 policiais, helicópteros, drones e cães farejadores para capturar um homem que se escondia nas matas de Goiás. Uma busca que também contaminou-se do campo político, com divisões entre governadores, e se tornou um prato cheio para o discurso armamentista da população rural defendido por Bolsonaro. Alvejado com ao menos 38 tiros, o fim de Lázaro era o roteiro esperado no macabro reality show policial brasileiro, parte de uma cultura onde prender o acusado não é o plano A.

Nesta segunda-feira comemorou-se o Dia do Orgulho LGBTQIA+. Uma comunidade que ainda tem pouco a celebrar frente aos ataques e perseguições que sofre. Na Europa, metade do continente vive uma frente autoritária que ameaça os direitos do coletivo, conta LLuís Pellicer. Já na América Latina, ser LGBTQIA+ é ainda estar na mira da violência, escreve  Sally Palomino. No entanto, também há esperança. Tom C. Avedaño conta histórias de refugiados que foram humilhados em seus locais de origem por sua identidade de gênero ou por serem homossexuais e tiveram na Espanha, através da ONG Rescate, o acolhimento para reencontrar sua dignidade. “Ser trans é difícil. Você tem de ter colhões. É sair na rua e mostrar ao mundo quem você é”, diz Taira, uma refugiada colombiana que já foi baleada na bochecha por ser transsexual. Os retratos são de Gorska Postigo.


A dura batalha entre Lula e Bolsonaro pelo coração (e o voto) dos evangélicos
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Senadores apresentam no STF notícia-crime contra Bolsonaro
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Acusação é de prevaricação no caso da Covaxin. Tribunal deve decidir se encaminha o caso para a PGR, que analisará se abre investigação

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