terça-feira, 8 de junho de 2021

Exército quer esconder processo de Pazuello por um século

 


Contrariando princípio constitucional da Transparência e entendimentos anteriores da Controladoria-Geral da União (CGU), o Exército impôs sigilo de 100 anos sobre o processo administrativo contra o general Eduardo Pazuello. No dia 23 de maio, o ex-ministro da Saúde participou de ato político com o presidente Jair Bolsonaro no Rio, o que viola o regulamento do Exército. Após pressão do Planalto, o comando da Força decidiu não punir Pazuello e arquivou o processo, agora posto em sigilo por um século por “conter informações pessoais”. Em casos semelhantes, a CGU determina que processos administrativos fiquem em sigilo apenas até o julgamento ou arquivamento. (Globo)




O Tribunal de Contas da União (TCU) desmentiu na tarde de ontem Jair Bolsonaro, que falara mais cedo a apoiadores de um relatório do órgão “publicado há alguns dias” indicando que 50% das mortes atribuídas à Covid-19 no ano passado não tinham sido causados pela doença. Era mentira. (Estadão)

Enquanto isso... O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, depõe hoje novamente à CPI da Pandemia. Deve ser indagado sobre o “gabinete paralelo”, sobre sua autonomia no ministério e sobre a realização da Copa América no Brasil. (G1)

A CPI já está com um documento mostrando que povos indígenas receberam cloroquina e tiveram dificuldade de acesso a leitos de UTI. Mas a principal denúncia, que ainda depende de mais investigações, é que vacinas destinadas às aldeias foram desviadas para garimpeiros em troca de ouro. (Folha)




Um dia depois do afastamento de Rogério Caboclo da presidência da CBF, os jogadores da seleção brasileira anunciaram que vão participar da Copa América, que começa no domingo. Ainda assim, o grupo deve divulgar um manifesto com críticas à organização do torneio logo após o jogo com o Paraguai, hoje à noite, pelas eliminatórias da Copa de 2022. Por sua parte, o presidente em exercício da CBF, Coronel Nunes, garantiu a permanência do técnico Tite, cuja cabeça havia sido pedida por Bolsonaro a Caboclo devido a críticas do treinador à Copa América. (Globo Esporte)




Bolsonaro decidiu indicar o ex-prefeito do Rio Marcelo Crivella para a o cargo de embaixador na África do Sul. O pedido de ‘agrément’ já teria sido enviado ao governo sul-africano, embora a nomeação tenha de ser aprovada pelo Senado. A iniciativa, que causou desconforto entre os diplomatas brasileiros, seria uma forma de compensar a Igreja Universal do Reino de Deus, da qual Crivella é bispo, pela falta de apoio do governo à seita na crise que ela enfrenta em Angola. (Correio Brazliense)




Meio em vídeo. Você que é de direita, e é democrata, está disposto a ouvir Lula? Você que é de esquerda, e é democrata, topa caminhar ao lado de Sergio Moro? Você, liberal, que tal ouvir Ciro Gomes? E você, conservador, vamos prestar atenção em Manuela D'ávila? Você é socialista? Dá para ouvir cinco minutos de Juliana Paes? As perguntas não são hipotéticas. Precisamos começar a cogitar a possibilidade de a democracia estar em risco. Até onde topamos ir, coletivamente, se for para garanti-la? Confira no Ponto de Partida, no YouTube.

Marcos Nobre: “Caso Bolsonaro perca a eleição, ele vai tentar um golpe. Se ele vai ter força pra conseguir, é outra coisa. Vai tentar com partes das Forças Armadas e parte das forças de segurança e quem mais ele conseguir armar. Agora, se der o passo e vir que não tem apoio, ele se retira como mártir. Mas que ele vai tentar o golpe, eu não tenho a menor dúvida.” (Marco Zero)




Morreu ontem, aos 70 anos, Mozart Vianna, ex-secretário-geral da Mesa Diretora da Câmara. Até sua aposentadoria, em 2015, foi braço-direito de 12 presidentes da Casa, das mais diversas correntes políticas, e era considerado um dos maiores especialistas no regimento do Legislativo. (G1)




Meio errou. Na nota sobre a venda de vacinas da Pfizer, o valor cobrado de EUA e Reino Unido por dose foi de US$ 20, não R$ 20.




Até o momento não se sabe quem vai presidir o Peru. Ao fechamento desta edição, o último boletim havia sido divulgado às 4h40 (hora de Brasília), com 94,92% das urnas contabilizadas. Pedro Castillo, da esquerda, estava à frente da conservadora Keiko Fujimori por pouco mais de meio ponto percentual: 50,288% a 49,712%.

Sem apresentar provas, Keiko, filha do ex-ditador Alberto Fujimori, fala em “fraude sistemática”, enquanto Castillo cobra “respeito à vontade popular” e faz acenos ao mercado. (Globo)

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