Rogério Caboclo foi afastado ontem do comando da CBF. Não por conta da polêmica iniciativa de trazer a Copa América para o Brasil em plena pandemia. A Comissão de Ética do Futebol Brasileiro o suspendeu por 30 dias devido a acusações de assédio sexual e moral feitas contra ele por uma funcionária da CBF. Interinamente assume o vice Antônio Carlos Nunes, o Coronel Nunes. (Globo Esporte)
Lauro Jardim: “Oficial e formalmente Rogério Caboclo foi afastado por 30 dias da presidência da CBF, numa decisão tomada hoje pelo comitê de ética. Mas a realidade é que são praticamente nulas as chances de ele voltar a comandar a CBF. A situação de Caboclo só vai se deteriorar daqui para frente. Nem sua estratégia de se agarrar a Jair Bolsonaro terá forças para virar o jogo.” (Globo)
O afastamento de Caboclo acontece num momento particularmente tenso para a CBF, com o técnico Tite e os jogadores da seleção contra a participação do Brasil na Copa América. Segundo o jornalista Fernando Kallás, Jair Bolsonaro quer a cabeça do técnico, e Caboclo havia prometido entregá-la. Tite seria substituído por Renato Gaúcho, politicamente alinhado com o presidente. (As)
Monica Bérgamo: “O senador Renan Calheiros (MDB-AL) enviou uma carta aos jogadores da seleção brasileira em nome da CPI da Covid-19 dizendo que a realização da Copa América no Brasil é ‘um mau exemplo’ na ‘iminência de uma terceira onda da pandemia’ no país. O senador, que é relator da CPI, afirma que a reflexão foi sugerida pela equipe técnica da comissão.” (Folha)
Enquanto isso... A Conmebol autorizou as nove seleções a não ficarem no Brasil durante a Copa América, chegando somente 24 horas antes de cada partida. A Argentina já avisou que vai adotar a medida. (Estadão)
A vacina da Pfizer por US$ 10 dólares foi considerada cara pelo governo brasileiro. Esse foi um dos motivos apresentados à CPI da Pandemia pelo ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para a recusa de Jair Bolsonaro em aceitar as diversas ofertas do laboratório americano. Na verdade, era metade do preço cobrado dos EUA e do Reino Unido, R$ 20. (Folha)
Tido como organizador do “gabinete paralelo” que assessoraria Bolsonaro sobre a pandemia à revelia do Ministério da Saúde, o ex-assessor da Presidência Arthur Weintraub fez ontem uma live se defendendo. Ele admitiu ter falado com pesquisadores, intermediado contatos com Bolsonaro e feito resumos da situação para ele. “O presidente é uma pessoa simples, eu tinha que fazer um resumo das coisas. É como se eu tivesse cometido um crime por mostrar para o presidente o que está sendo pesquisado.” (UOL)
Embora tenha repercutido mal no Alto Comando do Exército e acendido o sinal amarelo no STF, no Congresso e na sociedade civil, a decisão de não punir o general Eduardo Pazuello por participar de ato político com Bolsonaro foi “extremamente pensada”, segundo o ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos. “O comandante do Exército, ao analisar a história de vida do Pazuello, considerou que aquele fato não se constituiu transgressão. Se o militar nunca fez nada errado e comete um deslize, ele vai ser punido com dez dias de cadeia? Isso não existe.” (Globo)
A ordem de dispersar uma manifestação pacífica contra Jair Bolsonaro no Recife partiu do então comandante da Polícia Militar de Pernambuco, coronel Vanildo Maranhão. Na ação violenta da PM, dois civis foram atingidos nos olhos por balas de borracha. A informação consta de um documento interno da corporação. Maranhão e o secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua, foram exonerados na semana passada. (Jornal do Commercio)
Mais uma bomba caiu sobre a Lava-Jato, desta vez em seu braço fluminense. Em delação premiada, acompanhada de gravações, o advogado Nythalmar Dias Ferreira Filho acusa o juiz federal Marcelo Bretas, responsável pela operação no Estado do Rio, de combinar sentenças, orientar as ações do Ministério Público e dos próprios advogados e de agir para interferir nas eleições estaduais de 2018. Bretas nega as acusações e segue trabalhando. Na sexta-feira, ele condenou o ex-governador Luiz Fernando Pezão a 98 anos de prisão por corrupção. (Veja)
Keiko Fujimori, filha do antigo ditador Alberto Fujimori, lidera as primeiras parciais da eleição presidencial peruana, realizada ontem. Com 42% dos votos apurados, ela tem 52,9%, contra 47,09% do candidato esquerdista Pedro Castillo. Ainda não foram apurados os votos das áreas rurais e do exterior, de forma que ainda é impossível apontar um nome vitorioso. (Globo)
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