quarta-feira, 2 de junho de 2021

CPI enfrenta o dilema de dar voz aos negacionistas da pandemia

 


O Palácio do Planalto se recusou a repassar à CPI da Pandemia informações sobre a agenda do presidente Jair Bolsonaro no Distrito Federal desde o dia 1º de março de 2020, quando o coronavírus passou a se alastrar pelo Brasil. Com a negativa, sob a justificativa de que eram compromissos "privados", o Governo quer ao menos dificultar que os senadores provem que o mandatário promoveu aglomerações mesmo nas fases mais restritas de circulação, conta o repórter Afonso Benites. Já a repórter Joana Oliveira analisa o depoimento da médica Nise Yamaguchi, ferrenha defensora da ineficaz cloroquina contra a covid-19. A CPI se viu ante o dilema de dar palco ao negacionismo da crise sanitária enquanto a médica repetia afirmações sem lastro científico.

Nesta terça, o presidente Jair Bolsonaro confirmou que o Brasil vai, sim, sediar a Copa América. Os riscos que o Brasil assume ao ser anfitrião do evento é um dos temas do oitavo episódio do podcast Diário do front, de Miguel Nicolelis. Para o neurocientista trata-se de uma perigosa estratégia diversionista: “Nero incendeia Roma tropical e autoriza futebol no Coliseu.” O cientista fala ainda sobre a variante indiana no Brasil e a detecção de casos de mucormicose. O acesso é grátis. Compartilhe com seus amigos e familiares.

Também nesta edição, uma análise do crescimento do PIB no primeiro trimestre de 2021, divulgado pelo IBGE nesta terça. Apesar de os dados apontarem para um avanço de 1,2%, há questões que assombram o futuro econômico do país. A repórter Heloísa Mendonça explica que a euforia com os resultados que tomou conta do mercado é refreada pelos desafios impostos pela má gestão da pandemia, atrasos na vacinação, pelo alto nível de desemprego e uma ameaça nova: a crise energética.

Leia também uma entrevista exclusiva do EL PAÍS com o presidente da Colômbia, Iván Duque. Da sede do Governo colombiano, o mandatário afirma que governa um país em chamas e sabe que não é possível apontar uma data para o fim da maior revolta popular dos últimos 70 anos. Duque falou a Jan Martínez Ahrens, diretor do jornal nas Américas, sobre a crise econômica, política e social e alerta: “Hoje foi a nossa vez, mas a explosão colombiana se repetirá em muitos lugares do mundo.”

Para começar a clima de feriado, um pouco mais sobre a escritora Fran Lebowitz. Conhecida por conferências e declarações midiáticas, Lebowitz foi catapultada à fama mundial graças à série documental Faz de conta que NY é uma cidade, dirigida por Martin Scorsese. O repórter Álex Vicente conversou com a escritora sobre a vida e projetos futuros, como o seu novo livro —Um dia qualquer em Nova York —, editado a partir de velhos ensaios humorísticos e que chega às livrarias nesta quarta — mas ainda sem previsão de lançamento no Brasil. “Sou uma pessoa bastante imatura. Sinto falta desse momento da minha vida em que não tinha que pagar impostos”, diz a escritora.


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