O Tribunal de Contas da União (TCU) afastou por 60 dias o auditor Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques e pediu que ele seja investigado pela Polícia Federal. Marques é suspeito de ter criado e inserido no sistema do tribunal um documento pessoal com dados distorcidos apontando um suposto superdimensionamento nas mortes por Covid. O “relatório” foi citado por Bolsonaro e desmentido pelo próprio TCU. A CPI da Pandemia decidiu ontem convocar o auditor. (Estadão)
Alexandre Marques é filho do coronel reformado do Exército Ricardo Silva Marques, colega de Bolsonaro na Academia Militar. O ex-militar ocupa um cargo comissionado na Petrobras desde 2019 e se reuniu com o presidente pelo menos três vezes. (Metrópoles)
Com o caso do TCU ainda quicando, Bolsonaro criou nova polêmica com informações falsas. Ele comparou as vacinas à cloroquina, dizendo que “ainda são experimentais”. (Estadão)
Enquanto isso, na CPI da Pandemia... Em depoimento ontem, o coronel Élcio Franco, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde, admitiu que o governo adotou o tratamento precoce e sem comprovação científica como estratégia principal para enfrentar a Covid-19. (Folha)
E a ministra do STF Rosa Weber autorizou o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), a não comparecer ao depoimento marcado para hoje na CPI ou, comparecendo, a ficar calado. (G1)
Citada duas vezes na CPI pelo senador bolsonarista Luis Carlos Heinze (PP-RS) a partir de uma notícia falsa, a ex-atriz pornô Mia Khalifa usou do Twiter para “participar” da comissão. Os fãs brasileiros aderiram à ideia. (Globo)
Três ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) já votaram no plenário virtual pela liberação da Copa América no Brasil. A relatora Cármen Lúcia não conheceu (rejeitou em analisar o mérito) os pedidos do PSB e da Confederação Nacional de Trabalhadores Metalúrgicos contra o torneio por não preencherem requisitos processuais e foi acompanhada pelo decano Marco Aurélio. Já Ricardo Lewandowski, que incluiu um pedido semelhante do PT em outra ação, autorizou a Copa América mediante a elaboração de um plano para evitar a disseminação do coronavírus. Os outros oito ministros têm até hoje para incluir seus votos no sistema. (Estadão)
Depois da Mastercard, a Ambev desistiu de expor sua marca no torneio. As empresas continuam a patrocinar a Copa América, mas não querem aparecer. (Folha)
A vantagem do ex-presidente Lula (PT) sobre o presidente Bolsonaro (sem partido) num eventual segundo turno em 2022 caiu 7 pontos, de 52% a 34% em abril para 48% a 37% agora, segundo pesquisa do PoderData divulgada ontem. A margem de erro é de dois pontos. Ciro Gomes (PDT) e Luciano Huck (sem partido) também venceriam Bolsonaro, com 44% a 36% e 45% a 35%, respectivamente. O governador paulista João Doria (PSDB) melhorou seu desempenho e agora aparece empatado com Bolsonaro, ambos com 39%. No primeiro turno, Bolsonaro e Lula estão em empate técnico, com 33% e 31%, respectivamente, seguidos por Ciro, que, com 10%, se descolou dos chamados “candidatos de centro”. (Poder360)
Ao menos 21 dos 32 deputados na comissão que analisa a adoção do voto impresso são a favor da medida, três a mais do que o necessário para que ela avance na Câmara. O presidente do TSE, ministro Luiz Roberto Barroso, classifica a medida como retrocesso, mas diz que, se aprovada, será cumprida. (Estadão)
Além do Brasil, somente Bangladesh e Butão usam urnas eletrônicas sem comprovante impresso. (Folha)
O Ministério Público Federal denunciou ontem o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Filipe Martins, por crime de racismo. Em março, durante sessão no Senado, Martins foi flagrado por câmeras fazendo um gesto usado por supremacistas brancos nos EUA. (Globo)
O ministro do Superior Tribunal de Justiça Joel Ilan Paciornik restabeleceu as condenações dos policiais que participaram do massacre do Carandiru, em 1992, quando 111 presos foram mortos na repressão a um motim. Os agentes haviam sido condenados, por cinco júris populares entre 2013 e 2014, a penas que variavam de 48 a 624 anos de prisão, mas os vereditos foram anulados em 2018 pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Os condenados ainda podem recorrer da decisão do ministro. (G1)
Relembre a história do massacre no Carandiru. (Memória Globo)
A apuração no Peru está praticamente concluída, com 99,12% dos votos contabilizados, e o esquerdista Pedro Castillo mantém uma vantagem de 71.441 votos (0,408 ponto percentual). Embora ainda haja 751 atas (urnas) em análise pela Justiça eleitoral, a candidata conservadora Keiko Fujimori parece reconhecer a derrota – no mau sentido. Ela anunciou ontem que seu partido, o Força Popular, pediu a anulação de 802 atas já validadas em todo o país sob alegação de fraudes. Elas representam cerca de 200 mil votos. (El Comercio)
No Brasil, o governo já dá como certa a vitória de Castillo. Durante um culto evangélico na cidade goiana de Anápolis, Jair Bolsonaro admitiu: “Perdemos o Peru.” (Globo)
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, fez um comentário preconceituoso em encontro com o premiê espanhol, Pedro Sánchez, e empresários dos dois países. “Os mexicanos vieram dos índios, os brasileiros saíram da selva, mas nós os argentinos, chegamos de barcos. E eram barcos que vieram de lá, da Europa”, disse. Fernández tentou se explicar, dizendo citar o poeta mexicano Octávio Paz, mas a frase infeliz é de uma música do argentino Litto Nebbia. Depois, pediu desculpas em redes sociais. (G1)
O racismo de Fernández provocou reações de autoridades e, obviamente, memes. (Folha)
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