quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Sem auxílio, Bolsonaro quer Bolsa Família para chamar de seu

 


Congresso Nacional e equipe econômica planejam alternativas pra criar o Renda Brasil, o Bolsa Família ampliado, dentro do Orçamento de 2021. Alguns dos consensos já formados incluem gatilhos de contenção de despesas obrigatórias, com foco em gastos com pessoal, e cortar isenções e subsídios, preservando apenas o Simples e benefícios tributários regionais. O objetivo é levar uma proposta ainda nesta semana para o presidente Jair Bolsonaro. Os parlamentares votariam em dezembro. (Estadão)

Pois é… O secretário do Tesouro, Bruno Funchal, disse que o espaço para extensão do auxílio emergencial, que exigiria ampliar o decreto de calamidade pública, é “muito reduzido”, “se não zero”.

Thomas Traumann: "O presidente Jair Bolsonaro começou a enfrentar seu principal adversário na campanha da reeleição, a economia. O ministro Paulo Guedes anunciou que o governo não irá criar um programa social para substituir o Auxílio Emergencial, que termina em dezembro. Na prática, isso significa acabar com a renda de quase 40 milhões de brasileiros a partir de 2021. Será um ano difícil. Mesmo na hipótese mais otimista o Brasil vai terminar 2021 mais pobre do que no início de 2020. Neste cenário sombrio, jogar nas ruas dezenas de milhões de brasileiros depois de o governo ter passado meses anunciando um novo programa de assistência pode ser como brincar a beira de um vulcão ativo." (Poder 360)

Míriam Leitão: “Os oito meses de crise teriam sido suficientes para corrigir os defeitos do auxílio emergencial e propor um programa social novo. Era possível também preparar ações para a eventualidade de uma segunda onda do vírus, que exija mais distanciamento social. Houve muitos erros no Auxilio Emergencial, falta de foco, por exemplo. Outro erro é a análise feita sobre o emprego. O Ministério da Economia comemora a criação de empregos formais, mas deixa de considerar o mercado de trabalho como um todo. Um estudo do economista Bruno Ottoni aponta para o menor nível de ocupação da população em idade de trabalhar, em torno de 47%. O governo não tem plano para o pior cenário, apesar desses oito meses de crise. No ano que vem não haverá o chamado orçamento de guerra, que permitiu gastos maiores em 2020. A situação é grave na saúde e na economia.” (Globo)




A primeira pesquisa do Ibope sobre o segundo turno em Porto Alegre mostra que a candidata do PCdoB, Manuela D’Ávila, se aproxima de Sebastião Melo (MDB), que ficou em primeiro no pleito do dia 15. Ele tem 49% das intenções de votos, contra 42% dela, com brancos e nulos somando 5%, 4% de indecisos. Pesquisas anteriores de outros institutos, com uma metodologia diferente, apontavam uma vantagem de quase 24 pontos percentuais para Melo.

O Ibope ouviu também os eleitores de Goiânia. Maguito Vilela (MDB), que está internado com Covid-19 e sedado num hospital de São Paulo, lidera com 54%, contra 31% de Vanderlan Cardoso (PSD). Confira pesquisas sobre o segundo turno em outras cidades no site do Ibope.

O clima civilizado que vinha marcando o pleito paulistano pode ter chegado ao fim. Bruno Covas (PSDB) está cada vez mais irritado com o cerco a Ricardo Nunes (MDB), seu candidato a vice. Num boletim de ocorrência de 2011, a mulher de Nunes o acusa de violência doméstica, o que está sendo explorado pela campanha de Guilherme Boulos (PSOL).

Já no Rio, a baixaria reina. Um funcionário da prefeitura foi flagrado distribuindo panfletos com notícias falsas associando o candidato Eduardo Paes (DEM) a um suposto “kit gay” “do PSOL”. Paes, por sua vez só se refere ao prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) como “pai da mentira”, termo bíblico para o diabo. (Globo)




O governo chinês reagiu com indignação a um tuíte (depois apagado) do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) no qual ele declarava apoio à criação de uma “aliança global para um 5G seguro sem espionagem da China”. Além de filho Zero Três do presidente, Eduardo preside a Comissão de Relações Exteriores da Câmara. A embaixada da China fez uma reclamação formal ao governo brasileiro e soltou uma nota classificando como “infames” declarações como as do deputado, a quem recomendou “evitar ir longe demais no caminho equivocado” sob o risco de “carregar a responsabilidade histórica de perturbar a normalidade da parceria China-Brasil”. (Globo)

Não custa lembrar que a China é o principal parceiro comercial do Brasil.

Eduardo não foi o único em casa a arrumar confusão no Twitter. Perguntada por uma seguidora se a filha do casal tomaria todas as vacinas, Heloísa, mulher do deputado, respondeu que sim e classificou o movimento contra vacinas como “coisa de retardado”. Ao descobrir que muitos adeptos do movimento são apoiadores do sogro, ela apagou a postagem e disse que os antivaxxers (como o grupo é chamando) “são apenas pessoas que pensam diferente de mim ou que possuem informações que eu não possuo”. Em tempo, Heloísa é psicóloga. (Folha)




A polícia gaúcha prendeu na quinta-feira Adriana Alves Dutra, fiscal do Carrefour que acompanhou a agressão e a morte, na quinta-feira passada, de João Alberto Silveira Freitas, cidadão negro espancado e estrangulado por dois seguranças do supermercado, presos na noite do crime. Segundo a polícia, ela tinha autoridade sobre os agressores, mas não agiu para impedi-los. Um motoboy disse em depoimento ter sido intimidado por Adriana ao filmar a cena.




Já parou para pensar como nossa equipe consegue vascu

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