quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Todos contra Jair Bolsonaro em Fortaleza

 

Brasil

 

Na reta final da campanha eleitoral municipal, “todos contra Bolsonaro” parece ser a palavra de ordem em Fortaleza. O segundo turno na capital do Ceará será disputado entre Capitão Wagner Sousa (PROS), um bolsonarista, e José Sarto Nogueira (PDT), mais uma aposta do arranjo do clã Ferreira Gomes e do PT no Estado. De Fortaleza, o repórter Afonso Benites conta que a rejeição ao presidente na cidade é um dos fatores que têm pesado na dificuldade de Wagner avançar nas pesquisas eleitorais. Na reta final da campanha, o capitão tentou até mostrar uma imagem de independência de Bolsonaro, sem sucesso. A aliança é vista com um laboratório de 2022.

À espera da nova votação no domingo, o Brasil encara os novos duros dados sobre a pandemia. Diogo Magri conta que a taxa de transmissão de covid-19 é a maior desde maio, segundo levantamento do Imperial College, de Londres. Em São Paulo, o Estado mais populoso do país, foi publicado um decreto que impede a desmobilização de qualquer leito de UTI ou enfermaria destinados ao coronavírus, com o objetivo de reservar leitos ante uma possível alta nas internações. Ainda assim, eventuais novas restrições de circulação ficaram para depois do segundo turno. “O vírus não estaciona, ele acelera quando não há cuidado”, discursou João Doria.

No mundo, segue a corrida para pôr de pé um plano de vacinação em massa. A humanidade conseguiu em pouco mais de 10 meses desenvolver vacinas experimentais com uma aparente altíssima eficácia contra o novo coronavírus. Com as primeiras vacinas prestes a receber aprovação, o próximo desafio é distribuí-las e decidir quais segmentos da população devem ser os primeiros a recebê-las (na Espanha, serão os asilos). No entanto, ao contrário do senso comum, um estudo sugere que imunizar antes as pessoas com mais interações seria mais efetivo do que priorizar os grupos de risco. Dentre as candidatas mais avançadas a imunizantes, fatores como preço, temperatura de conservação e eficácia são as grandes distinções, explica o guia preparado pelo EL PAÍS.

Ainda nesta edição, conheça o Nafro, o batalhão antirracista que promove a consciência negra e a diversidade religiosa na Polícia Militar da Bahia. Breiller Pires descreve o núcleo, que também visa a valorização identitária, por meio de debates internos, para que os agentes negros se sintam identificados com suas origens étnicas. “Tentamos fazer com que o policial se perceba como parte da sociedade, buscando gerar empatia. A partir dessa perspectiva, ele tende a mudar conceitos, inclusive sobre a necessidade de repensar ações violentas”, explica Thais Trindade, capitã da PM baiana.


Eleição em Fortaleza testa frente ampla contra o candidato de Jair Bolsonaro
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