terça-feira, 30 de novembro de 2021

OMS - “de risco muito elevado”, a variante ômicron do coronavírus tende a ser mais transmissível e menos letal

 

Identificada por autoridades sanitárias da África do Sul e classificada pela OMS como “de risco muito elevado”, a variante ômicron do coronavírus tende a ser mais transmissível e menos letal, na opinião de especialistas. Segundo Amilcar Tanuri, coordenador do Laboratório de Virologia da UFRJ, vírus emergentes tendem a se atenuar conforme vão se espalhando pela população humana. Até o momento, de fato, não foram atribuídas mortes à ômicron. Por via das dúvidas, os países do G7 pediram “medidas urgentes” para conter a variante, incluindo, finalmente, a garantia de acesso a vacinas aos países mais pobres.  (UOL)

Mesmo admitindo não ter dados suficientes, o CEO da Moderna, Stéphane Bancel, disse que as atuais vacinas são potencialmente menos eficazes contra a ômicron. Segundo Bancel, o setor farmacêutico ainda precisará de meses para produzir novos imunizantes. (Reuters)

Enquanto isso... Pelo menos dez capitais, incluindo Salvador (BA), Fortaleza (CE) e São Luís (MA), cancelaram as festas de Réveillon deste ano, por conta dos riscos de covid-19. Já a prefeitura do Rio, um dos maiores destinos turísticos do país nessa data, manteve a programação, mas disse que vai monitorar o desenvolvimento da pandemia. (CNN Brasil)




A debandada no MEC não se restringe ao Inep, que aplica o Enem. Ontem seis coordenadores e 46 consultores da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) entregaram os cargos. O órgão é responsável pela avaliação e aprovação de cursos de pós-graduação no país. Entre outras críticas, os demissionários dizem que a prioridade do órgão tem sido liberar cursos de ensino à distância, em vez de avaliar os existentes. (g1)

Enquanto isso... O gabarito do Enem 2021 será divulgado amanhã no site do Inep, mas os estudantes que fizeram as provas nos dois últimos domingos só conhecerão o resultado no dia  11 de fevereiro. A abstenção no segundo dia do exame chegou a 29,9%. (CNN Brasil)




Para ler com calma e revolta. A paciente grávida chega cambaleando para uma consulta na Unidade Básica de Saúde (UBS) de Jardim Campinas, na Zona Sul de São Paulo. A médica pergunta se ela estava sob efeito de drogas. Não. Estava sob efeito de fome, não comia havia dois dias. Com o avanço da miséria e alta nos preços, essa situação é cada vez mais comuns nas unidades de saúde paulistas. (Tab)




Prefeitos dos municípios amazonenses de Borba e Autazes acionaram a bancada estadual em Brasília para conter a operação da Polícia Federal contra o garimpo ilegal no Rio Madeira. Eles alegam que, mesmo fora da lei, a atividade sustenta a economia da região. A PF já apreendeu e incendiou mais de 130 balsas, mas muitos garimpeiros retiraram delas os equipamentos mais caros antes da chegada dos agentes. (Globo)




Depois da fúria consumista da Black Friday, pega bem um pouco de solidariedade. Essa é a ideia por trás do Dia de Doar, uma iniciativa mundial que acontece hoje. Conheça mais sobre esse movimento e veja como participar dessas ações. Fazer o bem a quem precisa também nos faz bem.

Bolsonaro assina com PL em pior momento de popularidade

 

O presidente Jair Bolsonaro pretendia transformar seu ato de filiação ao PL, hoje, num evento de impacto político. Não vai dar. Pela primeira vez, uma pesquisa revelou que menos de 20% dos eleitores consideram sua administração como ótima ou boa. São os resultados do levantamento da Atlas Inteligência — o número caiu de 24% em setembro para 19% neste levantamento. A avaliação regular saltou de 14% para 20%, enquanto ruim ou péssimo recuou de 61% para 60%, dentro da margem de erro. Não bastasse, o ex-juiz Sérgio Moro escolheu justamente hoje para lançar seu livro com ataques contra o presidente. (UOL)

“Se não vai ajudar, não atrapalhe.” A frase de Bolsonaro para seu ex-ministro da Justiça já era conhecida, agora Moro deixa claro que foi ele próprio a fonte que a vazou para imprensa. A ordem lhe foi dada quando ele, Moro, questionou uma decisão do STF de paralisar as investigações contra o filho mais velho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ). E o ex-juiz obedeceu. O Zero Um é acusado de se apropriar de parte dos salários de funcionário de seu gabinete na Alerj. Em seu livro de memórias Contra o Sistema da Corrupção, lançado hoje (leia trechos), Moro expõe relatos de como Bolsonaro usou o governo para proteger os filhos da Justiça, tenta explicar por que continuou no cargo mesmo diante dessas situações e faz uma defesa enfática de sua ação na Lava Jato. Moro conta que considerou plausíveis as primeiras explicações de Bolsonaro sobre o caso das rachadinhas na Alerj, e que, mesmo com as sucessivas humilhações que sofreu, ficou no governo para tentar conter a ingerência política na PF. “Se não conseguisse conter a interferência, não haveria mais razão para continuar”, escreve. Hoje candidato, acena forte aos militares, louvando seu papel “na consolidação da independência e da unidade do Brasil”. Não viu nada demais quando o comandante do Exército, o então general Eduardo Villas-Bôas, publicou um tuíte parecendo ameaçar o Supremo caso fosse derrubada a prisão do ex-presidente Lula. E claro, critica a decisão do STF que considerou parcial sua condução da Lava-Jato. “Nunca houve qualquer fraude cometida contra o ex-presidente no processo que resultou em sua condenação e jamais se atuou com parcialidade com ele”, afirma. (Folha)

Aliás... A Segunda Turma do STF julga à tarde o foro privilegiado do Zero Um no caso das rachadinhas. (Globo)

Meio em vídeo. Segunda-feira, 29 de novembro de 2021. Começou o fim do pesadelo. Pela primeira vez desde o início do mandato, uma pesquisa séria registrou que o ótimo e bom de como é visto o governo de Jair Bolsonaro está abaixo de 20%. E isso, gente, pode mudar a história da eleição. Confira no Ponto de Partida. (YouTube)




O Congresso aprovou a toque de caixa o projeto que promete aumentar a transparência na execução das emendas do relator, o chamado orçamento secreto, principal ferramenta do governo para obtenção de apoio no Legislativo. Pelo projeto, que segue para sanção presidencial, fica criado um teto de R$ 16,9 bilhões para esses recursos, e os nomes dos requisitantes das verbas ficam registrados na Comissão de Orçamento. Porém, o relator, senador Marcelo Castro (MDB-PI), deixou uma brecha. A liberação pode ser pedida por outros entes, como prefeitos. Assim, um parlamentar negociaria seu apoio, mas, na hora de pedir o dinheiro, isso seria feito por um prefeito ou governador, mantendo oculta a identidade do legislador beneficiado. E claro, as mudanças só valem de agora em diante. A despeito de determinação do STF, as liberações de 2020 e 2021 continuam sigilosas. (g1)

Então... Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), insistem que não é possível identificar os beneficiários antigos do orçamento secreto, mas uma nota da Consultoria de Orçamento do Senado afirma o contrário. O documento cita que a imprensa já obteve planilhas do Ministério do Desenvolvimento Regional indicando que parlamentar apadrinhava cada liberação de verba. Com a nota em mãos, congressistas prometem recorrer novamente ao STF. (Poder360)




Vencedor das prévias do PSDB, o governador paulista João Doria começou ontem a anunciar sua equipe de campanha com um nome de peso, Henrique Meirelles, encarregado de coordenar a montagem de um programa econômico. Além de já ser secretário de Fazenda de Doria, Meirelles é um nome com enorme trânsito. Foi presidente do Banco Central durante todo o governo Lula (PT), ministro da Fazenda do governo Temer (MDB) e está filiado ao PSD de Gilberto Kassab. (UOL)




Falando em PSD, o ex-governador paulista Geraldo Alckmin, que estaria de mudança do PSDB para o partido de Kassab, recebeu ontem uma comitiva de dirigentes sindicais pedindo-lhe que aceitasse ser vice na chapa do ex-presidente Lula (PT) no ano que vem. Alckmin disse a eles que estava se preparando para disputar novamente o governo do estado, mas que, sem citar Lula, “surgiu uma hipótese federal” que caminha. (Globo)




O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Roberto Barroso, anunciou que as urnas eletrônicas passaram na primeira etapa do Teste Público de Segurança (TPS), um procedimento padrão desde 2009. Durante uma semana, especialistas tentaram fraudar as urnas. Dos 29 ataques, 24 sequer ultrapassaram as barreiras eletrônicas. Outros cinco avançaram, mas não foram capazes de interferir no resultado da votação. A equipe do TSE agora trabalha para corrigir as fragilidades apontadas por essas cinco tentativas. (Poder360)

Esquerdista Xiomara Castro lidera apuração da eleição presidencial em Honduras

 

Esquerdista Xiomara Castro lidera apuração da eleição presidencial em Honduras
Esquerdista Xiomara Castro lidera apuração da eleição presidencial em Honduras
Ex-primeira-dama registra uma ampla vantagem. No início da apuração, o conservador Nasry Asfura se declarou vencedor

Congresso desafia STF e mantém sigilo sobre o orçamento secreto


EL PAÍS






O Congresso Nacional desafiou nesta segunda-feira o Supremo Tribunal Federal (STF). Senadores e deputados votaram um projeto que dita as regras para as chamadas emendas do relator, com as quais o Governo Jair Bolsonaro gere o chamado “orçamento secreto”. Ao contrário do que instruiu o STF, contudo, os parlamentares mantiveram o sigilo sobre quem já foi beneficiado pelas emendas —o repasse desse tipo de emenda também está suspenso por ordem do tribunal, conta Felipe Betim. A expectativa, agora, é de que a votação desta segunda-feira também seja questionada no Supremo. O “orçamento secreto” garantiu ao Governo apoio para aprovar projetos importantes, segundo as suspeitas levantadas por reportagens publicadas pelo jornal O Estado de S. Paulo. No dia 9 de novembro, enquanto o Governo trabalhava para aprovar a PEC dos Precatórios, o STF impôs um freio nesse mecanismo, por entender que faltava transparência.

A variante ômicron do coronavírus continua causando preocupação global. Os ministros da Saúde do G7, atualmente sob a presidência do Reino Unido, destacaram que “a comunidade global” enfrenta “a ameaça de uma nova variante altamente contagiante da covid-19, que requer ação urgente”. Detectada na semana passada na África do Sul, a nova cepa também disparou alarmes da Organização Mundial da Saúde (OMS), que alertou nesta segunda-feira em documento técnico que o risco global da ômicron “é avaliado como muito alto” e demanda precauções extremas, relatam Rafa de Miguel e Jessica Mouzo. A comunidade científica ainda não tem certeza de que essa versão do vírus seja mais transmissível e escape das vacinas, mas os primeiros indícios e as mais de 30 mutações detectadas nesta variante precipitaram uma reação em cadeia em meio mundo para impedir a expansão da ômicron: países da União Europeia, Estados Unidos, Israel e Marrocos, entre outros, fecharam suas fronteiras para voos do sul da África, embora o vírus já tenha penetrado em vários estados europeus.

O renomado economista francês Thomas Piketty acredita que o mundo vive uma situação semelhante à que resultou na Revolução Francesa e prevê que os privilégios concedidos às grandes fortunas levarão a uma grande crise política. Em entrevista ao correspondente Marc Bassets, o autor de O capital no século XXI e Capital e ideologia se declara otimista, embora possa não parecer: ele acredita —e os dados assim lhe confirmam— que, apesar dos tropeços e contratempos, o mundo está melhor. E diz que, embora os partidos que defendem suas ideias sejam minoritários e que em muitos países, como o seu, as classes trabalhadoras votem em opções nacionalistas e populistas, ele não acredita que esteja pregando no deserto. “Desde a crise de 2008 se acelerou a consciência dos excessos da desregulamentação financeira das décadas de oitenta e noventa, e a covid-19 contribuiu para isso”, resume. Ele acaba de publicar Une brève histoire de l’égalité (Uma breve história da igualdade), uma síntese em menos de 300 páginas de suas ideias e propostas.

Na Colômbia, mais de duzentos ex-combatentes da guerrilha das FARC, hoje desarmados e transformados em partido político, estão se reintegrando à sociedade numa zona rural próxima a Icononzo, onde nasceram dezenas de crianças nos cinco anos decorridos desde a assinatura do acordo de paz. Durante meio século de conflito armado, conta Santiago Torrado, as mulheres que pertenciam às FARC foram proibidas de engravidar. Aquelas que o fizeram foram obrigadas a abortar ou, em caso de parto, a entregar seus bebês para adoção. Desde que largaram as armas, houve um baby boom. Os filhos dos signatários da paz tornaram-se uma fonte de esperança para avançar com a implementação do acordo. Embora os números não sejam precisos, o fenômeno é evidente. Na ausência de dados oficiais do Governo, nasceram mais de 3.500 crianças menores de cinco anos, segundo dados da extinta guerrilha.


Congresso desafia o Supremo e mantém sigilo sobre o orçamento secreto
Congresso desafia o Supremo e mantém sigilo sobre o orçamento secreto
Projeto votado nesta segunda-feira estabelece teto para as emendas de relator, mas não deixa claro que o nome do parlamentar que se beneficia dos recursos deve ser publicizado. STF impôs freio por faltar transparência

 

segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Anvisa confirmou ontem que está acompanhando o caso de um brasileiro que testou positivo para covid-19

 

A Anvisa confirmou ontem que está acompanhando o caso de um brasileiro que testou positivo para covid-19 após voltar da África do Sul no último sábado. Ainda não há confirmação se ele foi contaminado pela variante ômicron, identificada pelas autoridades sanitárias sul-africanas e que já chegou a outros países da África, à Europa e ao Oriente Médio. Também no sábado o governo brasileiro proibiu a entrada de pessoas vindas de seis países africanos: África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue. (Poder360)

Pois é... A Organização Mundial da Saúde classificou a ômicron como “variante de preocupação”, por conta da grande quantidade de mutações. A médica sul-africana Angelique Coetzee, que fez o primeiro alerta sobre a possibilidade de uma nova cepa, disse que atendeu somente pacientes com sintomas leves, mas incomuns, como taquicardia. Embora os gráficos sobre a evolução da ômicron mostrem que ela se espalha até quatro vezes mais rapidamente que a delta, especialistas lembram que os dados se referem somente à África do Sul, que vacinou completamente apenas 24% de sua população até agora. (g1)

A chegada da variante à Europa, que já enfrentava uma nova onda da covid-19, fez aumentar a demanda por mais restrições. O premiê britânico Boris Johnson convocou uma reunião dos ministros da Saúde do G7 (EUA, Canadá, Alemanha, França, Itália, Japão e Reino Unido) para discutir os riscos da nova cepa. (UOL)




Após uma abstenção de 26% no primeiro dia de exame, estudantes de todo o Brasil fizeram ontem a segunda prova do Enem. O teste de ciências da natureza e matemática teve questões que abordaram o rompimento de uma barragem da Vale em Mariana (MG), carros elétricos, a tabela da Copa do Brasil e a dengue. A pandemia de covid-19 passou ao largo do exame, mas, segundo especialistas, o motivo é a falta de atualização no banco de questões do Enem. O gabarito oficial deve ser divulgado pelo Inep na quarta-feira, e ainda não há data prevista para o resultado. (UOL)

Enquanto isso... O Inep decidiu que os candidatos que não puderam fazer a primeira prova no dia 21 devido a uma violenta operação policial na comunidade do Salgueiro, em São Gonçalo (RJ), podem pedir a reaplicação do exame. (g1)




A Polícia Federal fez no sábado uma operação contra garimpeiros que extraem ouro ilegalmente no Rio Madeira, no Amazonas. Pelo menos 20 balsas foram apreendidas e outras incendiadas pelos policiais. A ação das autoridades, porém, está longe de acabar com o garimpo ilegal no rio. Centenas de balsas que ocupavam um trecho do Madeira se dispersaram durante a semana para fugir da repressão. (Metrópoles)




O Palmeiras conquistou sua terceira Libertadores, a segunda consecutiva, ao vencer no sábado o Flamengo na prorrogação por 2 a 1 no Estádio Centenário, em Montevidéu. Com o título, o clube paulista se qualificou para disputar, em fevereiro do ano que vem, o Mundial de Clubes, nos Emirados Árabes Unidos. (UOL)




Morreu de câncer no sábado, aos 83 anos, o arquiteto Ruy Ohtake, cujas obras marcaram a paisagem de São Paulo. Filho da artista plástica Tomie Ohtake, Ruy projetou, entre outros, o Hotel Unique, o instituto que leva o nome de sua mãe e a embaixada brasileira em Tóquio. (g1)




Luto também no esporte. Morreu ontem, aos 79 anos, Frank Williams, fundador da equipe de Fórmula 1 que leva seu nome. A causa não foi divulgada. Cinco pilotos brasileiros dirigiram seus carros, incluindo Nelson Piquet, campeão em 1987, e Ayrton Senna, que pilotava uma Williams no acidente que o matou em 1994. (Globo Esporte)

Após prévias, Doria ouve 'não' de Leite e pede encontro com Moro

 

João Doria, governador de São Paulo, foi o grande vencedor da prévias do PSDB, concluídas finalmente no último sábado. Ele teve 53,99% dos votos, contra 44,66% do governador gaúcho Eduardo Leite e 1,35% do ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio. Agora pré-candidato de fato e de direito, Doria começou o trabalho de aparar arestas, mas já recebeu a primeira porta na cara. Convidado a integrar o comando da campanha do vencedor, Leite respondeu que não. “Imagino que o governador Doria busque alguém afinado com sua forma de pensar e fazer política, para além de uma visão meramente partidária”, disse o gaúcho. Paralelamente, ainda na noite de sábado Doria conversou com presidentes e líderes de outros partidos de centro pregando a união contra o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).  Adversário de Doria no campo da terceira via, o ex-ministro Sérgio Moro (Podemos) telefonou para o governador e o felicitou pela vitória. O paulista aproveitou para propor um encontro entre eles. (Folha)

Um dos alvos de Doria nessa busca por alianças é o MDB. Neste domingo, ele disse que vai manter a promessa de ter uma mulher como companheira de chapa e rasgou elogios à senadora Simone Tebet (MDB-MS), lançada pré-candidata pelo partido na semana passada. (Poder360)

Doria tentou sem sucesso fazer as pazes com Leite e busca atrair outros partidos, mas há gente no PSDB com quem ele não quer nem conversa. Mais especificamente o deputado Aécio Neves (MG) e o ex-governador paulista Geraldo Alckmin. Este está de malas prontas e deve migrar para o PSD, mas o parlamentar mineiro tem grande influência na ala bolsonarista dos tucanos na Câmara. Doria já defendeu mais de uma vez a expulsão de Aécio do partido. (Estadão)

Enquanto isso... As suspeitas de ataque hacker ao aplicativo de votação do PSDB foram reforçadas pela notícia de que houve no sábado ao menos 26 mil tentativas de acesso vindas do exterior. Como medida de segurança, a votação foi bloqueada para quem estava fora do país. (g1)




A filiação do presidente Jair Bolsonaro e de seu grupo político ao PL não envolve só alianças regionais. O presidente do partido, Valdemar Costa Neto, se comprometeu com a reeleição de Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da Câmara em 2023. A expectativa é que, mesmo que Bolsonaro não se reeleja, o PL, hoje quarta força na Casa e segundo maior partido do Centrão, forme uma bancada expressiva. O acordo envolveria ainda um nome do PL sucedendo Lira em 2025. (Folha)

Coluna do Estadão: “É grande a expectativa no mercado e no mundo político em relação à rodada de pesquisas programadas para este final de ano. Se Sérgio Moro confirmar o viés de alta, Jair Bolsonaro terá necessariamente que voltar a crescer, alertam governistas. Para eles, o pior cenário para o presidente seria terminar 2021 em quase empate técnico com Moro.” (Estadão)

Bernardo Mello Franco: “O capitão avisou: só vai aos debates em 2022 se os adversários aceitarem suas condições. ‘É para falar sobre o meu mandato. Até a minha vida particular, fique à vontade. Mas que não entre em coisas de família, de amigos, porque vai ser algo que não vai levar a lugar nenhum’, disse. Não existe debate sério com assuntos proibidos. Ao impor suas exigências, Bolsonaro busca um pretexto para se esconder dos oponentes.” (Globo)




O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), marcou para a próxima quarta-feira a sabatina do ex-advogado-geral da União André Mendonça, indicado em julho por Jair Bolsonaro para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Alcolumbre também nomeou a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) relatora da indicação. Evangélica como Mendonça, ela promete um relatório sobre aspectos técnicos sem entrar em assuntos religiosos, apesar de Bolsonaro ter prometido a aliados a nomeação de um ministro “terrivelmente evangélico”. (CNN Brasil)




Divulgadas ontem, duas pesquisas de intenção de votos no segundo turno das eleições chilenas dão vantagem para o deputado esquerdista Gabriel Boric sobre o empresário de extrema-direita José Antonio Kast, mas com números divergentes. A Activa/Pulso Ciudadano traz Boric com 62%, contra 38% de Kast. Já na Black&White, a vantagem é de 52% a 48%, o que configura empate técnico. O segundo turno acontece no dia 19, e o voto no Chile não é obrigatório. (Poder360)

Tentativa de blindar orçamento secreto põe Congresso à beira da transgressão contra STF

 

Tentativa de blindar orçamento secreto põe Congresso à beira da transgressão contra STF
Tentativa de blindar orçamento secreto põe Congresso à beira da transgressão contra STF
Presidentes do Senado e da Câmara ameaçam descumprir decisão judicial que determinou a abertura de dados das emendas de relator

Brasil investiga se passageiro que veio da África do Sul tem a variante ômicron do coronavírus

 

Brasil investiga se passageiro que veio da África do Sul tem a variante ômicron do coronavírus
Brasil investiga se passageiro que veio da África do Sul tem a variante ômicron do coronavírus
Homem desembarcou em Guarulhos no sábado, de acordo com a Anvisa. Governo restringe voos de seis países da África a partir desta segunda

Aprovação de Bolsonaro cai ao nível mais baixo e atinge 29% em meio à crise econômica, aponta Atlas

 

Aprovação de Bolsonaro cai ao nível mais baixo e atinge 29% em meio à crise econômica, aponta Atlas
Aprovação de Bolsonaro cai ao nível mais baixo e atinge 29% em meio à crise econômica, aponta Atlas
Pesquisa mostra que rejeição do presidente subiu para 65%. Problemas como inflação e desemprego crescem como preocupação

Invisíveis no Brasil, sem documento nem dignidade

 

Invisíveis no Brasil, sem documento e dignidade: “Eu nem no mundo existo”
Quase três milhões de brasileiros não têm sequer certidão de nascimento, segundo o IBGE. O assunto foi tema do Enem, com base no livro da jornalista Fernanda da Escóssia. Projeto Justiça Itinerante atende indocumentados que veem a vida mudar
Invisíveis no Brasil, sem documento e dignidade: “Eu nem no mundo existo”

EL PAÍS






O Brasil investiga seu primeiro caso suspeito de infecção pela ômicron, a nova variante do coronavírus. Um homem que passou pela África do Sul e desembarcou no aeroporto Guarulhos no sábado foi diagnosticado com a covid-19 em um exame de laboratório posterior ao que apresentou para ingressar no país, informa o repórter Afonso Benites. Agora, as autoridades aguardam o resultado do mapeamento genômico para identificar se a infecção foi causada pela nova cepa, que vem deixando o mundo em alerta por possuir mais de 30 mutações e ser considerada mais contagiosa. A partir desta segunda, o Governo vai barrar a entrada no país de pessoas que tiverem passado por seis nações africanas —acatando, após relutância, a orientação da Anvisa. Já outros países têm tomado medidas mais drásticas. Israel, por exemplo, se prepara para impedir a entrada de todos os viajantes estrangeiros. “Esta não é uma reação histérica. É importante adotar medidas para conter a entrada do vírus", disse o diretor-geral da Saúde, Nachman Ash.

Alvo de medidas de restrição por terem detectado inicialmente a cepa, os países africanos enfrentam a pandemia com baixas taxas de vacinação —situação que favorece a circulação do vírus e ocorrência de mutações. No continente, o índice de vacinados é de 7%, embora haja países onde praticamente ninguém viu uma agulha, como Burundi, República Democrática do Congo e Chade, apesar de imunizantes seguros e eficazes já existirem há quase um ano, como mostra o repórter Manuel Ansede. Mas, apesar de a vacinação ter se mostrado eficaz na prevenção dos casos mais graves da covid-19, o risco de contágio continua dependendo do comportamento e da adoção de medidas de proteção: máscaras bem ajustadas, ventilação, distanciamento e redução dos tempos de contato. Como relata Raúl Limón, esses cuidados não podem ser esquecidos nas confraternizações de fim de ano que já começam a acontecer.

Num momento em que a nova variante pega o Brasil mais imunizado, o presidente Jair Bolsonaro não tem tanto para comemorar. Os outros problemas colaterais do país, como inflação alta, desemprego e desigualdade social estão tirando o apoio irrestrito ao seu nome. Nova pesquisa Atlas mostra que o presidente mantém rejeição ascendente, chegando a 65% esta semana, e sua aprovação caiu a 29%, o pior nível desde o início do seu Governo. 

A desigualdade bate no Brasil em diversas frentes, e uma delas é entre os excluídos que não tem nem documento de identidade. Adriana tem 22 anos, mas ainda não nasceu. Não oficialmente. Ela é uma das cerca de três milhões de pessoas no país que não possuem nenhum tipo de registro civil, como certidão de nascimento, de acordo com estimativa do IBGE. O assunto ganhou relevância ao aparecer como tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), na prova do dia 21 de novembro. Mas que há muito tempo preocupa a justiça e pesquisadores, como a jornalista Fernanda da Escóssia, que publicou um livro sobre o assunto. "É preciso que a estrutura burocrática estatal seja menos insensível a esse problema”, diz para a repórter Joana Oliveira. Sem um RG e um CPF, um brasileiro não consegue se matricular numa escola, não tem acesso a benefícios sociais do Governo, não pode ir ao sistema público de saúde fazer consultas.

Autor de uma dezena de romances, o tanzaniano Abdulrazak Gurnah não aparecia nas apostas do Nobel de Literatura, prêmio que recebeu há pouco mais de um mês. Como ele, vários escritores de origem africana estão na lista de importantes premiações literárias (entre eles o Booker Prize e o Camões). O que explica esse reconhecimento? “A sua escrita mereceu. Não é que mundialmente se tenha decidido que os africanos deveriam ser premiados, é a escrita que foi premiada”, declara em entrevista a Andrea Aguilar.



sábado, 27 de novembro de 2021

Nova mutação do vírus derruba Bolsas e leva a fechamento de fronteiras

 

Nova mutação do vírus derruba Bolsas e leva a fechamento de fronteiras
Nova mutação do vírus derruba Bolsas e leva a fechamento de fronteiras
Os 27 países da União Europeia concordam em suspender as conexões com países do sul da África, assim como Reino Unido, Israel e EUA

Países se blindam contra a ômicron, a nova variante de preocupação do coronavírus

 

EL PAÍS


A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou nesta sexta-feira uma nova cepa do coronavírus como variante de preocupação. Identificada em 22 de novembro na África do Sul, a ômicron, como acabou nomeada, apresenta mais de 30 mutações associadas a uma maior capacidade de contágio e de contornar as defesas humanas, ainda que não haja indícios de que as atuais vacinas não sejam válidas contra ela. “É muito preocupante, ela parece se espalhar muito rapidamente e em menos de duas semanas dominará todas as infecções”, avisou o diretor do centro de resposta a epidemias da África do Sul. A notícia derrubou Bolsas de Valores pelo mundo e provocou anúncios de fechamento de fronteiras para viajantes vindos do sul do continente africano, relatam Manuel V. Gómez e Daniela Mercier. Os 27 países da União Europeia concordaram com a suspensão da entrada de voos do sul da África, assim como Reino Unido, Israel e os Estados Unidos.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu uma nota já nesta sexta-feira recomendando que o Governo suspendesse imediatamente os voos procedentes de seis países da região e “a restrição de entrada de viajantes com essas procedências por qualquer meio de transporte”. Em um primeiro momento, o presidente Jair Bolsonaro indicou que ignoraria as recomendações dos especialistas. À noite, porém, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, anunciou em seu Twitter que o Brasil restringirá passageiros vindos da África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue, onde há registros da nova cepa. De acordo com ele, a portaria será publicada neste sábado e deverá vigorar a partir de segunda-feira, escreve Beatriz Jucá. A medida vai na contramão do que Bolsonaro havia dito horas antes: “Que loucura é essa? Fechou o aeroporto, o vírus não entra? Já está aqui dentro”, afirmou o mandatário a apoiadores no Alvorada mais cedo, acrescentando que uma nova onda de covid-19 está “lamentavelmente” a caminho. “Tem que aprender a conviver com o vírus.”

A Europa já vem assistindo a um crescimento da quarta onda da pandemia e tem adotado restrições rígidas para tentar contê-la. Na Alemanha, a nova fase da crise sanitária já exige a ajuda do Exército, relata a correspondente Elena G. Sevillano. Com a sobrecarga de hospitais em algumas áreas do país, especialmente no sul e no leste, será necessário pedir ajuda ao órgão para realizar uma transferência maciça de pacientes das unidades médicas. “A situação é dramática; é muito mais sério do que em qualquer outro momento da pandemia“, afirmou o Ministro da Saúde em exercício, Jens Spahn, nesta sexta-feira. As autoridades de saúde alemãs endureceram o discurso nos últimos dias, alarmadas com os recordes diários no número de infecções. “Quantas pessoas mais precisarão morrer para que possamos mudar nosso comportamento?”, perguntou Lothar Wieler, chefe do Instituto Robert Koch (RKI) para controle de doenças, durante uma entrevista coletiva esta manhã em Berlim. “Quantas mortes nos convenceriam de que a covid-19 não é uma doença menor?”, insistiu, dirigindo-se aos milhões de alemães que não foram vacinados: 68,3% da população foi imunizada.

“As pessoas precisam rir para aliviar o peso deixado pela pandemia”, afirma o cineasta inglês Ridley Scott em entrevista a Gregorio Belinchón. A uma semana de completar 84 anos, ele está num estúdio de Los Angeles para promover Casa Gucci, que estreou nesta quinta-feira nos cinemas do Brasil. No filme, o cineasta narra o assassinato do herdeiro do império da moda, orquestrado por sua ex-esposa em 1995. “Durante grande parte da história, o público vai se surpreender com o que é narrado, com a carga trágica, e mesmo assim a comédia não deixa de fluir de forma subjacente. Nos personagens de Jared Leto, por exemplo, ou Al Pacino... esses Gucci pai e filho. Eles entenderam muito bem o tom”, conta.


Governo decide barrar viajantes de seis países africanos para evitar entrada de nova variante
Governo decide barrar viajantes de seis países africanos para evitar entrada de nova variante
Bolsonaro chegou a se posicionar contra a recomendação da própria Anvisa de fechar as fronteiras aéreas, afirmando que medida era "loucura". À noite, ministro da Casa Civil confirmou que o país seguirá a sugestão da agência