terça-feira, 30 de novembro de 2021

Bolsonaro assina com PL em pior momento de popularidade

 

O presidente Jair Bolsonaro pretendia transformar seu ato de filiação ao PL, hoje, num evento de impacto político. Não vai dar. Pela primeira vez, uma pesquisa revelou que menos de 20% dos eleitores consideram sua administração como ótima ou boa. São os resultados do levantamento da Atlas Inteligência — o número caiu de 24% em setembro para 19% neste levantamento. A avaliação regular saltou de 14% para 20%, enquanto ruim ou péssimo recuou de 61% para 60%, dentro da margem de erro. Não bastasse, o ex-juiz Sérgio Moro escolheu justamente hoje para lançar seu livro com ataques contra o presidente. (UOL)

“Se não vai ajudar, não atrapalhe.” A frase de Bolsonaro para seu ex-ministro da Justiça já era conhecida, agora Moro deixa claro que foi ele próprio a fonte que a vazou para imprensa. A ordem lhe foi dada quando ele, Moro, questionou uma decisão do STF de paralisar as investigações contra o filho mais velho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ). E o ex-juiz obedeceu. O Zero Um é acusado de se apropriar de parte dos salários de funcionário de seu gabinete na Alerj. Em seu livro de memórias Contra o Sistema da Corrupção, lançado hoje (leia trechos), Moro expõe relatos de como Bolsonaro usou o governo para proteger os filhos da Justiça, tenta explicar por que continuou no cargo mesmo diante dessas situações e faz uma defesa enfática de sua ação na Lava Jato. Moro conta que considerou plausíveis as primeiras explicações de Bolsonaro sobre o caso das rachadinhas na Alerj, e que, mesmo com as sucessivas humilhações que sofreu, ficou no governo para tentar conter a ingerência política na PF. “Se não conseguisse conter a interferência, não haveria mais razão para continuar”, escreve. Hoje candidato, acena forte aos militares, louvando seu papel “na consolidação da independência e da unidade do Brasil”. Não viu nada demais quando o comandante do Exército, o então general Eduardo Villas-Bôas, publicou um tuíte parecendo ameaçar o Supremo caso fosse derrubada a prisão do ex-presidente Lula. E claro, critica a decisão do STF que considerou parcial sua condução da Lava-Jato. “Nunca houve qualquer fraude cometida contra o ex-presidente no processo que resultou em sua condenação e jamais se atuou com parcialidade com ele”, afirma. (Folha)

Aliás... A Segunda Turma do STF julga à tarde o foro privilegiado do Zero Um no caso das rachadinhas. (Globo)

Meio em vídeo. Segunda-feira, 29 de novembro de 2021. Começou o fim do pesadelo. Pela primeira vez desde o início do mandato, uma pesquisa séria registrou que o ótimo e bom de como é visto o governo de Jair Bolsonaro está abaixo de 20%. E isso, gente, pode mudar a história da eleição. Confira no Ponto de Partida. (YouTube)




O Congresso aprovou a toque de caixa o projeto que promete aumentar a transparência na execução das emendas do relator, o chamado orçamento secreto, principal ferramenta do governo para obtenção de apoio no Legislativo. Pelo projeto, que segue para sanção presidencial, fica criado um teto de R$ 16,9 bilhões para esses recursos, e os nomes dos requisitantes das verbas ficam registrados na Comissão de Orçamento. Porém, o relator, senador Marcelo Castro (MDB-PI), deixou uma brecha. A liberação pode ser pedida por outros entes, como prefeitos. Assim, um parlamentar negociaria seu apoio, mas, na hora de pedir o dinheiro, isso seria feito por um prefeito ou governador, mantendo oculta a identidade do legislador beneficiado. E claro, as mudanças só valem de agora em diante. A despeito de determinação do STF, as liberações de 2020 e 2021 continuam sigilosas. (g1)

Então... Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), insistem que não é possível identificar os beneficiários antigos do orçamento secreto, mas uma nota da Consultoria de Orçamento do Senado afirma o contrário. O documento cita que a imprensa já obteve planilhas do Ministério do Desenvolvimento Regional indicando que parlamentar apadrinhava cada liberação de verba. Com a nota em mãos, congressistas prometem recorrer novamente ao STF. (Poder360)




Vencedor das prévias do PSDB, o governador paulista João Doria começou ontem a anunciar sua equipe de campanha com um nome de peso, Henrique Meirelles, encarregado de coordenar a montagem de um programa econômico. Além de já ser secretário de Fazenda de Doria, Meirelles é um nome com enorme trânsito. Foi presidente do Banco Central durante todo o governo Lula (PT), ministro da Fazenda do governo Temer (MDB) e está filiado ao PSD de Gilberto Kassab. (UOL)




Falando em PSD, o ex-governador paulista Geraldo Alckmin, que estaria de mudança do PSDB para o partido de Kassab, recebeu ontem uma comitiva de dirigentes sindicais pedindo-lhe que aceitasse ser vice na chapa do ex-presidente Lula (PT) no ano que vem. Alckmin disse a eles que estava se preparando para disputar novamente o governo do estado, mas que, sem citar Lula, “surgiu uma hipótese federal” que caminha. (Globo)




O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Roberto Barroso, anunciou que as urnas eletrônicas passaram na primeira etapa do Teste Público de Segurança (TPS), um procedimento padrão desde 2009. Durante uma semana, especialistas tentaram fraudar as urnas. Dos 29 ataques, 24 sequer ultrapassaram as barreiras eletrônicas. Outros cinco avançaram, mas não foram capazes de interferir no resultado da votação. A equipe do TSE agora trabalha para corrigir as fragilidades apontadas por essas cinco tentativas. (Poder360)

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