ncipal ferramenta de trabalho de Marcelo Aparecido Santos da Paz, de 36 anos, mas hoje seu veículo está parado em casa, em Santos (SP). “Está inviável trabalhar”, resume o caminhoneiro, que decidiu aderir à greve de profissionais autônomos marcada para começar nesta segunda-feira. Dos 19.000 reais que Marcelo recebeu para sua última viagem, de Santos a Recife, 12.000 ficaram no posto de combustível –o restante escorreu em custos pelo trajeto e na manutenção do veículo de trabalho. A constante alta no preço dos combustíveis e a incapacidade do Governo Jair Bolsonaro de amortizar seus impactos motivaram a paralisação de uma categoria que, hoje, tem dificuldades para escoar mais da metade (cerca de 60%) da carga transportada no Brasil, conta Felipe Betim. O mundo concentra esforços nesta semana para o que está sendo tratado como a última tentativa de salvar o planeta. A COP26, cúpula do clima promovida pela ONU, reúne 30.000 pessoas em Glasgow, na Escócia, para tentar frear o aumento de temperatura do planeta e evitar, entre outras potenciais catástrofes, que mais de 17 milhões de latino-americanos tenham de abandonar suas casas pelos efeitos da mudança climática até 2050. O G20, grupo dos países mais ricos do mundo, se comprometeu no fim de semana a limitar o aumento da temperatura a 1,5 grau, mas não firmou compromissos concretos. Em relação à participação do Brasil na cúpula, o climatologista Carlos Nobre alerta que o desafio de recuperar a credibilidade do país na área "vai além da Amazônia". O curto-circuito das cadeias de abastecimento globais irrompeu em um encontro G20 estruturado principalmente em torno da questão climática. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tomou a iniciativa de organizar, paralelamente à cúpula, uma reunião específica sobre essa questão com 14 países presentes em Roma —entre eles, vários países europeus, Índia e México, mas não China e Rússia. A Casa Branca busca promover um marco de resposta internacional à crise que prejudica a recuperação da economia depois do descalabro provocado pela pandemia, detalham Daniel Verdú e Andrea Rizzi, de Roma. Ver muito o rosto pelo Zoom causa dismorfia, alerta a dermatologista Shadi Kourosh. Depois de entrevistar 7.000 pessoas, ela chegou à conclusão de que oito meses de uso indiscriminado de câmeras frontais distorceram a imagem que temos de nós mesmos, um efeito colateral que, em sua opinião, durará mais do que a pandemia, explica Karelia Vázquez. Da noite para o dia nos expusemos a uma lente sem conhecimentos técnicos e começamos a nos ver demasiado próximos, mal iluminados e de ângulos pouco favoráveis. Um ano depois parece lógico acreditar que somos o que a câmera nos devolveu durante todo esse tempo. | |||||
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