quinta-feira, 11 de novembro de 2021

O desmonte do Enem sob Bolsonaro

 

EL PAÍS


O maior vestibular do Brasil sofreu mais um baque na sua acidentada trajetória durante o Governo Bolsonaro. Desta vez, o golpe desferido contra o Enem tem potencial para abalar a estrutura da realização da prova e colocar sob risco o futuro acadêmico de milhões de estudantes. Trinta e sete servidores do Inep, instituto ligado ao Ministério da Educação e responsável pelo exame, deixaram a autarquia sob denúncias de assédio moral, desmonte de diretorias, acúmulo de trabalho e pressão. Segundo Maria Inês Fini, responsável pela criação e implementação do Enem em 1998, trata-se uma situação "gravíssima" e que não permitirá a realização de um Enem "tranquilo", relata Elida Oliveira.

A COP26, cúpula do clima da ONU que acontece em Glasgow, na Escócia, segue projetando metas ambiciosas para reverter o atual quadro climático. Um dos planos das autoridades mundiais é acabar com as vendas de carros a combustão a partir de 2035 nos mercados mais importantes do mundo. A iniciativa, patrocinada por 30 países, deve ganhar o reforço de seis grandes montadoras, incluindo Ford, GM e Volvo. Apesar das novas diretrizes definidas para o longo prazo, a diretoria da cúpula pede urgência. Em seu primeiro esboço da declaração final do evento, as nações são encorajadas a revisar e endurecer seus planos de redução de emissões de gases de efeito estufa não daqui a uma década, mas até o fim de 2022.

Nos EUA, a inflação bate à porta, e com números recordes. Após autoridades do país tranquilizarem a população alegando caráter transitório da alta dos preços, o Índice de Preços de Consumo (IPC) de outubro provou o contrário: subiu 6,2%, pior nível desde 1990. O número reflete o aumento no custo da gasolina, dos alimentos e da moradia. Diante dos piores dados em três décadas, o presidente Joe Biden reagiu dizendo que “reverter essa tendência é uma das principais prioridades” de seu Governo, conta María Antonia Sánchez-Vallejo. Resta, agora, ver em quanto tempo a administração democrata dará uma resposta.

Arqueólogos de Pompeia, conhecida por ser a cidade soterrada pela erupção do vulcão Vesúvio, deram um novo passo para entender a dinâmica escravagista da antiguidade (período definido pelo historiador Moses Finley justamente como uma “sociedade de escravizados”). No dia 6 de novembro, especialistas da área anunciaram a descoberta de um quarto que certamente era ocupado por pessoas condenadas à servidão. Trata-se de um espaço de 16 metros quadrados com três camas e alguns objetos, na vila de Civita Giuliana, que ainda está em escavação. Além de revelar mais detalhes sobre a vida na época, a descoberta joga luz nas formas cruéis sob as quais viviam milhares de seres humanos até então, com destaque para o massacre de 400 servos no período do tirânico Nero.


Debandada do Inep consolida desidratação do Enem sob Bolsonaro
Debandada do Inep consolida desidratação do Enem sob Bolsonaro
37 servidores da autarquia responsável pelo exame pediram demissão a poucos dias da prova, mas presidente do órgão garante sua realização

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