sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Moro e Dallagnol levam a Lava Jato às urnas

 

Moro e Dallagnol levam a Lava Jato às urnas
Os dois pilares da operação que chacoalhou o Brasil, ex-juiz e ex-procurador se apresentam para o jogo político, desta vez em busca de votos
Moro e Dallagnol levam a Lava Jato às urnas

EL PAÍS






A Operação Lava Jato vai às urnas. Depois de encarcerar os maiores empreiteiros do país, recuperar bilhões de reais desviados em esquemas de corrupção e ver boa parte de suas condenações serem revertidas pelo Supremo Tribunal Federal, os dois pilares da operação se apresentam para o jogo político —desta vez em busca de votos. “A sensação é de que o que nós fizemos está sendo desfeito”, resume Deltan Dallagnol no vídeo em que anuncia seu desligamento do Ministério Público, nesta quinta-feira. Ele não disse com todas as letras que será candidato, mas o discurso que divulgou nas redes sociais soa como o de um. A expectativa é de que se una ao ex-juiz Sergio Moro no Podemos. O ex-procurador disputaria uma vaga na Câmara, enquanto o ex-magistrado concorreria à presidência da República ou ao Senado, conta Rodolfo Borges.

Enquanto os protagonistas da Lava Jato planejam o futuro político, o presidente Jair Bolsonaro tenta chegar vivo a 2022. De olho em recuperar apoio, Bolsonaro mais uma vez recorre ao rompimento com a bandeira da austeridade fiscal, uma das pedras fundamentais da agenda econômica conduzida pelo ministro Paulo Guedes e que, agora, é rifada em nome da popularidade do presidente. Com a aprovação na Câmara do projeto de lei dos precatórios na madrugada de quinta (numa decisão que ainda precisa ser referendada em segundo turno pelos mesmos deputados), resta um sinal verde do Senado para Guedes ter carta branca para gastar mais do que o permitido pelo Orçamento do próximo ano, escrevem Naiara Galarraga Gortázar e Carla Jiménez.

Depois dos anúncios e compromissos dos líderes internacionais na cúpula do clima de Glasgow, chega a crua realidade do que está acontecendo agora: as emissões de dióxido de carbono (CO₂), o principal gás de efeito estufa, dispararam este ano e espera-se que voltem praticamente aos níveis anteriores à pandemia, relata Manuel Planelles. Segundo cálculos do Global Carbon Project, o dióxido de carbono emitido pelo setor de energia crescerá 4,9% em 2021 em relação ao ano anterior. Só existe um precedente semelhante de aumento tão grande: o crescimento de mais de 5% em 2010, após a grande recessão.

“Meu pai era violento, mas também esteve em cada peça de teatro ou recital que eu dava. Era alcoólatra, mas estava sóbrio nas estreias de cada um dos meus filmes”, relata o ator Will Smith nas primeiras páginas de seu livro Will, uma autobiografia prestes a ser lançada nos EUA. Em uma análise sobre sua vida e carreira, passando pelos problemas amorosos que teve durante o casamento, o protagonista de sucessos como Um maluco no pedaço e Eu sou a lenda, trata a relação com o pai e a violência que testemunhou na infância como um marco: “mais do que qualquer outro momento da minha vida, definiu quem eu sou”.



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