Contrariando uma decisão expressa do STF, referendada por 8 dos 10 ministros, os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidiram não revelar os parlamentares beneficiados em 2020 e 2021 por emendas do relator, o chamado orçamento secreto. As duas Casas do Congresso redigiram um documento conjunto afirmando que só darão publicidade aos pedidos de verbas feitos de agora em diante. O orçamento secreto tem sido a principal ferramenta do governo para garantir maioria no Congresso, em particular na Câmara. Lira e Pacheco pediram ao STF que revogue a ordem de dar transparência às liberações antigas, alegando que a lei que criou as emendas do relator não previa esse registro e que, portanto, seria impossível fazer a identificação retroativa. Entretanto, planilhas do Ministério do Desenvolvimento Regional mostram quais parlamentares pediram as liberações de recursos para seus redutos eleitorais. Nos bastidores há o temor de que a revelação dos beneficiários e dos valores de emendas provoque uma crise na base, com parlamentares descobrindo que receberam menos que colegas ou que adversários foram agraciados. (Estadão)
A aprovação do trabalho do presidente Jair Bolsonaro atingiu seu nível mais baixo desde o início do governo, segundo pesquisa do PoderData divulgada ontem. Somente 22% dos ouvidos consideram o governo ótimo ou bom, uma queda de dois pontos, dentro da margem de erro, em relação ao levantamento de 15 dias atrás. Os percentuais de ruim ou péssimo (57%) e regular (16%) ficaram estáveis. A reprovação a Bolsonaro é constatada em todos os perfis do eleitorado, faixas etárias, graus de escolaridade e regiões. Seu desempenho é pior no Nordeste (67% de ruim ou péssimo, 20% de bom e ótimo e 9% de regular) e melhor no Norte (36% de regular, 33% de ruim ou péssimo e 30% de bom ou ótimo). (Poder360)
É grande a chance de o PSDB não concluir no próximo domingo as prévias para escolher o pré-candidato tucano ao Planalto. A apenas três dias do fim do prazo que ele mesmo estabelecera, o presidente do partido, Bruno Araújo, admitiu ainda não contar com um aplicativo estável para que os mais de 40 mil filiados inscritos escolham entre os governadores João Doria (SP) e Eduardo Leite (RS) e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio. No último domingo, o aplicativo desenvolvido pela Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Faurgs) travou, impedindo que mais de 90% dos inscritos votassem. A instituição fala em ataque hacker, e o PSDB pretende fazer uma auditoria e acionar a Polícia Federal - daqui a dez dias. Enquanto isso, testes com ferramentas de duas empresas falharam, e mais duas estão em análise. (Folha)
O presidente do MDB, deputado Baleia Rossi (SP), anunciou ontem que o partido decidiu lançar em dezembro a senadora Simone Tebet (MS) como candidata à presidência da República. Em seu primeiro mandato, ela conseguiu notoriedade e exposição positiva ao representar a bancada feminina na CPI da Pandemia. Mas o movimento é arriscado para a senadora. Eleita em 2014, Tebet concorreria a mais um mandato no ano vem. Se sua candidatura ao Planalto não decolar, ela perderá também a chance de permanecer no Senado. (g1)
Meio em vídeo. Tanto se fala que Lula é um animal político que muitas vezes não percebemos que ele está organizando uma campanha eleitoral como se fazia no mundo pré-Zap. É mais que um erro tático, um erro estratégico do PT que pode abrir espaço para seu maior adversário. E este não é Bolsonaro. Confira o Ponto de Partida. (YouTube)
A Segunda Turma do STF vai julgar na próxima terça-feira uma ação do Ministério Público do Rio de Janeiro questionando o foro privilegiado dado pelo Tribunal de Justiça fluminense ao hoje senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ). O filho Zero Um é suspeito de participar de um esquema de rachadinhas, uma modalidade de peculato em que o parlamentar fica com parte do salário de assessores, quando era deputado estadual. No mesmo dia a Segunda Turma vai julgar um pedido da defesa do senador para que o processo todo seja anulado. (g1)
Intimado a depor pela Polícia Federal sobre a ação de milícias digitais contra a democracia, Olavo de Carvalho, guru do bolsonarismo, voltou para os Estados Unidos através do Paraguai. Como conta o Painel, ele deixou o Brasil num carro sem passar pela imigração. Já nos EUA, divulgou um vídeo negando ter fugido e dizendo que lhe fora oferecido um “voo de última hora”. (Folha)
Falando em bolsonaristas fujões, o pedido de extradição pelo STF do blogueiro Allan dos Santos deixou acéfala a Diretoria de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça (DRCI), como revela Guilherme Amado. Inconformado por não ter sido avisado previamente do envio do pedido de extradição aos EUA, o ministro da Justiça, Anderson Torres, exonerou há 17 dias a diretora da DRCI, a delegada federal Sílvia Amélia, e ainda não nomeou ninguém para o lugar. (Metrópoles)
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