João Doria, governador de São Paulo, foi o grande vencedor da prévias do PSDB, concluídas finalmente no último sábado. Ele teve 53,99% dos votos, contra 44,66% do governador gaúcho Eduardo Leite e 1,35% do ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio. Agora pré-candidato de fato e de direito, Doria começou o trabalho de aparar arestas, mas já recebeu a primeira porta na cara. Convidado a integrar o comando da campanha do vencedor, Leite respondeu que não. “Imagino que o governador Doria busque alguém afinado com sua forma de pensar e fazer política, para além de uma visão meramente partidária”, disse o gaúcho. Paralelamente, ainda na noite de sábado Doria conversou com presidentes e líderes de outros partidos de centro pregando a união contra o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Adversário de Doria no campo da terceira via, o ex-ministro Sérgio Moro (Podemos) telefonou para o governador e o felicitou pela vitória. O paulista aproveitou para propor um encontro entre eles. (Folha)
Um dos alvos de Doria nessa busca por alianças é o MDB. Neste domingo, ele disse que vai manter a promessa de ter uma mulher como companheira de chapa e rasgou elogios à senadora Simone Tebet (MDB-MS), lançada pré-candidata pelo partido na semana passada. (Poder360)
Doria tentou sem sucesso fazer as pazes com Leite e busca atrair outros partidos, mas há gente no PSDB com quem ele não quer nem conversa. Mais especificamente o deputado Aécio Neves (MG) e o ex-governador paulista Geraldo Alckmin. Este está de malas prontas e deve migrar para o PSD, mas o parlamentar mineiro tem grande influência na ala bolsonarista dos tucanos na Câmara. Doria já defendeu mais de uma vez a expulsão de Aécio do partido. (Estadão)
Enquanto isso... As suspeitas de ataque hacker ao aplicativo de votação do PSDB foram reforçadas pela notícia de que houve no sábado ao menos 26 mil tentativas de acesso vindas do exterior. Como medida de segurança, a votação foi bloqueada para quem estava fora do país. (g1)
A filiação do presidente Jair Bolsonaro e de seu grupo político ao PL não envolve só alianças regionais. O presidente do partido, Valdemar Costa Neto, se comprometeu com a reeleição de Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da Câmara em 2023. A expectativa é que, mesmo que Bolsonaro não se reeleja, o PL, hoje quarta força na Casa e segundo maior partido do Centrão, forme uma bancada expressiva. O acordo envolveria ainda um nome do PL sucedendo Lira em 2025. (Folha)
Coluna do Estadão: “É grande a expectativa no mercado e no mundo político em relação à rodada de pesquisas programadas para este final de ano. Se Sérgio Moro confirmar o viés de alta, Jair Bolsonaro terá necessariamente que voltar a crescer, alertam governistas. Para eles, o pior cenário para o presidente seria terminar 2021 em quase empate técnico com Moro.” (Estadão)
Bernardo Mello Franco: “O capitão avisou: só vai aos debates em 2022 se os adversários aceitarem suas condições. ‘É para falar sobre o meu mandato. Até a minha vida particular, fique à vontade. Mas que não entre em coisas de família, de amigos, porque vai ser algo que não vai levar a lugar nenhum’, disse. Não existe debate sério com assuntos proibidos. Ao impor suas exigências, Bolsonaro busca um pretexto para se esconder dos oponentes.” (Globo)
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), marcou para a próxima quarta-feira a sabatina do ex-advogado-geral da União André Mendonça, indicado em julho por Jair Bolsonaro para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Alcolumbre também nomeou a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) relatora da indicação. Evangélica como Mendonça, ela promete um relatório sobre aspectos técnicos sem entrar em assuntos religiosos, apesar de Bolsonaro ter prometido a aliados a nomeação de um ministro “terrivelmente evangélico”. (CNN Brasil)
Divulgadas ontem, duas pesquisas de intenção de votos no segundo turno das eleições chilenas dão vantagem para o deputado esquerdista Gabriel Boric sobre o empresário de extrema-direita José Antonio Kast, mas com números divergentes. A Activa/Pulso Ciudadano traz Boric com 62%, contra 38% de Kast. Já na Black&White, a vantagem é de 52% a 48%, o que configura empate técnico. O segundo turno acontece no dia 19, e o voto no Chile não é obrigatório. (Poder360)
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