sexta-feira, 26 de junho de 2020

Desmatamento sob Bolsonaro afasta investidores

Brasil

A ineficiência apresentada pelo Governo Jair Bolsonaro no combate ao desmatamento da Amazônia já começa a apresentar seus primeiros efeitos e pode botar em risco o acordo entre a União Europeia e o Mercosul. A avaliação foi feita por cinco de seis fontes diplomáticas europeias consultadas pelo EL PAÍS. Um dos alertas mais contundentes de que o país pode começar a perder dinheiro foi dado nesta semana, quando fundos internacionais de investidores, que gerenciam ativos de cerca de 21 trilhões de reais, cobrou maior efetividade na área ambiental em uma carta aberta entregue em embaixadas do Brasil pela Europa, Ásia e América do Sul. No início de junho, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais constatou que entre agosto de 2018 e julho de 2019 foram desmatados 10.129 quilômetros quadrados de floresta —a área equivale a quase nove vezes o município do Rio de Janeiro. É o maior índice desde 2008. Em 2020, o desmatamento segue em alta.
Países que flexibilizaram a quarentena diante de uma queda no número de casos de covid-19 começaram a perceber um novo aumento de casos. Na Espanha, focos da doença voltaram a brotar por todo o país, sem um padrão claro de transmissão. O relatório desta quarta-feira do Ministério da Saúde mostrou o maior número de novos positivos em três semanas: 196. É um alerta para outros países da Europa. A situação na Itália continua sob controle, mas especialistas temem que o país tenha deixado para trás muito rapidamente o medo do coronavírus. O uso da máscara caiu vertiginosamente, e as medidas de distanciamento começam a parecer um velho protocolo.
No Brasil, onde a reabertura começou mesmo antes de uma queda nos casos, o número de infectados chegou a 1.228.114, com 54.971 óbitos. Em uma live, o presidente Jair Bolsonaro voltou a minimizar a gravidade da doença e a defender o relaxamento da quarentena para uma reabertura da economia. Também anunciou, sem dar muitos detalhes, que irá prorrogar o auxílio emergencial. "Vamos prorrogar por mais dois meses o auxílio emergencial, que vai partir para uma adequação. Serão com toda certeza 1.200 reais em três parcelas", disse.

Desmatamento sob Bolsonaro afasta investidores e afeta acordos bilaterais
Desmatamento sob Bolsonaro afasta investidores e afeta acordos bilaterais
Diplomatas afirmam que alerta feito por fundos internacionais deve ser levado em conta se Brasil quiser se aliar com Europa. Perda de área de floresta é recorde

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