O Brasil atingiu o total de 58.385 mortes causadas pela Covid-19. Foram 727 óbitos confirmados nas últimas 24 horas e 25.234 novos casos, elevando para 1.370.488 o total de pessoas contaminadas pelo coronavírus no país.
Os cinco estados com o maior número de casos, segundo o boletim divulgado pelo governo, são: São Paulo (275.145), Rio de Janeiro (111.883), Ceará (108.225), Pará (101.207) e Maranhão (78.969). Os cinco estados com o maior número de mortes são: São Paulo (14.398), Rio de Janeiro (9.848), Ceará (6.076), Pará (4.870) e Pernambuco (4.782).
Apenas os Estados Unidos têm mais casos e mortes. Lá, foram registrados 2.564.163 casos e 126.089 mortes. De acordo com o ranking divulgado pela Universidade Johns Hopkins, o Brasil segue na segunda colocação mundial tanto em número de casos quanto no número de mortos.
Pois é...Desde o seu lançamento, em janeiro, o Coronavirus Resource Center da Johns Hopkins passou a ser usado como referência. Mas atrás dos números, existe uma equipe que luta diariamente para capturar o escopo da pandemia e torná-la compreensível para o público e para as lideranças políticas. Eles sabem que o cenário é um esboço constante e que as contagens são "consistentemente inconsistentes". Os relatórios diferem de país para país, estado para estado e até de município para município. Se as autoridades falham em contextualizar o vírus com outros fatores, as comunidades mais atingidas podem passar despercebidas, explicou Lauren Gardner ao Wapo. A professora lidera o monitor desde o primeiro dia.
Em coletiva, Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, criticou as divisões políticas e ideológicas que atrapalham o combate à doença: “O pior ainda está por vir”.
Michael Ryan, diretor executivo da OMS: “Não há garantias de que haverá vacina, por isso há tantas candidatas”.
Por falar em vacina, mais de 140 estão sendo testadas pelo mundo. Uma das mais promissoras é a que está sendo desenvolvida no laboratório de Manguinhos, na Zona Norte do Rio, em parceria com a Universidade de Oxford. Se tudo der certo, a Fiocruz deverá começar a distribuir a vacina contra a Covid-19 em dezembro deste ano.
E foi identificado um subtipo de vírus da gripe em porcos que apresenta potencial para gerar uma nova pandemia. O grupo, liderado por Honglei Sun, da Universidade Agricultural da China, publicou uma descrição do vírus na revista científica "PNAS", da Academia Nacional de Ciências dos EUA. Eles dizem que a cepa tem "todas as características" de ser altamente adaptável para infectar seres humanos e precisa ser monitorada de perto.
Enquanto muitos países da Europa Ocidental e da Ásia conseguiram manter o vírus sob certo controle, outras regiões do mundo estão vendo agora a doença se espalhar numa velocidade acelerada. Veja onde os casos estão subindo e onde estão caindo.
E uma lista de 15 países foi definida ontem pela Comissão Europeia, que planeja uma lenta reabertura das fronteiras externas a partir de 1º de julho para um grupo pequeno. Mas essa é a teoria. A realidade é que o texto aprovado nada mais é do que uma recomendação que mantém o veto a mais de 150 países, incluindo Estados Unidos, Brasil, Rússia e Índia, e não garante a entrada das pessoas dos países selecionados.
Edmar Bacha, um dos pais do Real: “O Brasil tem bastante menos espaço fiscal do que os países que têm moeda-reserva. Com esse agravamento do quadro fiscal, estamos indo para uma relação dívida pública sobre PIB de 100%. Agora, se temos menos espaço fiscal, temos um pouquinho mais de espaço monetário. Vai depender muito da capacidade que temos de reestabelecer o ânimo empresarial e a disposição dos consumidores a gastar. Nos Estados Unidos, por causa das transferências, houve uma retomada muito forte, praticamente no nível anterior, do consumo das classes mais pobres. O consumo que está retraído é o consumo dos 25% mais ricos. O ideal seria a gente encontrar um espaço fiscal para fazer uma ampliação do Bolsa Família. Esse é um tema que está em discussão muito ampla, tem propostas pipocando para todo lado, algumas mais fantasiosas, outras mais realistas. Há uma coisa emergencial, que é o prolongamento do auxílio, dado que o vírus não se abateu no período que estávamos com esperança que se abatesse. A outra questão é como será o formato mais ou menos prolongado desse processo. Podemos fazer desta crise uma oportunidade para uma discussão séria sobre distribuição de renda no País.” (Estadão)
Nenhum comentário:
Postar um comentário