Na avaliação do Planalto, os protestos pró-democracia e contra o governo ainda não ganharam volume mas podem dar visibilidade à ideia de uma frente ampla. A estratégia governista será de inviabilizar um caminho de oposição pelo centro, que aglutine grupos demais, forçando a polarização com o PT. O presidente Jair Bolsonaro deve aumentar o tom contra o partido de Lula e ignorar outras críticas, na esperança de que não ganhem tamanho. (Folha)
O governador cearense Camilo Santana participou, ontem, do Roda Viva. Ele é uma das vozes dentro do PT favoráveis à união com as outras forças políticas. “Acredito que o ex-presidente Lula está equivocado nessa postura”, afirmou Camilo, a respeito da decisão da cúpula petista de não assinar qualquer manifesto. “A gente tem que deixar de pensar no passado, todos aqueles que acreditam na democracia, que está em risco no Brasil, têm que se unir.” Assista.
O governo se move para apaziguar o escritor Olavo de Carvalho, que no sábado atacou o presidente Jair Bolsonaro por querer dinheiro para a indenização de R$ 2,8 milhões que a Justiça o condenou a pagar por difamação ao músico Caetano Veloso. O olavista mais próximo do presidente, Filipe Martins, foi promovido a assessor-chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais. Antes ele era assessor-adjunto. Martins é percebido, no Planalto, como um dos principais integrantes do chamado gabinete do ódio, grupo de assessores ligados ao vereador Carlos Bolsonaro que promove ataques e desinformação pelas redes sociais. (Estadão)
Pois é... Mas nada jamais é tão simples em relação às intempéries do guru do bolsonarismo. Autorizado pelo presidente a promover uma vaquinha entre empresários para acudir Olavo, Luciano Hang da Havan está ouvindo muitos nãos, informa o Painel. Flávio Rocha da Riachuelo, Sebastião Bomfim da Centauro, Edgard Corona da SmartFit, todos leais bolsonaristas, não estão participando. O escritor chamou Hang de ‘palhaço’ que se veste de Zé Carioca, aludindo a seu terno verde. (Folha)
O Tribunal Superior Eleitoral julga hoje duas ações contra a chapa Bolsonaro-Mourão, vencedora da última eleição presidencial. Ambas tratam do mesmo caso: hackers teriam invadido a página Mulheres Unidas contra Bolsonaro, que tinha 2,7 milhões de participantes no Facebook, e mudaram seu título para Mulheres com Bolsonaro. Posteriormente, o atual presidente divulgou no Twitter como se fosse apoio real. Por falta de provas que liguem a campanha ao hack, o caso deve ser arquivado. O tribunal está limpando a agenda para encarar à frente um possível caso de cassação baseado no uso de fake news para promover o candidato que, neste caso, pode ir à frente. (Globo)
O Exército Brasileiro fechará parceria com a SIG Sauer, fabricante americana de armas, para fabricá-las no Brasil. A iniciativa vem em paralelo com pressão do filho presidencial Zero Três, um entusiasta da marca e percebido, no mercado, como seu garoto propaganda. Eduardo Bolsonaro visitou há duas semanas o general Alexandre Porto, diretor de Fiscalização de Produtos Controlados, de quem dependia a permissão. Os modelos serão fabricados pela Indústria de Materiais Bélicos do Brasil, Imbel, estatal ligada ao Comando do Exército. (Folha)
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