segunda-feira, 22 de junho de 2020

Brasil vê sinais de estabilização do contágio do coronavírus

Brasil

O Brasil superou a marca de 50.000 mortes pelo novo coronavírus no domingo, com sinais de estabilização do contágio em quase todos os Estados e temor em meio à ampliação no relaxamento precoce das quarentenas pelos governos locais. Das 27 unidades federativas, apenas Espírito Santo e Paraíba mantêm uma tendência de curva ascendente, segundo analisa o mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. A conclusão vem do acompanhamento de novos casos e novos óbitos registrados a cada semana epidemiológica ―um parâmetro internacional adotado na vigilância de doenças contagiosas―, até o dia 13 de junho. Trata-se de uma foto do momento. No entanto, há um receio, de que o cenário pode mudar nas próximas semanas, diante das quarentenas ioiô adotadas por várias capitais, confirme revela reportagem de Beatriz Jucá que abre esta edição. Enquanto isso, a Suécia —país visto como parâmetro para o Governo Bolsonaro— amarga os resultados de sua aposta em não adotar medidas de isolamento social, como parte da estratégia de imunização de rebanho. Enquanto a maioria da Europa já está em diferentes fases de reabertura, o país escandinavo ainda não sabe ao certo se a famosa curva da epidemia começou a cair. De acordo com o Centro Europeu de Controle de Doenças (ECDC), a Suécia tem a segunda maior taxa de casos positivos por 100.000 habitantes (550,3).
Nos Estados Unidos, as expectativas cercavam o retorno do presidente Donald Trump à estrada, no que seria o primeiro ato da campanha depois da irrupção da pandemia de coronavírus. Sua equipe havia previsto multidões para seu primeiro comício em Tulsa, Oklahoma, e até decidiu montar um palco diante do local para que aqueles que ficassem do lado de fora pudessem ao menos ver seu herói. Mas a noite de sábado, pelo menos em termos de comparecimento, foi um autêntico fiasco. E centenas de usuários adolescentes da rede social TikTok e fãs de K-pop, o pop coreano que atrai multidões na Internet, reivindicaram parte da responsabilidade, conforme explica o correspondente em Washington Pablo Guimón.
E ainda nesta edição, um olhar sobre a última obra de Bob Dylan, que aos 79 anos chegou à última etapa de sua vida com a força e a lucidez necessárias para oferecer uma nova e importante revisão sobre si mesmo e os Estados Unidos. "Rough and Rowdy Ways, seu primeiro disco com canções inéditas em oito anos, é um álbum duplo que, além de conter a composição mais longa de sua carreira (Murder Most Foul) e outro bom punhado de estampas impressionistas sob os preceitos da música que definiu, surge como uma espécie de testamento pessoal", analisa Fernando Navarro.

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