As ruas de Paris foram tomadas por vinte mil pessoas que desafiaram a quarentena para trazer à França os protestos antirracismo que já inflamam as ruas americanas. Tomando emprestado slogans dos EUA como Vidas Negras Importam e Não consigo respirar, questionaram a morte em 2016 de Adama Traoré, um homem negro de 24 anos que estava sob custódia policial quando perdeu a vida. (Guardian)
Nos EUA, a tensão ainda é crescente. Toques de recolher à noite foram impostos em cidades como Nova York e Minneapolis, mas vêm sendo desafiados por manifestantes. Há confrontos com a polícia por todo o país. O presidente Donald Trump ameaça utilizar tropas federais, por considerar que as polícias não estão agindo com a força necessária. (Washington Post)
Um paralelo entre os protestos nos Estados Unidos pela morte de George Floyd e os assassinatos de jovens negros no Brasil foi traçado pelo professor-adjunto do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal de Minas Gerais (DCP/UFMG) Cristiano Rodrigues. “Os movimentos negros no Brasil e nos Estados Unidos são muito diferentes. Nos Estados Unidos, a população negra é da ordem de 15%, e quando houve a Guerra da Secessão, que tem muito a ver com o fim do sistema de escravidão, logo depois no Sul dos Estados Unidos, foram criadas as Leis de Jim Crow, que promoveram várias formas de segregação – espacial, no transporte público, nas escolas. A partir do fim da escravidão, nós não tivemos sistema legal de segregação semelhante ao que ocorreu nos Estados Unidos. Esse sistema legal de segregação lá, de certa forma, permitiu que os negros avançassem do ponto de vista da consciência racial de maneira distinta da brasileira. Era perceptível que os limites de acesso político, econômico e social dos negros nos EUA eram em decorrência da cor da pele.” (Estado de Minas)
Uma lista de 11 coisas que você pode fazer para ajudar a acabar com a violência policial contra as vidas negras. Uma delas é escutar. Combater o desejo humano de responder às críticas sociais de alguém na defensiva. Às vezes, quando ouvimos alguém explicando por que algo os afeta negativamente, nos sentimos compelidos a informar que nossa vida também é difícil. Ou optamos por focar apenas na parte de sua análise que poderia ser uma afirmação negativa sobre nós mesmos. É fundamental ouvir grupos como o Black Lives Matter em vez de apenas ouvir seletivamente as partes que desejamos contestar. Mais dez coisas. (Teen Vogue)
15 grupos nos EUA para apoiar manifestantes e vidas negras. (Buzzfeed)
19 imagens fortes dos protestos que mostram como vidas negras importam. (Buzzfeed) |
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