O número global de mortes pelo novo coronavírus ultrapassa meio milhão. Já são mais de 10 milhões de casos confirmados e mais de um quarto das mortes ocorreu nos Estados Unidos. O Brasil registrou 555 novas mortes pela Covid-19 neste domingo, e 29.313 novos casos da doença. Com isso, o país atinge a marca de 57.658 óbitos e 1.345.254 registros da infecção.
Também neste domingo, a OMS anunciou um novo recorde de novos casos, considerando os dados de todo o mundo:189.077 infecções pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, sendo que "vários países reportaram seus maiores números de novos casos em um período de 24 horas", de acordo com a OMS. É provável que o verdadeiro número de mortes e de casos seja muito mais alto, em decorrência de diferentes definições, níveis de testagens e da suspeita de subnotificação. A Johns Hopkins compila dados a partir de fontes oficiais de governos.
Sobre as vacinas, o Grupo Nacional Biotec da China (CNBG), que desenvolve uma das candidatas contra o coronavírus, disse ontem que os primeiros resultados dos ensaios clínicos sugerem que a imunização seja segura e eficaz. Relatório publicado no site da OMS com dados de quarta-feira (24) mostra que estão em desenvolvimento 141 candidatas a vacina contra o vírus SARS-Cov-2, causador da Covid-19, sendo que 16 delas estão na fase clínica, ou seja, sendo testadas em humanos.
Otimista, mas cautelosa, Nísia Trindade Lima, presidente da Fiocruz, comemora a futura produção de vacinas contra a Covid-19 que estão sendo desenvolvidas pela Universidade de Oxford na Bio-Manguinhos, laboratório da instituição. Trata-se de um investimento de R$ 693,4 milhões, e não há garantias de que o produto será eficaz. Em entrevista ao Globo, ela indica a necessidade de investimento no sistema de saúde público e adverte que a população não deve esperar pelos milagres de uma vacina. Como os resultados dos ensaios clínicos não serão conhecidos antes de outubro, as medidas de proteção contra a pandemia, como a higienização e o uso de máscaras, não devem ser abandonadas.
Nísia Trindade Lima: “O coronavírus nos fez ver como é hora de fortalecer esse sistema. O SUS precisa ser financiado e valorizado e, para isso, estamos trabalhando com secretarias municipais e estaduais, além do próprio Ministério da Saúde. A pandemia é um problema de característica tripartite”.
Por falar em SUS, Adriano Massuda, ex-secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, está preocupado com o volume de ocupação de cargos técnicos por militares e por indicações políticas sem qualificação necessária. “Nem o pior ministro da Saúde fez o que está acontecendo agora”. Em entrevista ao El País, o professor da Fundação Getúlio Vargas e pesquisador-visitante na Escola de Saúde Pública de Harvard, afirma que "só não estamos em situação pior justamente porque nós temos o SUS" e porque o Brasil tem uma tradição em programas de saúde pública. “Mas é justamente essa tradição de saúde pública que está sendo ameaçada com a profusão de militares e profissionais sem experiência instalados em cargos-chave na atual configuração do Ministério da Saúde”.
Pois é... com o número de vítimas do novo coronavírus no País só uma parcela da verba disponível tem sido usada pelo Ministério da Saúde para enfrentar a doença. Segundo o Painel do Orçamento Federal, elaborado com base nos dados mais recentes do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento, de 22 de junho, a pasta só gastou até agora R$ 11,5 bilhões dos R$ 39,3 bilhões liberados pelo governo – 29,3% do total. Outros R$ 2,1 bilhões (5,3%) já estão comprometidos com o pagamento de contas, mas ainda não saíram do caixa.
Pela primeira vez na história, o Congresso Nacional, em Brasília, foi iluminado com as cores do arco-íris, que representa a diversidade e a luta contra o preconceito, em uma homenagem ao Dia do Orgulho LGBTI. A projeção ocorreu por cerca de 15 minutos, por volta das 20h. No Twitter, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, também comentou o ato.
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