O empresário Luciano Hang chegou para depor na CPI da Pandemia nesta quarta-feira preparado para um espetáculo. Levou placas em defesa da “liberdade de expressão” e, antes mesmo de a sessão começar, disse à imprensa esperar que os senadores o deixassem falar. Com o roteiro pronto, destacou não precisar de habeas corpus, porque a verdade estaria ao seu lado, mas recusou jurar dizer somente a verdade aos senadores. O empresário bolsonarista, que durante a sessão chegou a relevar suas ligações com o presidente, foi convocado sob a suspeita de integrar o chamado gabinete paralelo que aconselharia Jair Bolsonaro a despeito do que diz a ciência sobre a pandemia. Para além do espetáculo proporcionado por Hang, sessão desta quarta confirmou que a Prevent Senior, que protagoniza o maior escândalo da CPI atualmente, errou ao não registrar covid-19 como causa da morte da mãe do empresário conta Beatriz Jucá. Na Venezuela, a crise avança e os números assustam cada vez mais. A nova Pesquisa de Condições de Vida, apresentada na terça-feira pela Universidade Católica Andrés Bello, revela o agravamento da pobreza no país no último ano. O fenômeno está relacionado à crise de abastecimento de combustível e a redução da mobilidade no país, detalha Florantonia Singer. Como efeito de mais um componente que dissolve empregos e aumenta a crise socioeconômica, a pesquisa revela que 94,5% dos habitantes são pobres e 76,6% estão abaixo da linha de pobreza extrema. Nem mesmo o apoio energético do Irã, que enviou combustível ao país caribenho durante a pandemia, deu conta de evitar a escassez. Também nesta edição, Marcelo Oliveira revira em reportagem especial as histórias do Centro de Operações de Defesa Interna, mais conhecido como DOI-CODI do II Exército, onde foram mortas ou desapareceram 70 pessoas entre 1969 e 1976, segundo o relatório da Comissão Nacional da Verdade. Nesse local, um símbolo dos anos de repressão da ditadura militar, outras centenas foram torturadas com requintes de crueldade por uma força tarefa que incluiu militares e policiais, tudo em nome da luta ao comunismo. Para não esquecer esse passado, uma batalha avança em São Paulo para fazer do antigo endereço da tortura um espaço de dignidade para as vítimas. “É impressionante. Para um geólogo, é algo histórico”, constata o geólogo marinho Juan Tomás Vásquez perante a chegada da lava do vulcão Cumbre Vieja ao oceano. Dias após o fenômeno natural devastar a ilha espanhola de La Palma, agora especialistas e autoridades locais acompanham a formação de um imenso delta de sedimentos, que já se espalham por entre cinco e 10 hectares marinhos. Enquanto o magma desliza pelas bordas da ilha, o Governo local, em parceria com o poder central na Espanha, corre contra o tempo para mitigar a crise causada pela erupção. | |||||
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