A ressaca das manifestações bolsonaristas de Sete de Setembro segue reverberando pela política brasileira. Nesta quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro publicou uma nota em que baixou o tom dos discursos golpistas recentes e atribuiu ao "calor do momento" as falas antidemocráticas nas quais pregou o desrespeito às ordens do Supremo Tribunal Federal. Após as declarações insuflarem líderes caminhoneiros a paralisarem estradas por todo o Brasil, e depois da forte reação do mercado e dos duros discursos de líderes do Judiciário e do Legislativo, Bolsonaro recuou, mas não sem desagradar sua base mais fiel. Entre militantes que seguiam acampados na Esplanada dos Ministérios, nos grupos de WhatsApp bolsonaristas e nas redes de influenciadores da direita, o clima era de incredulidade. As reações sentenciavam uma possível ruptura dentro da base extremista, como mostra reportagem de Afonso Benites, de Brasília. Da Cidade do México, o repórter Francisco Manetto explica como um dos líderes da categoria, o blogueiro e caminhoneiro Zé Trovão, seguia foragido, contando com o apoio da extrema direita mexicana. Se por um lado a tropa bolsonarista não gostou da postura de seu líder, que contou com o apoio do ex-presidente Michel Temer para redigir a nota botando panos quentes na crise, o efeito no mercado foi imediato. O dólar caiu e a bolsa subiu. "Ao fim e ao cabo, o mandatário ficou sem saída. Ou assinava o divórcio com eleitores, ou sua sentença pelo impeachment. Optou pelo primeiro confiando que colherá melhores frutos nos próximos dias", escreve Carla Jiménez. Já nos Estados Unidos, o presidente Joe Biden deu um recado aos cidadãos que ainda não se vacinaram contra a covid-19, assinando uma ordem executiva que exige a imunização de funcionários públicos e empreiteiros que fazem negócios com o Governo. "Não é uma questão de liberdade ou escolha pessoal. Significa se proteger e proteger as pessoas ao seu redor”, disse o mandatário, que também comunicou que sua paciência com os que rejeitam o imunizante "está se esgotando". A decisão, que deve afetar 100 milhões de pessoas, é mais uma tentativa de aumentar a adesão à campanha vacinal em meio a crescentes surtos causados pela variante delta, que também já afeta a economia. Segundo a Casa Branca, as pessoas atingidas pela ordem executiva terão 75 dias para se vacinar e, caso se recusem, sofrerão “ações disciplinares progressivas”, como explica a correspondente Antonia Laborde, de Washington. Ainda nos EUA, mas na bolha dos famosos: Hollywood. É de lá que saiu uma das histórias mais estranhas do cinema, com A ilha do doutor Moreau, estrelando o astro Marlon Brando. Além de um cronograma de produção que foi de seis semanas para seis meses, o filme teve troca de direção, um conflito entre a estrela de O Poderoso Chefão e Val Kilmer, além de denúncias de abusos psicológicos e uma série de posicionamentos controversos sobre temas como bruxaria e ocultismo. Para críticos, no entanto, a icônica obra segue fascinando justamente por isso: "É esquisita demais e memorável demais para ser descartada como lixo”, relatam. | ||||||||||
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