sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Inquérito cita Carlos Bolsonaro como 'chefe de organização criminosa'

 Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro pelo Republicanos e filho “Zero Dois” do presidente da República, é apontado como “chefe de organização criminosa” nos depoimentos e documentos entregues ao juiz Marcello Rubioli, da 1ª Vara Criminal Especializada do TJ-RJ. Carlos é investigado por empregar funcionários fantasmas e por promover “rachadinhas”, uma prática ilegal em que parte dos salários dos assessores é repassada ao parlamentar. O Tribunal de Justiça do Rio quebrou os sigilos telefônicos e de dados de pelo menos 11 ex-funcionários do vereador.  (UOL)

Segundo Lauro Jardim, o Ministério Público do Rio identificou que a mãe de uma então funcionária de Carlos ia mensalmente ao gabinete do vereador. A suspeita é que ela entregasse parte ou todo o salário da filha, que trabalhava como babá. A mãe acabou contratada também. (Globo)

Então... De acordo com o MPRJ, quem operava o esquema de rachadinhas e tinha parentes entre os espectros nos gabinetes dos enteados era Ana Cristina Valle, segunda ex-mulher de Jair Bolsonaro. O MP recebeu dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontando movimentações suspeitas nas contas dela. São depósitos vultuosos em dinheiro vivo, que os procuradores interpretam como indícios de lavagem de dinheiro. (CNN Brasil)




A vida não está fácil para os rebentos presidenciais. Entre as pouquíssimas informações que forneceu à CPI da Pandemia, o diretor da Precisa Medicamentos, Danilo Trento, admitiu ter se reunido com parlamentares brasileiros em Las Vegas, sem revelar quem seriam. Pois é. O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), filho Zero Um do presidente da República, esteve em Las Vegas no mesmo período, mas nega ter se reunido com Trento. Disse que estava em missão oficial na cidade dos cassinos, missão essa que custou R$ 6,5 mil ao Senado só em passagens. (Metrópoles)

Como se tornou comum acontecer quando o governo se vê emparedado, a sessão da CPI desandou para um bate-boca. Quando o relator Renan Calheiros (MDB-AL) falou da maior percepção de corrupção no governo apontada por pesquisas, Jorginho Mello (PL-SC) reagiu, dando início a uma “troca de elogios” do gênero “vagabundo” e “puxa-saco”. Renan chegou a se levantar e ser contido por colegas, no mais próximo que a CPI chegou de pugilato. Enquanto isso, Danilo Trento seguia sem responder às perguntas dos senadores. (G1)

Enquanto isso... A CPI avalia que as denúncias contra o plano de saúde Prevent Senior trazem de volta o “gabinete paralelo” e, por conseguinte, o núcleo do governo para o centro das investigações. De posse de um dossiê que aponta experiências com cobaias humanas e ocultação de mortes, a CPI estuda estender seus trabalhos até o fim de outubro. Médicos que fizeram a denúncia e o empresário bolsonarista Luciano Hang, cuja morte da mãe por covid-19 teria sido ocultada, foram convocados a depor. (Folha)

Com base nas denúncias surgidas na CPI, o MP de São Paulo criou uma força-tarefa para investigar a Prevent Senior. (Estadão)




Ao contrário de outros líderes tucanos, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pretende participar dos atos convocados contra o presidente Jair Bolsonaro, mesmo que encabeçados pelo PT. “Não importa quem convoque. Havendo uma convocação que seja possível de participar, dizer o que pensa é bom”, diz FHC. Ele defende uma frente ampla de forças políticas que tenham como denominador comum a defesa da democracia. “O PT não é intrinsicamente contra a democracia. Nunca foi”, diz o ex-presidente, que enfrentou oposição cerrada do partido em seus oito anos no Planalto. (Globo)

Coluna do Estadão: “As críticas a Bruna Brelaz, presidente da UNE, ilustram à perfeição as dificuldades pela esquerda na formação da tal ‘frente ampla’ contra Jair Bolsonaro. Desde que passou a manter agendas públicas com líderes do centro ou adversários de Lula, ela virou alvo. Nesta semana, Bruna Brelaz esteve com FHC (PSDB). Ainda em setembro, com Ciro Gomes (PDT) e, no último dia 12, subiu no caminhão de som do MBL em ato contra Bolsonaro na Paulista. À Coluna, ela disse ter a ‘consciência tranquila’.” (Estadão)

Então... Quando se fala em frente ampla e terceira via, um dos nomes parece estar costeando o alambrado. Segundo Bela Megale, o ex-ministro Sérgio Moro, frequentemente citado na disputa pela Presidência, estaria cogitando sair candidato a senador no Paraná ou em São Paulo, possivelmente pelo Podemos. Ele deve se decidir até outubro, quando termina seu contrato com a consultoria americana Alvarez & Marsal. (Globo)




A comissão especial da Câmara que avalia a reforma administrativa aprovou, por 28 votos a 18, o texto-base do relator Arthur Maia (DEM-BA). Entre outras mudanças, a reforma propõe a demissão por baixo desempenho (decidida por um colegiado), a redução em até 25% de jornada e salários dos servidores em situações de crise e o corte de “penduricalhos” nos salários do funcionalismo. O Judiciário ficou de fora das mudanças. (Estadão)




Meio em vídeo. Quando um presidente brasileiro vai à ONU dizer, em 2021, que venceu o comunismo, a gente pode tratar como piada. Como mico. Só que um quarto dos brasileiros de alguma forma compra essa história — então é piada, mas é também sério. Uma realidade paralela, talvez, mas que precisa ser compreendida. Que comunismo é esse? Entenda no Ponto de Partida. (YouTube)




Daniel Foote, enviado do governo americano ao Haiti, renunciou ao cargo após classificar como “desumana e contraproducente” a decisão de Washington de deportar milhares de haitianos que entraram nos EUA pela fronteira com o México. Foote relatou na carta de renúncia a situação de caos no país caribenho e afirmou: “Mais refugiados vão aumentar ainda mais o desespero e o crime”. (G1)




No próximo domingo os alemães vão às urnas encerrar o longo domínio de Angela Merkel sobre a política germânica e europeia. E os prognósticos são confusos. Segundo pesquisa da YouGov, o Partido Social-Democrata, de oposição, deve vencer as eleições, com 25% dos votos. A coalizão de centro-direita de Merkel (União Democrata Cristã e União Social Cristã) teria 21%, seguida pelo Partido Verde, com 14%, e o ultradireitista Alternativa para a Alemanha, com 12%. Mesmo vencendo, os social-democratas podem não conseguir formar maioria sem algum apoio da direita. (Poder360)

Nenhum comentário:

Postar um comentário