terça-feira, 21 de setembro de 2021

Empresa chinesa falimentar dispara medo de crise global

  O mercado financeiro global iniciou a semana em estado de alerta. O medo é de que a incorporadora chinesa Evergrande possa ser a próxima Lehman Brothers, banco americano que quebrou em 2008 e desencadeou uma das maiores crises financeiras da história. A empresa, segunda maior do setor na China, acumula mais de US$ 300 bilhões em dívidas e corre risco de falir se não pagar o valor do acordo até esta quinta-feira. O temor de um possível calote abalou as bolsas de valores nesta segunda — se a companhia falir pode disparar instabilidade econômica e social em todo o mundo. Na Europa, todos os índices fecharam em vermelho, enquanto em Wall Street, nos Estados Unidos, Dow Jones e S&P 500 fecharam em forte queda, com perdas de -1,78% e -1,70%, respectivamente. No Brasil, o Ibovespa desabou 2,33% e atingiu o nível mais baixo do ano, a 108.843,74 pontos. Já o dólar fechou em alta de 0,93%, subindo para R$ 5,33. Enquanto as bolsas de valores permanecem fechadas na China, Japão e Coreia do Sul por conta do feriado, as ações da Evergrande caíram 10% ontem em Hong Kong. Por parte da China, há poucas chances de que exista um plano liderado pelo Estado para resolver a crise. O governo tem imposto novas diretrizes monetárias e reguladoras para frear a especulação imobiliária no país, o que afetou diretamente os negócios da Evergrande. Embora o caso tenha sido comparado à crise de 2008, alguns analistas não veem maiores semelhanças com o episódio. Entenda. (Seu Dinheiro)

Fundada em 1996, a subsidiária do Evergrande Group cresceu vertiginosamente. Com a ascensão, vieram os gigantescos projetos urbanos na China e grandes investimentos por parte da companhia, responsável por mais de 1,3 mil projetos imobiliários em 280 cidades. A empresa também é dona do Guanzhou, maior clube de futebol chinês. Conheça cinco fatos sobre a Evergrande. (CNN Brasil)

Por aqui, uma turbulência no mercado internacional poderia afetar os países emergentes mais vulneráveis ou com problemas fiscais, como é o caso do Brasil. Contudo, o economista e professor da Universidade de Nova York, no campus de Xangai, Rodrigo Zeidan avalia como improvável que a crise transborde as fronteiras chinesas. “Não há como a quebra da Evergrande gerar colapso do sistema financeiro global, por uma razão simples: a China não tem sistema financeiro integrado com o do mundo e o yuan nem é conversível”, explicou. (UOL)

James Kynge, editor global de China no Financial Times: “O governo decidiu fazer da Evergrande um exemplo, a fim de deixar claro para outros incorporadores de imóveis que estava falando sério sobre as ‘três linhas vermelhas’ que decretou no ano passado a fim de reduzir os níveis de dívida no setor e conter o excesso crônico de oferta no segmento de imóveis residenciais.” (Folha)

Entenda a pressão do governo chinês nos setores financeiro, educacional e de tecnologia; e agora, em multinacionais. (Estadão)

Nesta manhã, as ações europeias se recuperaram após o péssimo início de semana. Mas somente com a reabertura do mercado chinês na quarta, após o feriado, será possível ter a dimensão do efeito Evergrande a partir da Ásia. (Investing)




Daqui a pouco, às 10h, horário de Brasília, o presidente Jair Bolsonaro vai fazer um discurso presencial abrindo a 76ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Pressionado por temas desconfortáveis, como meio ambiente, combate à covid-19 e direitos humanos, Bolsonaro avalia, segundo fontes, desanuviar o ambiente anunciando a doação de vacinas a países vizinhos. (Globo)

A véspera do discurso foi um dia de situações inusitadas. Em seu mais importante encontro bilateral até o momento na viagem, Bolsonaro esteve com o premiê inglês Boris Johnson. Falando aos jornalistas, BoJo recomendou que todos se vacinassem, agradeceu à AstraZeneca — vacina britânica — e disse ter tomado duas doses. Visivelmente sem graça, Bolsonaro respondeu que não se vacinou. O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, não titubeou. Afirmou que, sem se vacinar, o brasileiro nem deveria ter ido à cidade. (CNN Brasil)

Aliás... Como a lei novaiorquina proíbe a entrada de pessoas não vacinadas em restaurantes, uma churrascaria brasileira fez um ‘puxadinho’ na calçada para que Bolsonaro e sua comitiva comessem picanha. Bem passada. (BBC Brasil)

Ancelmo Gois: “Bancado pelo meu, seu, nosso dinheiro, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que está em Nova York na comitiva do pai, foi às compras. Foi vaiado (veja o vídeo), além de chamado de ‘vergonha brasileira’, na Apple Store da Quinta Avenida, uma das lojas mais famosas do mundo.” (Globo)

E para terminar a noite, o ministro da Saúde perdeu a linha diante de manifestantes contra o governo. (Poder360)




O senador Renan Calheiros (MDB-AP) adiou a entrega de seu relatório na CPI da Pandemia, previsto para o final desta semana. Ele quer aguardar o resultado de uma operação de busca e apreensão na Precisa Medicamentos, intermediária na venda suspeita da vacina indiana Covaxin para o Ministério da Saúde. Renan já adiantou que vai pedir o indiciamento de Jair Bolsonaro por prevaricação e apontar crimes de responsabilidade que o presidente teria cometido. (Globo)

Enquanto isso, o caso do plano de saúde Prevent Senior, que realizou um estudo para testar hidrocloroquina em idosos sem conhecimento dos pacientes e suas famílias, vai ficando pior. Os mortos ocultados pela empresa começam a ter nomes. Um deles, identificado como “paciente 192” nas planilhas, era o sapateiro português Rogério Antonio Ventura, que morreu em abril de 2020, aos 83 anos. Segundo os documentos, ele foi incluído à revelia no “estudo” e recebeu cloroquina mesmo sendo cardíaco e não tendo recebido diagnóstico de covid-19. A Prevent Senior nega e diz que a aplicação do medicamento era responsabilidade dos médicos. (G1)

Mônica Bergamo: “O Sindicato dos Médicos do Estado de SP afirma que recebeu denúncias informando que a Prevent Senior está coagindo médicos a assinarem documento no qual atestam que receitaram o ‘kit Covid’ (medicamentos sem eficácia comprovada contra o novo coronavírus) a pacientes por espontânea vontade.” (Folha)




O governador de São Paulo, João Doria, registrou ontem sua candidatura às prévias do PSDB para a escolha de um postulante à presidência em 2022. Em seu discurso, Doria centrou fogo nas administrações do PT, dando a entender que pretende atrair eleitores do presidente Jair Bolsonaro, que não foi mencionado em sua fala. Ainda no campo da terceira via, DEM e PSL estão correndo contra o relógio para formalizar sua fusão até outubro. As legendas estimam que o TSE levará até quatro meses para homologar a decisão e querem tudo resolvido até fevereiro para atraírem parlamentares de outros partidos. (Poder360)




Meio em vídeo. Quando alguém com mais de meio milhão de seguidores retuita uma ameaça de agressão bárbara a uma parlamentar, a gente tem um problema. Existe um pedaço da esquerda que naturalizou lançar contra a deputada Tabata Amaral agressões da pior espécie. Não pode continuar assim. Entenda no Ponto de Partida. (YouTube)




Coluna do Estadão: “Organizadores dos atos de 12 de setembro contra Bolsonaro ao lado de MBL e Vem Pra Rua, o Livres decidiu aderir ao protesto de 2 de outubro, chamado por PT e outros grupos de esquerda. Membros do movimento usaram aplicativo interno de votação para informar à direção sua opinião: 67% disseram sim ao protesto do dia 2. Foi na mesma ferramenta que integrantes do Livres decidiram apoiar o impeachment de Bolsonaro: 96% a 4%.” (Estadão)




Justin Trudeau foi confirmado durante a madrugada como premiê canadense, após a vitória de seu Partido Liberal contra os conservadores. São 157 assentos no Parlamento contra 122 dos principais adversários. É a terceira vitória consecutiva do partido. (CNN)

Nenhum comentário:

Postar um comentário