O plano de saúde Prevent Senior orientou seus médicos a mudarem nos prontuários os diagnósticos de pacientes com covid-19 para outras doenças, admitiu o diretor-executivo da empresa, Pedro Benedito Batista Junior, em depoimento na CPI da Pandemia. Os senadores disseram haver crime na prática e passaram o executivo de depoente a investigado. Um dossiê elaborado por profissionais de saúde acusa a Pevent Senior de ter testado tratamentos ineficazes contra covid-19 sem o conhecimento de pacientes e de ter ocultado o número de mortes registradas no “estudo”. Os médicos diziam ainda que eram coagidos pela empresa a prescrever o “kit covid”, um conjunto de medicamentos ineficazes. Batista nega a ocultação de mortes e acusa os médicos de distorcer dados de planilhas para prejudicar a operadora. (G1)
O MP de São Paulo vai usar dados da CPI para investigações criminais contra a Prevent Senior. (CNN Brasil)
Duas supostas ocultações de mortes por covid-19 deram o que falar por conta da identidade das vítimas. Um foi o pediatra e toxicologista Anthony Wong, um dos mais enfáticos negacionistas nas redes bolsonaristas, que morreu em janeiro, aos 73 anos. Ele testou positivo ao dar entrada num hospital da Prevent Senior e autorizou o uso do “kit covid”. O outro foi de Regina Hang, mãe do empresário bolsonarista Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan. Ela morreu em fevereiro, aos 82 anos. Seu prontuário dizia que ela vinha usando medicamentos como hidroxicloroquina antes da internação e continuou a receber o “kit covid”. Três dias depois da morte da mãe, porém, Hang publicou um vídeo no Instagram dizendo que não deu a ela nenhum “medicamento de prevenção” até “ser diagnosticada com covid-19”. Em nenhuma das declarações de óbito consta a doença. (CNN Brasil)
Hang negou ter ocultado a causa da morte da mãe e defendeu a Prevent Senior. (UOL)
Em quarentena num hotel em Nova York após testar positivo para covid-19, o ministro da Saúde, responsável pelo combate à covid-19 e pelo Programa Nacional de Imunização (PNI), publicou num story do Instagram uma mensagem antivacina. A publicação, depois apagada, ironizava o fato de Queiroga ter contraído a doença mesmo vacinado e usando máscaras, ao contrário do presidente Jair Bolsonaro. (Poder360)
Bolsonaro, aliás, está em isolamento no Palácio da Alvorada e fará um teste de covid-19 dentro de cinco dias. Segundo a Secretaria de Comunicação da Presidência, ele não apresenta sintomas da doença. (UOL)
Durante o périplo presidencial em Nova York, Queiroga não teve contato somente com Bolsonaro. Ele participou do encontro com o premiê britânico Boris Johnson - cuja mão apertou, violando protocolos de distanciamento – e esteve com diplomatas, investidores e pesquisados. (Globo)
Aliás... A quarentena de duas semanas de Queiroga em Nova York vai custar pelo menos R$ 30 mil aos cofres públicos só em diárias. Ele está no hotel Intercontinental Barclay, cuja acomodação mais barata para esse período sai por US$ 5.735, fora taxas diversas e alimentação. (Folha)
Se as eleições presidenciais de 2022 fossem hoje, o ex-presidente Lula (PT) poderia vencer ainda no primeiro turno, segundo pesquisa do Idec, formado por ex-executivos do Ibope. Foram analisados dois cenários. No primeiro, com cinco candidatos, Lula teria 48%; Jair Bolsonaro (sem partido), 23%; Ciro Gomes (PDT), 8%; João Doria (PSDB) e Luiz Henrique Mandetta (DEM), 3% cada. Lula tem 11 pontos a mais que a soma dos adversários, o que garantiria a vitória na primeira votação. No segundo cenário, foram incluídos Sergio Moro (sem partido), com 5%; Datena (PSL), 3%; e os senadores Rodrigo Pacheco (DEM-MG), 1%, e Simone Tebet (MDB-MS) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE), sem pontuação. Lula teria cinco pontos a mais que a soma, mas essa vantagem está na margem de erro de 3 pontos para mais ou para menos. (G1)
O Ipec mediu também a avaliação do governo Jair Bolsonaro. Para 53% dos entrevistados, ele é ruim ou péssimo, ótimo ou bom para 22% e regular para 23%. A atuação pessoal do presidente é reprovada por 68% e aprovada por 28%. (UOL)
O Senado aprovou ontem em caráter definitivo a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da minirreforma eleitoral deixando de fora a volta das coligações em eleições proporcionais, aprovada pela Câmara. Também caíram diversas amarras à ação da Justiça Eleitoral e a redução drástica do número de assinaturas para projetos de iniciativa popular. Foram mantidos a contagem em dobro dos votos para negros e mulheres no cálculo do Fundo Eleitoral até 2030 e a permissão para que deputados e vereadores não percam seus mandatos caso deixem os partidos com anuência da legenda – hoje o MP Eleitoral também pode pedir a cassação. Em seu relatório, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) retirou por completo esses trechos aprovados pelos deputados, em vez modificá-los, o que levaria a PEC de volta para a Câmara. Com isso, o texto será promulgado em sessão conjunta do Congresso. (Poder360)
O veto às coligações foi uma derrota para o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e há uma outra a caminho. Os líderes no Senado informaram ao presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que não há condições – leia-se intenção – de votar o Código Eleitoral, que consolida toda a legislação sobre eleições, a tempo para que entre em vigor no pleito do ano que vem. Entre as novidades inseridas pelos deputados estavam o veto a divulgação de pesquisas na véspera da eleição, regras mais frouxas para prestações de contas e permissão para campanhas eleitorais em igrejas. (Poder360)
O ministro do STF Alexandre de Moraes atendeu a um pedido da PGR e incluiu na investigação de ataques ao Supremo Leonardo Rodrigues de Jesus, o Leo Índio, primo e amigo íntimo dos filhos de Jair Bolsonaro. Segundo o Painel, Moraes determinou o bloqueio das contas dele em redes sociais e das chaves PIX usadas por Leo na arrecadação de dinheiro para atos antidemocráticos. (Folha)
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